março 30, 2011

Gafisa é a construtora mais processada por comprador de imóvel

Empresas do grupo, no entanto, não reconhecem os números de levantamento que usa dados do TJSP

 

Casas populares da construtora Tenda
Desde 2008, total de processos contra incorporadoras subiu quase 400%.
São Paulo - O desenvolvimento do mercado imobiliário brasileiro tem sido acompanhado de uma contrapartida desanimadora: o aumento no número de processos contra as incorporadoras. Entre 2008 e 2010, só na cidade de São Paulo, o número de ações judiciais passou de 147 para 727, um aumento de quase 400%. O grupo Gafisa foi o destaque negativo, com três das suas empresas aparecendo no ranking das seis mais processadas, concentrando 66% dos processos registrados no ano passado.

Os dados foram coletados no Tribunal de Justiça de São Paulo e divulgados pelo escritório de advocacia Tapai Advogados. Os processos correm em diferentes instâncias, e ainda são passíveis de recurso. O principal motivo das ações judiciais é o não cumprimento de prazos, seja na entrega da obra ou das chaves. Falta de informação e cláusulas abusivas em contratos completam a lista de queixas. “Há atrasos que superam os dois anos. Em casos extremos, chegam a três anos”, diz Marcelo Tapai, sócio do escritório que fez o levantamento.

  2008 2009 2010
Tenda (do grupo Gafisa) 57 139 293
Gafisa 44 73 157
MRV 11 58 133
Cyrela 22 28 63
Ecoesfera 8 2 50
Fit (do grupo Gafisa) 5 7 31
Total 147 307 727
Fonte: Tapai Advogados
Dos seis nomes da lista, três pertencem ao grupo Gafisa. Além da própria Gafisa, que figura em segundo lugar, a líder Tenda é controlada pela marca desde 2008, e atualmente representa o braço da Gafisa voltado para a classe C. A Fit, por sua vez, foi incorporada pela Tenda também em 2008.
Não é só no levantamento da Tapai Advogados que essas empresas demonstram problemas. O Ministério Público de São Paulo abriu ações contra as quatro primeiras colocadas - Tenda, Gafisa, MRV e Cyrela - por motivos semelhantes aos dos processos registrados no TJ.
A Tenda, particularmente, vem sendo alvo de um bom número de reportagens relatando a insatisfação dos clientes com o descumprimento de prazos. Segundo a Fundação PROCON de São Paulo, a construtora tem sido a mais reclamada entre as empresas de habitação desde 2008, e atendeu a apenas cinco das 69 reclamações fundamentadas feitas contra ela no ano passado.
Os principais motivos relatados pelos reclamantes do PROCON foram o não cumprimento do prazo de entrega e dos termos da oferta no ato da venda. Em razão das queixas, em meados de 2010 a empresa foi solicitada a assinar um termo de compromisso fixando metas de redução de reclamações na entidade, mas se negou a fazê-lo.

TAM vai comprar 31% da Trip para crescer regionalmente

TAM terá também 25% do capital votante da empresa

  
 

TAM
TAM: presença em voos regionais pode crescer com acordo com a Trip
São Paulo - A TAM deu mais um passo para expandir suas operações em voos regionais. Nesta quarta-feira (30/3), a TAM anunciou um acordo para comprar 31% da Trip, correspondente a 25% do capital votante da empresa e o restante em ações preferenciais.

De acordo com comunicado da TAM, o acordo ainda não é vinculante, isto é, não há uma obrigatoriedade de que haja o fechamento do negócio. Segundo a empresa, as conversas “ainda são preliminares e não vinculam ou obrigam as companhias, que poderão desistir da negociação a qualquer momento.”
Na nota, a TAM afirma ainda que o acordo permitirá “capturar o crescimento do mercado e ter uma exposição mais significativa no mercado de rotas de média densidade.”
A TAM já possui operações em voos regionais desde que comprou 100% da Pantanal, em dezembro de 2009, por 13 milhões de reais.

Brasil Ecodiesel: O surpreendente novo foco da companhia


Ontem saiu o resultado das operações do quarto trimestre e consolidado do ano de 2010 da Brasil Ecodiesel. O que mais chamou a atenção no relatório da administração é o novo foco da companhia: o agronegócio. Além de ser apenas uma produtora de biodiesel, a empresa irá atuar nos setores de energia renovável e alimentos. Segundo os executivos da Brasil Ecodiesel isso significa uma oportunidade de crescimento e a possibilidade de obter uma melhor rentabilidade nos seus negócios já no curto prazo. A empresa continuará com a produção de biodiesel, mas entende que no momento há um excesso de oferta no mercado, o que tem derrubado os preços do combustível. Esse novo rumo que a empresa está tomando veio após a incorporação da Maeda Agroindustrial no final do ano passado. Em 2010 a empresa conseguiu reduzir o ritmo dos prejuízos em suas operações e registrou perdas de R$ 23 milhões, resultado melhor do que o obtido no ano anterior. As receitas líquidas contribuíram com alta de 13% no período, totalizando R$ 395 milhões.

março 29, 2011

10 mitos da vida de empreendedor

Quem administra um negócio sabe que o dia a dia de empreendedor não é tão fácil quanto parece

 
 

Homem falando ao celular
Sem moleza: empreendedor também trabalha além do horário e coloca a mão na massa
São Paulo - Está pensando em abrir o próprio negócio para deixar de ter chefe? Ou então para não trabalhar além do horário? Essas são algumas armadilhas que levam as pessoas a investirem na vida de empreendedor. “É verdade que você não vai ter patrão. Mas os riscos e as responsabilidades são maiores”, diz Renato Fonseca, consultor do Sebrae/SP.

Antes de abrir um negócio, é bom avaliar se você tem um perfil empreendedor, o que inclui estar pronto para tomar decisões, ter iniciativa e cativar a equipe para que todos acreditem e apostem na sua ideia.
Capacidade gerencial e disponibilidade para trabalhar em qualquer dia e horário também são características importantes para o sucesso da empresa. Confira a seguir alguns mitos comumente disseminados sobre a vida de empreendedor.
Não ter patrão
Quem odeia o chefe e o ambiente de trabalho costuma buscar a vida de empresário para escapar desse martírio. É verdade que você não vai ter um patrão direto, com cobranças diárias. “Mas os riscos e as responsabilidades são maiores, os empreendedores devem estar cientes disso”, reforça o consultor do Sebrae/SP.
Não dar satisfações a ninguém
Junto com a chance de se livrar do chefe, vem a ideia de não dar mais satisfações a ninguém. Fuja de abrir a própria empresa se esse é o seu objetivo. Empreender é uma atividade coletiva. Dificilmente os negócios com donos muito solitários tão certo. “Embora não exista a figura de um chefe, respostas devem ser dadas para o cliente, funcionários e até para a sociedade como um todo”, diz o consultor. Além disso, os bancos também vão exigir inúmeras satisfações na hora de pedir crédito.
Decidir tudo sozinho
Além de não dar satisfações a ninguém, muitos empreendedores também querem monopolizar as decisões e evitam, inclusive, ouvir a opinião de amigos e colaboradores. Esse é um risco muito grande. já que muitas vezes essas pessoas conhecem o negócio melhor do que o próprio dono. “Empresas somente crescem com delegação e isso significa lidar com pontos de vista diferentes. É preciso entender esse aspecto”, afirma.
Não trabalhar aos finais de semana
É verdade que alguns tipos de negócios têm jornadas mais leves do que o trabalho em grandes empresas, mas nenhum empreendedor está livre de bater cartão aos finais de semana. “Dependendo do estágio do negócio, muitas vezes os empreendedores, além de trabalhar nos finais de semana, também têm uma carga horária adicional. Ou seja, não existe horário e sim tarefas a serem cumpridas e decisões a serem tomadas”, diz.
Fazer o seu horário de trabalho
Depois de sair de férias quando bem entender, quem não gostaria de cumprir seu horário diário e folgar aos feriados? Na vida de empreendedor é mais um mito. “Embora exista flexibilidade para isso, é comum a carga horária realizada ser maior do que a dos funcionários”, explica Fonseca.
Ganhar mais do que no emprego
Quando você é o dono do negócio, as finanças são sua responsabilidade e, entre pagar uma conta atrasada e fazer uma retirada, os empreendedores sabem bem a resposta certa. Por isso, nem sempre você vai receber mais do que em um emprego com carteira assinada. “Em vários momentos de fluxo de caixa baixo, o empresário tem que sacrificar sua retirada para destinar os recursos a outras prioridades”, explica Fonseca.
Tirar férias quando quiser
Quem trabalha com carteira assinada sabe que tem o direito de sair de férias a cada ano garantido pelo lei. Quem empreende não tem a mesma sorte. “Empreendedores tiram férias quando é possível e normalmente por períodos curtos”, diz. Em geral, as atribuições da empresa exigem muito do dono. Uma dica é ter sempre alguém de confiança que esteja atualizado sobre a situação do negócio para poder se ausentar.

Não colocar a mão na massa
Além de tomar todas as decisões sozinho, o empreendedor costuma querer que os outros façam o que ele manda. Na falta de alguém para fazer uma entrega ou atender um cliente, por exemplo, o dono deve assumir essa posição para não perder o negócio. “Sempre que surge algum imprevisto, o empreendedor assume a liderança da atividade, mesmo que seja operacional”, explica o consultor do Sebrae/SP.

Ter mais tempo para a família
Não fazer plantão aos sábados e domingos e ter tempo para a família e também estão entre as razões que levam muita gente à empreender. “Isso pode até ocorrer quando o negócio estiver estabilizado e com pessoas competentes a frente, mas até lá, é bem possível que o tempo com a família seja reduzido”, afirma. A verdade é que, em geral, a empresa ocupa tanto a vida do empreendedor que os familiares precisam ter paciência.
Poder contratar quem quiser
É muito comum que os empreendedores coloquem familiares e amigos para trabalhar na empresa. Isso não é de tudo ruim, desde que essas pessoas estejam capacitadas para exercer as atividades. “É verdade que você pode contratar quem quiser desde que o contratado tenha competência na realização das funções estabelecidas. Caso contrário, quem paga pela incompetência é a própria empresa”, esclarece Fonseca.

março 28, 2011

Maior alta da Bolsa no ano: Conheça a ação que está no topo


A Bolsa este ano está difícil até mesmo para os investidores com muita experiência. Nos primeiros três meses de 2011 o principal índice de referência do mercado acionário, o Ibovespa, subiu apenas 1,80%. Mas existem gemas espalhadas pela Bolsa. É o caso da MPX Energia, não por acaso, empresa do mega empresário Eike Batista. Parece até repetitivo, mas Eike realmente parece ter o toque de Midas: em tudo que toca vira ouro. As ações da MPX já subiram mais de 50% desde o começo do ano, maior valorização na Bolsa até o momento. E as perspectivas para a empresa continuam boas segundo os analistas. A companhia irá promover uma capitalização no total de R$ 1 bilhão, sendo que o braço de investimentos do banco BNDES e o próprio acionista controlador, Eike Batista, já afirmaram que irão participar dando credibilidade à operação. Essa capitalização dará fôlego para a companhia tocar seus novos projetos com folga. Com esse processo os analistas estão de olho nas novas jóias da empresa: uma mina e uma usina termelétrica na Colômbia, ambas com enormes potenciais de produção.

Seae recomenda restrições à fusão Pão de Açúcar-Casas Bahia

Seae recomenda que Pão de Açúcar venda lojas da Casas Bahia ou do Ponto Frio em 12 cidades


EXAME
Setor de eletroeletrônicos do Ponto Frio
A Seae ressaltou a importância dos centros de distribuição como elemento de viabilização do negócio
São Paulo - A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda recomendou na sexta-feira que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) imponha restrições à fusão entre o Pão de Açúcar, o Ponto Frio e a Casas Bahia.

No comunicado, a Seae diz ter identificado sobreposições em doze regiões: Ceilândia, Planaltina e Recanto das Emas, no Distrito Federal; Novo Gama (GO); Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu, São João do Meriti, no Rio de Janeiro; Guarulhos, Jandira, Jundiaí, Praia Grande e Taboão da Serra, em São Paulo, nas quais há risco de dano à concorrência
Por isso, a Seae recomendou a venda de ativos nos 12 mercados citados como passíveis de exercício unilateral de poder de mercado da Casas Bahia ou do Ponto Frio. Para a Secretaria, deve ser vendido no mínimo os ativos detidos pela empresa que tinha menor participação nesses mercados em 2009.
A Seae ressaltou a importância dos centros de distribuição como elemento de viabilização do negócio. Por isso, recomendou também que a decisão final do Cade inclua uma solução que implique a venda do centro de distribuição ou solução alternativa equivalente.
"As alienações do pacote de ativos referentes às lojas físicas e aos centros de distribuição somente poderão ser realizadas para novos entrantes ou, no caso de empresas já instaladas nas 12 localidades citadas, apenas para as que detinham menos de 20 por cento dos respectivos mercados relevantes em 2009", afirmou a Seae.
O Pão de Açúcar, dona do Ponto Frio, firmou com a Casas Bahia um acordo de fusão em 2009, parceria ratificada em novembro do ano passado. A companhia reportou vendas líquidas de 32,09 bilhões de reais em 2010, 38 por cento a mais que um ano antes.

Empresas aéreas aumentam lista de "taxas de conforto"

Empresas diminuíram os espaços entre assentos e agora cobram mais pelo "conforto"

 

Avião decolando
A Anac criou um selo para identificar aeronaves mais espaçosas, mas não prevê punição para as que "espremem" o passageiro
São Paulo - Viajar de avião está ficando mais barato no Brasil - segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço médio da tarifa caiu 40% desde 2002. Viajar com conforto, porém, é outra história. Pegando carona nas companhias de baixo custo americanas e europeias, as aéreas brasileiras estão cada vez mais cobrando por serviços que antes eram básicos, como poltronas minimamente espaçosas, serviço de bordo ou marcação antecipada de assentos. TAM, Gol, Webjet e Azul já oferecem os "extras" ao passageiro.

Não bastasse o espaço entre as poltronas ter diminuído, as empresas agora apostam nos "assentos-conforto" - na verdade, poltronas distantes de 80 cm a 90 cm entre si, o que já foi padrão nas aeronaves na década de 1980. Agora, essa distância média não passa de 76 cm na maioria das aeronaves que operam rotas regulares dentro do Brasil.
Para ganhar de volta o espaço perdido, paga-se a mais. "As atendentes de check-in até me ofereciam as saídas de emergência na hora de marcar o assento. Outro dia, quando pedi, me cobraram R$ 20. Não paguei", conta o gerente de vendas Leon Maia, que tem 1,89 m e viajava pela TAM. Em voos internacionais, a companhia cobra entre US$ 50 e US$ 70 pelos assentos-conforto, que podem ser nas saídas de emergência ou nas primeiras fileiras da aeronave.
Já a Webjet inovou na cobrança de marcação antecipada de assentos. Para escolher já no ato da compra onde quer sentar, o passageiro paga R$ 5 (poltronas comuns) ou R$ 10 (assentos-conforto). Se não quiser o serviço, fica sujeito à marcação aleatória na hora do check-in.
A mesma companhia também já oferece em todas as rotas o serviço de venda de alimentos a bordo. "Trata-se de um cardápio diferenciado, com diversas opções de lanches e bebidas por um preço acessível", afirma a empresa. Ainda em fase experimental, a Gol também começou a cobrar pela comida em 85 voos diários, mantendo também o "serviço de bordo padrão" para quem não quiser pagar.
Questionada sobre a falta de espaço nas aeronaves, a Anac já ensaiou exigir que as companhias cortassem o número de poltronas nos aviões para oferecer mais espaço aos passageiros. A questão foi levantada em 2007 pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Dois anos depois, a ideia foi substituída por outra: a criação de um selo para identificar aeronaves mais espaçosas, sem punir as que "espremem" o passageiro.
O Selo Dimensional da Anac saiu em fevereiro deste ano e premiou, até agora, a Avianca e a Passaredo com a etiqueta "A" - distância entre assentos maior ou igual a 76 cm. A avaliação das demais companhias ainda não foi divulgada, mas, segundo a regra da agência, é obrigatória.
Na Europa, a Ryanair já anunciou que pretende cobrar € 1 pelo uso do banheiro. Nos Estados Unidos, quase todas as empresas já cobram pelo despacho da primeira bagagem - não há franquia. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Como seguir o conselho do maior investidor do mundo

Presidente da BlackRock indica compra de ações ligadas ao setor de alimentos; na BM&FBovespa, Brasil Foods é a favorita

Larry Fink, da BlackRock
Larry Fink, da BlackRock: quem comprar ações do setor de alimentos vai ganhar dinheiro
São Paulo - Larry Fink pode ser considerado o maior investidor do mundo. Presidente e fundador da BlackRock, a maior gestora de recursos de terceiros do planeta, Fink é responsável final pelo investimento de 3,6 trilhões de dólares, um montante de dinheiro superior ao PIB de países como Brasil ou a Alemanha. Em entrevista exclusiva a EXAME, que pode ser lida na edição da revista que está nas bancas, o executivo avalia o cenário mundial para investimentos e recomenda com bastante convicção a compra de ações ligadas à produção de alimentos. Diz Fink na entrevista: "Compre ações ligadas ao setor agrícola, de todo e qualquer tipo. Coloque esses papéis numa gaveta. Não se abale com as notícias sobre a economia. Vá curtir a vida por dez anos e abra a gaveta depois disso. Prometo que você terá um bom retorno."

Analistas do setor de alimentos ouvidos por EXAME.com concordam que esse segmento pode ser bastante promissor para investimentos. As populações de países emergentes como o Brasil, a China e a Índia tiveram melhorias sensíveis de renda e vão comer cada vez melhor nos próximos anos. Já do lado da oferta, o potencial de expansão é limitado por restrições ambientais e pela escassez de terras, água e outros recursos naturais.
Atualmente, apenas cinco países geram grandes excedentes de comida no mundo: Brasil, Argentina, Austrália, Estados Unidos e Uruguai. Para Gabriel Vaz, analista de alimentos e bebidas do Santander, os EUA e a Austrália já utilizam de forma produtiva a maior parte das terras cultiváveis disponíveis. Já a Argentina e o Uruguai possuem territórios comparativamente pequenos em relação aos demais. "É até um clichê dizer que o Brasil pode se transformar no celeiro do mundo, mas o fato é que nenhum outro país tem condições de dar um grande salto tanto em área plantada quanto em produtividade", afirma.
O que comprar
No Brasil, não é possível realizar investimentos financeiros diretamente em commodities com horizonte de longo prazo. Os contratos futuros negociados na BM&FBovespa - como de soja, milho ou boi gordo – vencem poucos meses após o lançamento e servem principalmente para que os produtores rurais possam ter maior previsibilidade em relação ao preço com que venderão a produção.
Resta ao investidor comprar ações de empresas ligadas direta ou indiretamente ao agronegócio e lucrar indiretamente com o possível aumento do preço dos alimentos. Na entrevista, Fink, da BlackRock, cita como promissoras apenas grandes empresas americanas - como a Monsanto e a Caterpillar – cujas ações não estão ao alcance do pequeno investidor brasileiro, Consultados por EXAME.com, analistas de mercado disseram que, na BM&FBovespa, não há empresa melhor que a Brasil Foods para tentar lucrar com o setor.
Resultado da fusão da Sadia com a Perdigão, a companhia seria a mais bem-posicionada para atender ao crescimento da demanda mundial. A Brasil Foods é especializada em frango, uma proteína mais barata e com menos risco de fortes oscilações de preço. A empresa obtém cerca de 60% de sua receita no mercado brasileiro, que cresce mais rápido que a média mundial.

março 25, 2011

Vale deve substituir Bertin em projeto de Belo Monte

Acordo foi selado por Agnelli, que está sofrendo pressão para sair da presidência, e o consórcio Norte Energia


 

Rio Xingu, onde deve ser construída a usina de Belo Monte
Belo Monte é prioridade no PAC, que sofre baque com a saída do Bertin do projeto
Rio de Janeiro - A Vale deve anunciar nos próximos dias a sua entrada no projeto da hidrelétrica de Belo Monte como autoprodutor, com 9% do empreendimento. Substituirá a Gaia, do grupo Bertin, que deixa o negócio. A participação da mineradora, que corresponderá a cerca de R$ 2,3 bilhões, será uma espécie de resposta do presidente da empresa, Roger Agnelli, ao processo de "fritura" que vem sofrendo, com a pressão do governo por uma sucessão no comando da Vale.

Segundo fontes, o compromisso teria sido selado ontem, em uma reunião na sede da empresa, no Rio, entre Agnelli e representantes do consórcio Norte Energia, responsável pelo projeto. A obra deve contar com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de, pelo menos, R$ 19,6 bilhões.
A hidrelétrica de Belo Monte é obra prioritária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a saída do grupo Bertin, anunciada em fevereiro, por falta de fôlego financeiro para acompanhar o investimento, representou um baque significativo no projeto. Belo Monte, que será construída no Rio Xingu, está orçada em torno de R$ 25 bilhões e este mês o consórcio Norte Energia obteve autorização para começar a montar o canteiro de obras.
O projeto tem, necessariamente, de ser integrado por autoprodutores (que participam da obra para obter energia para seus próprios investimentos), com uma parcela de 10%. Um pequeno grupo siderúrgico instalado no Pará, a Sinobras, detém 1%. Com a saída da Gaia - que integrou o consórcio às vésperas do leilão, depois de intensa campanha do governo - chegou a ser negociado o rateio dos 9% entre quatro empresas. Além da Vale, foi cogitada a entrada da Gerdau, da Votorantim e da Alcoa. Participam do consórcio Norte Energia a Eletrobras, a Chesf, a Eletronorte, a Bolzano Participações, a Caixa Cevix, a Funcef e a Petros.
A entrada isolada da Vale ocorre num momento em que Roger Agnelli sofre forte pressão em torno da sua permanência no cargo. O mandato do executivo, que termina em abril, teve um termo aditivo assinado no ano passado, estendendo o período até o fim de 2012. Mas os acionistas (Previ, Bradespar, BNDESPar e Mitsui) estariam dispostos a cumprir as cláusulas indenizatórias para efetivar a substituição.
Na última terça-feira, notícia informou sobre um encontro em São Paulo entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do conselho de administração do Bradesco, Lázaro Brandão, para discutir a substituição do executivo.

março 24, 2011

T4F pode levantar até R$ 623,6 milhões em IPO

Coordenadores estimam que o preço da ação ficará entre 14,50 e 18,50 reais cada

 
  Steve Tyler, vocalista do Aerosmith
Steve Tyler, o líder do Aerosmith: uma das bandas promovidas pela T4F. Os papéis da empresa serão precificados em 7 de abril e começam a negociar em 11 de abril
São Paulo – A T4F Entretenimento, empresa líder no mercado de entretenimento ao vivo na América do Sul e a quarta maior do mundo, informou nesta quinta-feira (24) que planeja levantar até 623,577 milhões de reais por meio de seu IPO (Oferta Inicial de Ações, na sigla em inglês).
A estimativa é que o preço unitário de cada ação da T4F Entretenimento fique entre 14,50 e 18,50 reais. Considerando o intervalo máximo das estimativas, o montante a ser captado na operação poderá chegar até 623,577 milhões de reais. Os papéis serão negociados sob o ticker SHOW3.
Inicialmente a companhia colocará a venda 11.724.138 ações ordinárias na oferta primária e 17.586.207 papéis ordinários na oferta secundária. A operação ainda conta com a opção de exercer o lote suplementar (4.396.551 milhões de ações).
No total, a companhia poderá vender até 33.706.896 papéis através do seu IPO. O valor mínimo a ser investido é de 3 mil reais e o máximo de 300 mil reais por investidor pessoa física. Já para os investidores institucionais o valor mínimo é de 300 mil reais.
O coordenador-líder da operação é o Credit Suisse. Também participam da oferta BTG Pactual e Bradesco BBI.
A companhia é proprietária das casas de espetáculos Credicard Hall, Citibank Hall e Teatro Abril, em São Paulo; Citibank Hall, no Rio de Janeiro; e Citi Opera, em Buenos Aires. A empresa contabilizou uma receita líquida de 569,2 milhões de reais em 2010, o que representa um aumento de 31% sobre o ano anterior. O lucro líquido foi de 40,3 milhões de reais, ante resultado positivo de 6 milhões de reais em 2009.
O período de reserva das ações da T4F Entretenimento ocorrerá entre os dias 31 de março e 6 de abril. Os papéis começam a ser negociados na BM&FBovespa a partir de 11 de abril. A companhia não detalhou de que forma utilizará os recursos obtidos com a operação.
Confira abaixo os detalhes do IPO da T4F Entretenimento:

Operação da Oferta Quantidade de Ações
Distribuição Pública Primária 11.724.138 ações ordinárias
Oferta Secundária 17.586.207 ações ordinárias
Opção de Lote Suplementar Até 4.396.551 novas ações ordinárias
Investimento na Oferta de Varejo R$ 3.000,00 - R$ 300.000,00
Investimento na Oferta Institucional Acima de R$ 300 mil
Acompanhe o cronograma da oferta:
Data Eventos
24 de março Publicação de Aviso ao Mercado e Início do Procedimento de Bookbuilding
31 de março Início do Período de Reservas
6 de abril Encerramento do Período de Reservas
7 de abril Fixação do Preço por ação (encerramento do Procedimento de Bookbuilding)
8 de abril Início do Prazo para Exercício da Opção de Lote Suplementar
11 de abril Início das negociações na BM&F Bovespa
13 de abril Liquidação Financeira da Operação
9 de maio Encerramento do Prazo para Exercício da Opção de Lote Suplementar
8 de outubro Data limite para a publicação do anúncio de encerramento da oferta

B2W fará aumento de capital de R$1 bilhão

A entrada de verba ocorrerá com mais de 46 mil ações ordinárias que custarão R$ 21,62 por papel

 

B2W reduz dívida de curto prazo
A Americanas comprará o total de ações que tem direito na B2W
São Paulo - A empresa de comércio eletrônico B2W anunciou na noite de quarta-feira que fará um aumento de capital da ordem de 1 bilhão de reais que será subscrito por sua controladora, a Lojas Americanas.

O aporte ocorrerá por meio da emissão de 46.253.470 ações ordinárias, ao preço de 21,62 reais por papel, conforme documento enviado ao mercado.
"O aumento de capital tem por objetivo melhorar a estrutura de capital da companhia, permitindo o aumento significativo dos investimentos destinados à inovação tecnológica e ao desenvolvimento de logística e operações, permitindo acelerar o crescimento e consolidar a posição de liderança de mercado", afirma a varejista no comunicado.
Ainda de acordo com o documento, o preço das ações foi fixado com base na média por volume de negociação das cotações de fechamento dos papéis nos pregões de 14 a 22 de março na Bovespa, com desconto de 10 por cento sobre o valor apurado. "O preço de emissão será integralmente destinado ao capital social da companhia", acrescenta.
As ações da dona dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime encerraram a quarta-feira cotados em 22,33 reais.
A Lojas Americanas, que detém atualmente 56,77 por cento do capital da B2W, informou que comprará a totalidade das ações a que tem direito, buscando não perder o controle majoritário da empresa, e que pode adquirir as sobras disponíveis.
Com a conclusão da operação, o capital da companhia de comércio eletrônico passará a 1,182 bilhão de reais.
A B2W apresentou na última sexta-feira lucro líquido de 33,6 milhões de reais para o ano passado, queda de 45,8 por cento sobre 2009.
Após concluir o processo de integração das plataformas operacionais de suas três bandeiras, a empresa afirmou estar otimista quanto ao resultados para 2011.
"Passamos do ciclo de integração das plataformas e estamos prontos para crescer. Vamos crescer em 2011, estamos muito certos disso", disse o diretor de relações com investidores da empresa, Murilo Corrêa, em teleconferência na ocasião.
A B2W também anunciou que pretende investir até 350 milhões de reais ao longo deste ano, montante cerca de 35 por cento superior ao desembolsado em 2010, buscando driblar a concorrência no mercado de comércio eletrônico.A
O longo prazo para unificar as operações tecnológica e de logística das marcas vinha sendo apontado por analistas do setor como um dos fatores de maior peso nos resultados da B2W. Para eles, o ganho em eficiência operacional é fundamental para que a companhia enfrente a concorrência e volte a conquistar a credibilidade de investidores.
Ao longo de 2010, a B2W foi pressionada pela intensificação da concorrência no varejo online e por queda nas margens, contrariando o cenário favorável para o consumo doméstico.
Refletindo a preocupação do mercado, as ações da B2W tiveram queda acumulada de 34 por cento em 2010, respondendo pelo pior desempenho entre os papéis da carteira teórica do Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro.
No início de janeiro, a Lojas Americanas negou informações publicadas pela mídia local quanto a movimentações para aquisição da totalidade das ações de sua controlada, o que poderia resultar no fechamento do capital da B2W.
Embora tenha negado estudos para incorporar a B2W, a Americanas disse, na época, que "está sempre analisando a possibilidade de aumentar a eficiência de sua estrutura empresarial".

MMX: Lucros recordes em 2010. Veja aqui


Ontem a noite saiu uma ótima notícia aos investidores da MMX Mineração e Metálicos, empresa do mega-empresário Eike Batista: a empresa conseguiu reverter a situação deficitária de 2009 e acumulou lucros recordes em 2010. No ano passado a companhia registrou lucros líquidos de R$ 46 milhões. O mais impressionante foi o resultado do último trimestre de 2010: R$ 84 milhões líquidos, revertendo também os prejuízos do quarto trimestre de 2009. A empresa mostrou que no ano passado engatilhou as operações. As vendas de minério de ferro, principal produto da companhia, cresceram mais de 50%, totalizando em torno de sete milhões de toneladas da commodity. A mineradora agora acredita que pode retomar a trajetória de crescimento, tornar-se competitiva e gerar caixa. O diretor presidente Roger Downey afirmou: ''nunca estivemos tão bem''. A empresa realizará teleconferência hoje a partir das 12h00, horário de Brasília, aos seus investidores.

Fato Relevante - OGX anuncia presença de hidrocarbonetos na seção albocenomaniana do poço OGX-35D -

[ OGX ]


Rio de Janeiro, 24 de março de 2011 - A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. ("OGX") (Bovespa: OGXP3; OTC: OGXPY.PK), empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória  privada no Brasil, comunica ao mercado que foi identificada a presença de hidrocarbonetos na seção albocenomaniana do poço 3-OGX-35D-RJS, poço delimitatório da acumulação de Waikiki, descoberta pelo 1-OGX-25. Este poço está localizado a cerca de 2 km do pioneiro 1-OGX-25, no bloco BM-C-39, em águas rasas da Bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação neste bloco. 
"Em continuação à campanha delimitatória das acumulações descobertas, a OGX perfurou o poço OGX-35D na estrutura de Waikiki, que apresentou características muito semelhantes às do descobridor, confirmando a extensão e a qualidade excepcional dos reservatórios", comentou Paulo Mendonça, Diretor Geral da OGX. "Essa descoberta confirma nosso modelo geológico para a região e marca o avanço em direção à fase de produção também nos blocos mais ao norte de Campos", adicionou Sr. Mendonça.
A coluna com hidrocarbonetos encontrada é de aproximadamente 158 metros, com net pay ao redor de 80 metros, com óleo mais leve que usualmente encontrado na bacia de Campos. Este poço direcional foi perfurado até uma profundidade de 2.400 metros e é o piloto para o poço horizontal que será perfurado nessa acumulação.

O poço OGX-35D, localizado no bloco BM-C-39, se situa a 89 km da costa do estado do Rio de Janeiro, onde a lâmina d'água é de aproximadamente 104 metros. A sonda Ocean Lexington iniciou as atividades de perfuração no dia 12 de fevereiro de 2011.

março 23, 2011

KPMG compra operações da BDO no Brasil

Conforme EXAME antecipou, KPMG adquiriu companhia que representava a BDO no país; negócio deve ser concluído até o final do mês

  
 
KPMG Divulgação
KPMG: negócio com BDO deve ser finalizado até o fim de março
São Paulo – A BDO confirmou, nesta quarta-feira (23/3), que a parte da antiga Trevisan, empresa representante da marca no Brasil, está sendo adquirida pela KPMG. Sem dar muito detalhes sobre o negócio, a rede de auditoria afirmou, por meio de comunicado à imprensa, que o negócio deve ser concluído até o final deste mês.

Em outubro do ano passado, a EXAME antecipou a informação que a KPMG estava negociando a aquisição da BDO. O valor da operação foi avaliado entre 130 e 150 milhões de reais. Na ocasião, as duas companhias negaram que estavam conversando.
Segundo uma fonte consultada por EXAME.com, que prefere não ter ser nome divulgado, a KPMG fez uma oferta bastante atraente para adquirir as operações da BDO no Brasil. “O que a KPMG leva da BDO são os funcionários e os clientes nacionais”, afirmou. O valor do negócio, no entanto, não foi revelado.
A estrutura do BDO no Brasil, comprada pela KPMG, é composta por 28 sócios, 1.200 funcionários e 18 escritórios. A partir do dia 1º de abril, a BDO Auditores Independentes deixará de existir e dará lugar a BDO RCS Auditores Independentes.
De acordo com o comunicado divulgado pela BDO, o relacionamento com empresa responsável pela operação da marca no Brasil continua bom, e a empresa completará todos os trabalhos em andamento para os clientes, nas condições previamente acordadas. As duas empresas eram parceiras desde 2004.
A negociação entre as duas companhias, KPMG e Trevisan, começou em meados do ano passado.No ano passado, a KPMG faturou mais  de 490 milhões de reais no Brasil.
Procurada, até o fechamento desta matéria, a KPMG não havia dado nenhum retorno.

Funcionários põem ações da Usiminas à venda, diz jornal

Gerdau, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Ternium, braço siderúrgico do grupo Techint, estão interessadas em comprar papéis que podem valer R$ 1,5 bilhão

 

Produção de bobinas galvanizadas da Usiminas
Mudança no quadro de acionistas principais pode ocorrer com oferta de ações da Caixa dos Empregados
São Paulo - A Caixa dos Empregados da Usiminas (CEU) vai vender sua participação na empresa, segundo reportagem desta quarta-feira (23) do jornal Valor Econômico. De acordo com a matéria, o Credit Suisse foi contratado para vender a fatia, que daria direito a veto nas decisões da siderúrgica.

Os papéis teriam sido oferecidos a três compradores, mas Nippon Steel, Votorantim e a Camargo Corrêa têm preferência nas ações da Usiminas (USIM3),  o que poderia impedir a entrada de um novo sócio. Se a Gerdau (GGBR3; GGBR4) conseguir comprar a participação, especula-se que ela poderá fazer a fusão entre a Açominas, sua empresa no setor, e a Usiminas. Isso poderia desagradar os atuais participantes da empresa, que enxergam o novo integrante como um concorrente direto.

No mês de fevereiro, os três principais acionistas da Usiminas mudaram as regras de participação para não integrar sócios que não forem aceitos em consenso pelas empresas, principalmente diante de uma eventual saída da Camargo Corrêa.  A venda de ações de funcionários podem mudar drásticamente o quadro geral de ações da empresa, mas não sem uma reação do grupo diretivo da empresa, o CEU.

Biografia de Sarney contém erros e 'maquia' escândalos

Livro não informa os valores de ações do presidente do Senado Federal


José Sarney fala sobre proposta
Biografia também adota um tom defensivo na polêmica entre José Sarney e o Estadão
São Paulo - A biografia autorizada do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), lançada ontem em Brasília, contém erros de informação e omite dados sobre a crise que atingiu a Casa e o próprio senador em 2009. Escrito pela jornalista Regina Echeverria, "Sarney, a Biografia" aborda o escândalo sob a ótica do parlamentar, que na obra se diz vítima de perseguição política.

O livro exalta a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido de Sarney, para fazer uma reforma administrativa no Senado. Mas deixa de informar o valor pago - R$ 500 mil em dois anos - e o fato de que a reforma não saiu do papel. Em outro trecho, a autora escreve que Sarney "determinou" a demissão de todos os 136 diretores da Casa, sem citar que elas não se efetivaram.
A biografia também menciona uma decisão do senador de anular todos os atos secretos, revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo em 10 de junho de 2009, sem citar que, logo depois, a diretoria-geral revalidou esses boletins, inclusive os que tratavam de apadrinhados de Sarney. Ainda sobre esse episódio, ao elencar os pedidos de processo contra o senador, a obra afirma que "o Conselho de Ética estava politizado e não era isento".
Quando comenta a censura imposta pela Justiça ao jornal O Estado de S. Paulo, há 600 dias proibido de noticiar investigação da Polícia Federal sobre o empresário Fernando Sarney, a biografia diz que o senador nunca defendeu esse tipo de iniciativa. "José Sarney, que é contra a censura e nunca a exerceu em sua vida pública, credita a ação contra o jornal aos advogados do filho Fernando."
No livro, Sarney acusa o ex-senador e hoje governador Tião Viana (PT-AC) de entregar ao jornal O Estado de S. Paulo um dossiê com informações contra ele. Esse dossiê nunca foi entregue ao jornal. Nas reportagens sobre o período, O Estado de S. Paulo também revelou, como desdobramento das investigações, que Viana usou dinheiro público para quitar uma conta de R$ 14 mil de telefone celular da Casa em poder de sua filha. As reportagens sobre Sarney e outros senadores foram feitas com base em documentos sigilosos e públicos obtidos por meio de investigações próprias dos repórteres. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Petrobras e OGX: Boas notícias para as duas empresas


As ações da OGX Petróleo tiveram o segundo melhor desempenho dentre as ações que compõem o índice Ibovespa ontem. Os papéis da empresa registraram alta de 5,9% (fechamento do after-market) após a nova descoberta de hidrocarbonetos na Bacia de Campos. Os analistas ficaram animados com a descoberta: a área tem se mostrado um campo fértil para a OGX o que aumenta as probabilidades de extração e comercialidade dos blocos que a empresa possui, além de reduzir os custos com logística pela proximidade entre eles. A Petrobras também trouxe boas notícias: a petrolífera pretende dobrar suas reservas comprovadas de petróleo nos próximos cinco anos, afirmou Sergio Gabrielli, presidente da empresa. Se conseguir atingir essa meta, a petrolífera contaria com até 35 bilhões de barris de petróleo e teria a maior reserva privada do mundo. Gabrielli comentou ainda sobre a cotação da commodity no mercado internacional: ele não acredita que os preços atuais tenham sustentação no médio prazo. No entanto com o barril de petróleo cotado acima de US$ 100,00 a Petrobras conta com perspectivas financeiras excelentes.

Brasil conterá a inflação e bolsa sobe para 87.500, diz Citi

Analista do grupo mostrou otimismo e acredita que a inflação será contida sem a necessidade de um aumento significativo na Selic

 
 
Fachada do Citibank em São Paulo
O Citigroup recomenda a compra de ações de empresas brasileiras
Nova York - O Brasil conterá a inflação sem aumentar “significativamente” as taxas de juros e o Ibovespa deve subir para 87.500 até o fim do ano, disse Matthew Hickman, diretor de pesquisa em renda variável para América Latina do Citigroup Inc.

“É uma meta grande, mas nós estamos bastante agressivos nessa chamada”, disse Hickman em entrevista hoje. “Se o governo tomar as medidas para desacelerar as formas de os bancos intermediarem fluxos de capital e transformá-los em crédito, isso seria uma coisa boa”.
O Citigroup prevê que a taxa de juros básica vá aumentar 100 pontos-base em junho. O Comitê de Política Monetária subiu duas vezes a Selic este ano para 11,75 por cento, para desacelerar a inflação, que no mês passado chegou à taxa mais alta desde novembro de 2008. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse hoje que a autoridade monetária está pronta para adotar novas medidas para conter a expansão do crédito e esfriar a demanda doméstica aquecida.
Economistas aumentaram sua previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo de 5,82 por cento para 5,88 por cento, na semana anterior, de acordo com o boletim Focus do Banco Central divulgado ontem, feito com cerca de 100 analistas do mercado. Economistas preveem que a inflação baixe para 4,80 por cento em 2012, segundo o Focus.
O Citigroup recomenda aos investidores que comprem ações de empresas brasileiras e Hickman disse que o banco classifica o País como “big overweight”.
O Ibovespa subiu 1 por cento no último ano, a pior performance anual histórica relativa ao índice MSCI de mercados emergentes. O principal índice da bolsa de São Paulo acumula baixa de 2,5 por cento este ano.

março 22, 2011

Mantega negocia com Bradesco saída de Agnelli da Vale

Ministro propôs ao banco a discussão de nomes de executivos de fora ou mesmo da atual diretoria. Instituições preferiram não se pronunciar

 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega
A ideia de Mantega, no entanto, é combinar tudo agora e fazer a troca na assembleia de acionistas da Vale marcada para abril
São Paulo - Depois de dois anos de bombardeio pela imprensa, o governo pediu pela primeira vez ao Bradesco, de forma direta, o cargo de Roger Agnelli, presidente-executivo da Vale. Foi na última sexta-feira, numa conversa entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão. O banco, por meio da Bradespar, é um dos principais acionistas da empresa.

O objetivo da conversa foi oficializar a intenção do governo de trocar Agnelli e iniciar a negociação em torno de um nome para substituí-lo. Dentro do banco, havia a ideia de, não sendo possível manter o executivo, organizar um processo de transição. A ideia de Mantega, no entanto, é combinar tudo agora e fazer a troca na assembleia de acionistas da Vale marcada para abril.
O ministro também disse que o governo ainda não teria preferência por um eventual substituto e propôs ao Bradesco discutir nomes de executivos de fora ou mesmo da atual diretoria. Brandão ficou de discutir o processo dentro do banco. Procurados oficialmente e informados do assunto, Bradesco, Mantega e Agnelli preferiram não se pronunciar. A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda disse apenas que o ministro Guido Mantega conversa com o Bradesco sempre que necessário.
Embora a Vale tenha sido privatizada em 1997, o governo exerce influência na companhia por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de fundos de pensão de empresas estatais liderados pela Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), que são acionistas da mineradora. Junto com a Bradespar (empresa de participações ligada ao Bradesco) e da trading japonesa Mitsui, eles controlam a Vale. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nossa banda é 1.0

O baixo índice de acesso à internet e a lentidão na banda larga penalizam a economia e representam um dos maiores atrasos das metrópoles brasileiras

  EXAME
Motorista conectado à internet na Coréia do Sul
Conexão e mobilidade: na Coreia do Sul, o acesso à internet rápida se dá principalmente pelo celular 3G e já atende 81% da população
Uma das vantagens que as cidades oferecem, em particular para os negócios, é a facilidade de conexão entre as pessoas. As telecomunicações multiplicam essa facilidade. Felizmente, já vai longe o tempo em que os brasileiros não dispunham sequer de uma rede básica de telefonia — hoje, o número de celulares supera o de habitantes.

Porém, na etapa mais recente dessa evolução, a da conexão rápida pela internet, o Brasil, mesmo em suas maiores metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, está muito atrasado. E isso compromete a economia.
Um estudo feito pelo Banco Mundial indica que 10% mais de penetração da banda larga pode gerar crescimento econômico adicional de 1,4 ponto percentual. Ou seja, caso contasse com uma banda larga de qualidade, o Brasil poderia crescer mais e a uma velocidade maior.
No mundo urbanizado de hoje, a internet é simplesmente imprescindível — em especial para as empresas. Ninguém mais concebe enviar um contrato a um cliente e esperar de três a cinco dias úteis para recebê-lo de volta pelo correio.
Nas corporações globais, praticamente todos os processos acontecem pela rede. E a conexão precisa ser cada vez mais veloz. “Nossos maiores clientes, como o McDonald’s, administram, dentro de uma sala, negócios espalhados em 100 países. Ali eles precisam receber dados do mundo todo à velocidade da luz, e a internet rápida é o caminho para isso”, diz o francês Thierry Giraud, presidente da operação brasileira da Sage, uma das maiores fornecedoras de aplicativos de gestão empresarial do mundo.
“Nos grandes centros brasileiros, isso ainda é um problema.” A oferta de internet de qualidade também é decisiva para que uma cidade atraia os melhores profissionais. Hoje, um executivo escolhe trabalhar onde quiser, desde que exista uma boa infraestrutura de banda larga. Cidades sem esse serviço — universalizado e rápido —, portanto, perdem a competitividade na disputa tanto por pessoal de alto nível quanto por investimentos.
Estamos mal

No cenário geral de indicadores da internet, o Brasil apresenta um quadro deplorável. Embora 84% da população viva nas áreas urbanas, 76% dela — 145 milhões de pessoas — está fora do mercado de internet. No ranking dos 133 países mais conectados, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, a Suécia é líder e o Brasil ocupa a 61a posição.

Foxconn pode fabricar produtos da Apple no Brasil, diz jornal

A revelação foi do secretário de Desenvolvimento Econômico de Jundiaí durante cerimônia que confirmou a transferência da multinacional japonesa da capital para Jundiaí

 
Consumidor examina o iPad 2 numa loja Apple Store
Tanto a Apple quanto a Foxconn não confirmaram a informação, alegando que "não comentam especulações"
São Paulo - Os aparelhos da Apple, como o iPhone, iPad e iPod, podem passar a ser produzidos no Brasil. A Foxconn, fabricante de origem chinesa que produz os equipamentos da companhia americana em regime de terceirização, estuda a implantação de uma terceira linha de montagem, que seria voltada para os produtos da gigante de tecnologia, segundo matéria publicada no portal da Rede Bom Dia e no jornal Bom Dia em Jundiaí e que ganhou repercussão no site da revista americana Forbes.

A revelação foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Jundiaí, Ari Castro Nunes Filho, durante cerimônia que confirmou a transferência da unidade brasileira da multinacional japonesa Horiba de São Paulo para Jundiaí. Ele foi questionado sobre possíveis novos investimentos na cidade e adiantou que a Foxconn já teria encomendado estudos sobre a instalação da linha de produtos da Apple.
Tanto a Apple quanto a Foxconn não confirmaram a informação, alegando que "não comentam especulações". Esta não é a primeira vez que rumores sobre a fabricação de produtos Apple no Brasil ganham as páginas dos sites e jornais. Em novembro do ano passado, o empresário Eike Batista disse que tinha intenção trazer para o país uma linha de montagem da fabricante americana. Na ocasião, ele disse que negociava com duas empresas asiáticas sobre o projeto.
A cidade de Jundiaí, próxima a Campinas, ambas no interior de São Paulo, tem se tornado nos últimos anos referência na área de tecnologia e a região já conta com fábricas de grandes multinacionais como Sony e HP.

OGX assina os contratos de concessão para os cinco blocos exploratórios adquiridos em 2010 na Colômbia

[ OGX ]


Rio de Janeiro, 21 de março de 2011 - A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. ("OGX S.A.") (Bovespa: OGXP3; OTC: OGXPY.PK), empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil, comunica ao mercado que assinou com a ANH (Agencia Nacional de Hidrocarburos de Colombia) os contratos de concessão para os cinco blocos exploratórios adquiridos no Open Round Colômbia 2010, realizado em 22 de junho de 2010, na cidade de Cartagena, Colômbia.
Foram assinados, em 18 de fevereiro de 2011, os contratos de Exploração & Produção (E&P) para os blocos VIM-5, na bacia do Vale Inferior Madalena e VMM-26, na bacia do Vale Médio Madalena, assim como os contratos de TEA (Technical Evaluation Agreement), em 16 de março de 2011, para os blocos CR-2, CR-3 e CR-4, na bacia de Cesar-Ranchería. Com isso, se iniciam as operações da OGX em três novas áreas de elevado potencial exploratório.
"As assinaturas desses contratos marcam a entrada da OGX em um novo ciclo exploratório, numa nova fronteira de atuação, onde temos experiência e conhecimento diferenciados para realizar importantes descobertas", comentou Paulo Mendonça, Diretor Geral da OGX.
A companhia está em fase de contratação de empresas para aquisição de dados sísmicos e espera começar suas atividades exploratórias inicialmente nos blocos VIM-5 e VMM-26.

março 21, 2011

Google recebe multa de € 100 mil na França

Empresa foi penalizada por ter coletado dados privados através do Street View

 

Google
Em maio do ano passado, o Google admitiu ter coletado informações acidentalmente
Paris - A CNIL, Comissão Francesa de Informática e Liberdades, multou o Google em 100.000 euros por coletar dados privados através de seu polêmico programa Street View, indicou nesta segunda-feira o jornal Le Parisien/Aujourd'hui en France.

"Trata-se de uma multa recorde desde 2004, quando conseguimos o direito de impor sanções financeiras", explicou o secretário-geral da CNIL, Yann Padova, em entrevista ao jornal francês.
Lançado em 2007, o Google Street View proporciona vistas panorâmicas das ruas em três dimensões, que permitem o deslocamento virtual do usuário pelas cidades, serviço que provoca polêmica em muitos países.
Em maio de 2010, o Google revelou que os carros que percorrem as ruas para tirar as fotografias necessárias à construção do programa haviam coletado sem querer dados pessoais (como e-mails e principalmente vídeos) transmitidos por wi-fi.
A CNIL estimou que os carros do Google "aspiravam" informações "desprotegidas que circulavam por um sinal de wi-fi" quando passavam. "O enriquecimento desse banco de dados foi feito de forma desleal com as pessoas, porque elas não sabiam" que eles estavam sendo recolhidos, explicou Padova.

Jovem de 18 anos cria startup de US$ 5 milhões

Daniel Gross criou o Greplin, que torna suas informações pessoais "buscavéis", como o Google fez com os dados espalhados pela grande rede

 
Daniel Gross, fundador do Greplin
 Daniel Gross pulou a universidade para fundar uma startup de US$ 5 milhões

São Paulo - Um jovem brilhante decide criar um buscador que pode chacoalhar o mundo da tecnologia. Desenvolve os códigos, atrai investidores, conquista a atenção da mídia.

Não, não estamos falando de Sergey Brin ou Larry Page, fundadores do Google. Aliás, o jovem Daniel Gross não gosta da comparação – “é como comparar maçãs e laranjas”, diz.

Para início de conversa, Daniel não tem a pretensão de “organizar toda a informação do mundo”, como Brin e Page. O Greplin, sistema de buscas pessoais que criou, tem uma missão um pouco menos ambiciosa: organizar toda a sua vida digital

Na prática, o buscador indexa informações de todos os seus repositórios de informações pessoais, como Gmail, Twitter e Facebook, e as torna buscáveis a partir de uma única interface. Ou seja, é como um Google que vasculha apenas o seu universo pessoal.

Parece muito simples, e é – como muitas das ideias que acabam por transformar as nossas vidas –, mas é algo em que ninguém havia pensado ou feito ainda, nem mesmo o próprio Google.

E foi com essa premissa que, com apenas 18 anos de idade e sem nunca ter posto o pé na universidade (outro elemento que o diferencia dos acadêmicos Brin e Page), Daniel conseguiu levantar quase 5 milhões de dólares para investir no seu negócio em poucos meses.

Sua curta e bem-sucedida jornada como empreendedor começou cerca de um ano atrás, quando decidiu trocar o serviço militar pelo Vale do Silício.

Daniel passou a maior parte da sua vida em Israel e, tendo saído do colégio, teria que servir ao exército antes de começar os estudos universitários. Optou por um caminho alternativo. Fez as malas e partiu para São Francisco, onde fez uma entrevista para participar do Y Combinator, programa de três meses que apóia startups com capital semente, consultorias e networking.

A ideia em que trabalhava na época não fez sucesso junto à banca avaliadora, mas Paul Graham, idealizador do programa, viu potencial no jovem e convidou-o a ficar desde que concordasse em desenvolver um novo projeto.

Daniel aceitou o desafio e começou a trabalhar em novas ideias. Mas foi a apenas 48 horas do fim do programa que o Greplin surgiu. Faltavam apenas dois dias para o Demo Day, dia em que todos os participantes do Y Cobinator tem que apresentar a versão final do projeto em que trabalhavam e Daniel ainda não tinha uma.

OGX, Petrobras, HRT: Petróleo abre em forte alta hoje


As tensões depois do ataque das tropas da França, Reino Unido e Estados Unidos na Líbia este final de semana fez a cotação do barril de petróleo abrir em forte alta nesta segunda-feira. Na bolsa de futuros de Nova Iorque a commodity abriu o dia com alta de quase 2%. As ações de petrolíferas como OGX Petróleo, Petrobras e HRT podem se beneficiar hoje dos preços mais altos do barril de petróleo. Os ataques formados pelos aliados das Nações Unidas afirmam que já conseguiram derrubar as defesas antiaéreas da Líbia. As principais bolsas européias e futuros norte-americanos também reagem com forte alta agora pela manhã. No Japão, o Primeiro Ministro Naoto Kan, diz que já vê uma solução para o problema da usina nuclear de Fukushima, a mais atingida pelos terremotos ocorridos na região. A bolsa de valores do Japão ficou fechada nesta segunda-feira por força do feriado nacional do Equinócio da Primavera.

março 18, 2011

O azarão da internet

Criado pelo grupo carioca Hermes, o Comprafacil chegou à terceira posição do comércio eletrônico ao deixar para trás concorrentes como Magazine Luiza

EXAME 

Gustavo Bach,  do grupo Hermes
Gustavo Bach, do grupo Hermes: em dois anos, as vendas da operação online triplicaram, alcançando 1,4 bilhão de reais
Uma disputa inesperada pode ser vista hoje no mercado brasileiro de comércio eletrônico. Meia dúzia de empresas compete não pelo primeiro, mas pelo segundo lugar — a liderança folgada é da B2W, dona das marcas Americanas.com e Submarino, que, com uma fatia de 40% do varejo online, faturou cerca de 6 bilhões de reais em 2010.

A disputa pela vice-liderança envolve companhias poderosas, como Pão de Açúcar, Walmart, Carrefour, Magazine Luiza e Ricardo Eletro, com forte presença também no varejo tradicional. Com destaque nesse pelotão está uma empresa sem uma única loja física por trás: a carioca Comprafacil.com.
Nos últimos dois anos, suas vendas triplicaram de 460 milhões para 1,4 bilhão de reais — num ritmo quase três vezes maior do que o da expansão do setor. O avanço a levou para o terceiro lugar entre as maiores do comércio eletrônico pela primeira vez em 2010, logo atrás da Nova.com, que reúne três lojas virtuais do grupo Pão de Açúcar — Extra, Ponto Frio e Casas Bahia —, segundo um levantamento feito a pedido de EXAME para a consultoria GMattos, especializada em internet. “É um dos crescimentos mais acelerados da história do comércio eletrônico no país”, diz o consultor Gastão Mattos, responsável pelo estudo.
Criado em 2003 pelo sexagenário grupo carioca de vendas por catálogo Hermes, o comércio eletrônico se transformou no coração da empresa — e representa dois terços das vendas de 2,1 bilhões de reais do grupo.
O avanço no mundo virtual levou o Comprafacil a inaugurar há dois meses em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, a primeira etapa de um novo centro de distribuição com 140 000 metros quadrados dedicado exclusivamente à operação online — uma estrutura quatro vezes maior do que a voltada para as vendas por catálogo.
Em prateleiras de 12 metros de altura, são estocados 40 000 produtos diferentes — de cafeteiras a motosserras —, um portfólio três vezes mais abrangente do que o destinado às tradicionais vendas por catálogo. Até o fim de 2011, a variedade de itens oferecidos pela Hermes deve chegar a 50 000 — mesmo patamar mantido pela B2W e bem à frente dos cerca de 20 000 itens vendidos pelos demais concorrentes. “Na internet, a dinâmica é simples: quem tem mais produtos atrai mais consumidores”, diz Alessandro Gil, sócio da consultoria Ikeda.

março 17, 2011

Agradecimento aos Ilustres visitantes em nosso site!

Agradecemos aos visitantes da Russia , Indonesia , Paquistão , China , Emirados Arabes , Noroega , Londres , Reino Unido , Espanha , Portugal , Italia , Israel , Libano e India  onde detectamos a grande presença de visitantes destes lugares.
Obrigado por realizarem consultas on line em nosso site/blog!

YBBRIO

CETIP (CTIP3) Anuncia sua Agenda de Divulgação dos Resultados do 4T10 e 2010

[ CETIP ]


 
Divulgação de Resultados
29 de março de 2011 - após fechamento do mercado 
Teleconferência em Português
30 de março de 2011 - 4a feira
10h00 (BR) | 9:00 AM (US ET)
Tel.: + 55 11 4688-6361 
Código: CETIP
Webcast: www.cetip.com.br/ri

André Esteves, o homem do risco

Como André Esteves conseguiu multiplicar o valor do BTG Pactual por 4 em menos de dois anos — e por que ele agora tem de correr para entregar o resultado que prometeu

  EXAME

André Esteves, presidente do BTG Pactual
André Esteves: “Hoje, o maior desafio do banco é usar o capital de forma eficiente. Nunca tivemos tanto dinheiro para investir em tão pouco tempo”
André esteves tem pressa. Nos últimos dois meses, o banqueiro carioca de 41 anos, controlador do BTG Pactual, fez negócios milionários num ritmo estonteante mesmo para seus já elevados padrões de agressividade. Em dezembro, anunciou que um grupo de investidores estrangeiros (seis fundos e quatro famílias) comprara 18% do BTG Pactual por 1,8 bilhão de dólares. Com isso, a participação de Esteves no capital do banco passou a valer cerca de 3 bilhões de dólares. Pouco mais de um mês depois de fechar o contrato com os fundos, já estava assinando a compra do arruinado banco PanAmericano, do empresário Silvio Santos, por 450 milhões de reais — um negócio tão polêmico e midiático que fez do nome do banco uma das palavras mais citadas no site de mensagens Twitter. Na mesma semana, Esteves fechou a aquisição da rede de varejo carioca Casa & Vídeo. Foram dois meses em que ele simplesmente parecia estar em todos os lugares ao mesmo tempo. “Hoje, o maior desafio do banco é usar o capital de forma eficiente”, diz Esteves. “A gente nunca teve tanto dinheiro para investir em tão pouco tempo.”
De onde vem essa urgência toda? Há, aqui, dois componentes essenciais para explicar a pressa de André Esteves. O primeiro é inato à sua personalidade. Certa ansiedade, doses cavalares de ambição e um arrojo incomum na hora de arriscar fizeram dele o que é hoje. Nascido numa família de classe média no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, e formado em matemática, Esteves começou no então banco Pactual como analista de sistemas, consertando computadores, 21 anos atrás. Tornou-se bilionário em 2006, quando, já presidente do banco, vendeu o Pactual ao suíço UBS por 2,6 bilhões de dólares. Mas decidiu que era pouco: logo depois, articulou uma fracassada tentativa de comprar o controle do próprio UBS. Esteves não queria ser mais um na hierarquia do banco, mas sim, em suas palavras, “transformar 2 bilhões em 6”. Fez, então, uma proposta para ter o Pactual de volta. Também deu errado. Acabou deixando o banco e fundando o BTG em 2008. Em abril de 2009, em meio à crise financeira internacional, o UBS decidiu vender a operação brasileira. Esteves fechou o negócio em questão de dias. Nascia, assim, o BTG Pactual.

HRT DIVULGA RESULTADO DO 4º TRIMESTRE DE 2010


Rio de Janeiro, 17 de março de 2011 - A HRT Participações em Petróleo S.A ("HRT") (BM&FBOVESPA: HRTP3) anuncia hoje seus resultados do quarto trimestre e ano de 2010 (4T10 e 2010).
Para visualizar o Earnings Release com os resultados do Quarto Trimestre e ano de 2010, clique aqui.
Teleconferência: 18 de março de 2011 (sexta-feira).
Teleconferência em Português   Teleconferência em Inglês   
10h00 (Horário de Brasília)
        09h00 (Nova Iorque)  
Tel.: +55 11 3127 4971Senha: HRT
Webcast: clique aqui
12h00 (Horário de Brasília)
         11h00 (Nova Iorque) 
Tel.: +1 412 317 6776Senha: HRT
Webcast: clique aqui
A apresentação para acompanhamento das teleconferências estará disponível para download no website de RI da Companhia minutos antes do início das teleconferências.

Nova Gradiente: Ações disparam e sobem mais de 30% durante o pregão

As ações da IGB Eletrônica, nova denominação da Gradiente, tiveram um dia explosivo ontem no mercado acionário. Os investidores viram seus papéis abrir com um forte gap de alta (situação em que os preços de abertura ficam bem acima da máxima do dia anterior) e rumou para atingir a máxima do dia em R$ 6,20, alta de 30,25%, apenas na primeira hora de pregão. A cotação da empresa caiu bastante até o final do dia, mas encerrou com alta de 9,66%. O volume financeiro foi impressionante, quase dez vezes a média recente. Não há confirmações, mas rumores indicam que a Gradiente possa voltar a produzir em larga escala até o final de junho deste ano com a ajuda de um aporte financeiro. A empresa focaria em produtos de informática, especialmente tablets, para concorrer com o iPad da Apple. A empresa negou em comunicado oficial que tenha algum fato relevante que justifique o movimento visto em suas ações ontem. No entanto afirmou que continua trabalhando para conclusão do seu processo de reestruturação.

Quer ser um bilionário? Abra um banco no Brasil

Dos 30 integrantes do país no ranking de fortunas da revista americana Forbes, 13 têm sua riqueza ligada ao setor bancário


Itaú Unibanco

O maior lucro de um banco na história do país fez o Itaú Unibanco ter sete acionistas na lista da Forbes
O ranking das pessoas mais ricas do mundo em 2010, divulgado na semana passada, evidenciou um traço particular da economia nacional: 13 dos 30 integrantes do país na relação da revista americana Forbes têm suas fortunas oriundas do setor bancário. Essa expressiva participação de banqueiros – que não se repete nos países desenvolvidos nem nos emergentes, em cujas listas há predomínio de empresários dos mais diversos setores produtivos – evidencia como o modelo econômico do Brasil cria condições para o florescimento do mercado financeiro, na mesma medida em que retarda o aparecimento de novos bilionários ligados à economia real.

Dos 12 novos integrantes brasileiros do ranking, sete são antigos acionistas do Itaú Unibanco, o segundo maior banco do país. Em 2010, o Itaú registrou o maior lucro da história dos bancos brasileiros, de 13,3 bilhões de reais, com alta de 32,3% na comparação com 2009. Outros dois estreantes são acionistas do Bradesco, o terceiro maior banco nacional.
Segundo analistas ouvidos pelo site de VEJA, a primeira conclusão a que se chega é que a taxa de juros no país, uma das mais altas do mundo, tende a impulsionar as margens de lucros das instituições financeiras. A taxa básica de juros da economia, a Selic, fechou 2010 em 10,75% ao ano. Em 2011, já no governo Dilma, passou a 11,75% ao ano, após duas altas consecutivas de 0,5 ponto porcentual realizadas pelo Banco Central, em sua tarefa de impedir o avanço da inflação. “Esse quadro é resultado de um estado gastador que precisa segurar a economia via altas taxas de juros”, explica Alexandre Assaf Neto, professor de finanças da Universidade de São Paulo (USP).
Na visão do economista José Márcio Camargo, da Opus Consultoria, há outras razões que determinam o fenômeno. Ele afirma que – embora o país seja um importante produtor de commodities e tenha se beneficiado da alta dos preços destes produtos, como petróleo e minério de ferro – ainda não “deu tempo” de o Brasil gerar muitos bilionários. A explicação é que as grandes companhias desses setores eram estatais até pouco tempo atrás, no caso da Vale, ou ainda são estatais, como a Petrobras. “Com exceção do Eike Batista, ainda não se gerou nenhum outro bilionário de peso”, afirma. Camargo também avalia que a industrialização brasileira foi calcada em investimento direto estrangeiro e, portanto, os donos e executivos das multinacionais não moram no país.
Por fim, a menor concentração de bilionários ligados à economia real do Brasil na lista da Forbes também é conseqüência dos problemas estruturais do país, que impedem que as empresas, sobretudo a indústria, sejam tão lucrativas como as estrangeiras. O Brasil figura atualmente na 58ª colocação no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial e sua posição é determinada por questões já muito familiares aos empresários locais, como a infraestrutura insuficiente, a carga tributária sufocante, a falta de mão de obra qualificada e – por que não? – os juros altos. “O juro alto impede o crescimento das empresas. Uma taxa menor possibilitaria que o empresário tomasse dívida para fazer a empresa crescer”, explica Márcio Garcia, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Logo, teríamos mais bilionários.

março 16, 2011

Bolsa do Japão sobe forte. Será o fim da crise?

Nesta madrugada a bolsa de valores japonesa fechou com forte alta de 5,7%, recuperando parte das perdas dos dias anteriores. O banco central japonês está mostrando todo o seu poder de convencimento neste cenário de devastação. O Bank of Japan decidiu injetar 20 trilhões de Ienes (R$ 410 bilhões), quantia jamais aplicada, no mercado japonês com o intuito de garantir uma transição à normalidade no país. O índice Nikkei está sendo pressionado pela cotação das empresas mais atingidas no terremoto, como a Tokyo Electric Power, controladora da Usina Nuclear de Fukushima, bastante atingida durante o desastre, que já perdeu 50% do seu valor de mercado em três dias de pregão. A usina de Fukushima está à beira de um desastre nuclear de grande magnitude, que poderia levar toda a empresa à falência. Na China as empresas ligadas ao setor de commodities tiveram uma boa sessão e ajudaram o índice da bolsa de valores de Xangai também fechar em alta. Aqui no Brasil essa valorização do setor pode ajudar a alavancar os preços de empresas como Vale e MMX.