A nossa banda é 1.0
O baixo índice de acesso à internet e a lentidão na banda larga penalizam a economia e representam um dos maiores atrasos das metrópoles brasileiras
Conexão e mobilidade: na Coreia do Sul, o acesso à internet rápida se dá principalmente pelo celular 3G e já atende 81% da população
Uma das vantagens que as cidades oferecem, em particular para os negócios, é a facilidade de conexão entre as pessoas. As telecomunicações multiplicam essa facilidade. Felizmente, já vai longe o tempo em que os brasileiros não dispunham sequer de uma rede básica de telefonia — hoje, o número de celulares supera o de habitantes.
Porém, na etapa mais recente dessa evolução, a da conexão rápida pela internet, o Brasil, mesmo em suas maiores metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, está muito atrasado. E isso compromete a economia.
Um estudo feito pelo Banco Mundial indica que 10% mais de penetração da banda larga pode gerar crescimento econômico adicional de 1,4 ponto percentual. Ou seja, caso contasse com uma banda larga de qualidade, o Brasil poderia crescer mais e a uma velocidade maior.
No mundo urbanizado de hoje, a internet é simplesmente imprescindível — em especial para as empresas. Ninguém mais concebe enviar um contrato a um cliente e esperar de três a cinco dias úteis para recebê-lo de volta pelo correio.
Nas corporações globais, praticamente todos os processos acontecem pela rede. E a conexão precisa ser cada vez mais veloz. “Nossos maiores clientes, como o McDonald’s, administram, dentro de uma sala, negócios espalhados em 100 países. Ali eles precisam receber dados do mundo todo à velocidade da luz, e a internet rápida é o caminho para isso”, diz o francês Thierry Giraud, presidente da operação brasileira da Sage, uma das maiores fornecedoras de aplicativos de gestão empresarial do mundo.
“Nos grandes centros brasileiros, isso ainda é um problema.” A oferta de internet de qualidade também é decisiva para que uma cidade atraia os melhores profissionais. Hoje, um executivo escolhe trabalhar onde quiser, desde que exista uma boa infraestrutura de banda larga. Cidades sem esse serviço — universalizado e rápido —, portanto, perdem a competitividade na disputa tanto por pessoal de alto nível quanto por investimentos.
Estamos mal
No cenário geral de indicadores da internet, o Brasil apresenta um quadro deplorável. Embora 84% da população viva nas áreas urbanas, 76% dela — 145 milhões de pessoas — está fora do mercado de internet. No ranking dos 133 países mais conectados, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, a Suécia é líder e o Brasil ocupa a 61a posição.
Um estudo feito pelo Banco Mundial indica que 10% mais de penetração da banda larga pode gerar crescimento econômico adicional de 1,4 ponto percentual. Ou seja, caso contasse com uma banda larga de qualidade, o Brasil poderia crescer mais e a uma velocidade maior.
No mundo urbanizado de hoje, a internet é simplesmente imprescindível — em especial para as empresas. Ninguém mais concebe enviar um contrato a um cliente e esperar de três a cinco dias úteis para recebê-lo de volta pelo correio.
Nas corporações globais, praticamente todos os processos acontecem pela rede. E a conexão precisa ser cada vez mais veloz. “Nossos maiores clientes, como o McDonald’s, administram, dentro de uma sala, negócios espalhados em 100 países. Ali eles precisam receber dados do mundo todo à velocidade da luz, e a internet rápida é o caminho para isso”, diz o francês Thierry Giraud, presidente da operação brasileira da Sage, uma das maiores fornecedoras de aplicativos de gestão empresarial do mundo.
“Nos grandes centros brasileiros, isso ainda é um problema.” A oferta de internet de qualidade também é decisiva para que uma cidade atraia os melhores profissionais. Hoje, um executivo escolhe trabalhar onde quiser, desde que exista uma boa infraestrutura de banda larga. Cidades sem esse serviço — universalizado e rápido —, portanto, perdem a competitividade na disputa tanto por pessoal de alto nível quanto por investimentos.
Estamos mal
No cenário geral de indicadores da internet, o Brasil apresenta um quadro deplorável. Embora 84% da população viva nas áreas urbanas, 76% dela — 145 milhões de pessoas — está fora do mercado de internet. No ranking dos 133 países mais conectados, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, a Suécia é líder e o Brasil ocupa a 61a posição.


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