Como seguir o conselho do maior investidor do mundo
Presidente da BlackRock indica compra de ações ligadas ao setor de alimentos; na BM&FBovespa, Brasil Foods é a favorita
Larry Fink, da BlackRock: quem comprar ações do setor de alimentos vai ganhar dinheiro
São Paulo - Larry Fink pode ser considerado o maior investidor do mundo. Presidente e fundador da BlackRock, a maior gestora de recursos de terceiros do planeta, Fink é responsável final pelo investimento de 3,6 trilhões de dólares, um montante de dinheiro superior ao PIB de países como Brasil ou a Alemanha. Em entrevista exclusiva a EXAME, que pode ser lida na edição da revista que está nas bancas, o executivo avalia o cenário mundial para investimentos e recomenda com bastante convicção a compra de ações ligadas à produção de alimentos. Diz Fink na entrevista: "Compre ações ligadas ao setor agrícola, de todo e qualquer tipo. Coloque esses papéis numa gaveta. Não se abale com as notícias sobre a economia. Vá curtir a vida por dez anos e abra a gaveta depois disso. Prometo que você terá um bom retorno."
Analistas do setor de alimentos ouvidos por EXAME.com concordam que esse segmento pode ser bastante promissor para investimentos. As populações de países emergentes como o Brasil, a China e a Índia tiveram melhorias sensíveis de renda e vão comer cada vez melhor nos próximos anos. Já do lado da oferta, o potencial de expansão é limitado por restrições ambientais e pela escassez de terras, água e outros recursos naturais.
Atualmente, apenas cinco países geram grandes excedentes de comida no mundo: Brasil, Argentina, Austrália, Estados Unidos e Uruguai. Para Gabriel Vaz, analista de alimentos e bebidas do Santander, os EUA e a Austrália já utilizam de forma produtiva a maior parte das terras cultiváveis disponíveis. Já a Argentina e o Uruguai possuem territórios comparativamente pequenos em relação aos demais. "É até um clichê dizer que o Brasil pode se transformar no celeiro do mundo, mas o fato é que nenhum outro país tem condições de dar um grande salto tanto em área plantada quanto em produtividade", afirma.
O que comprar
No Brasil, não é possível realizar investimentos financeiros diretamente em commodities com horizonte de longo prazo. Os contratos futuros negociados na BM&FBovespa - como de soja, milho ou boi gordo – vencem poucos meses após o lançamento e servem principalmente para que os produtores rurais possam ter maior previsibilidade em relação ao preço com que venderão a produção.
Resta ao investidor comprar ações de empresas ligadas direta ou indiretamente ao agronegócio e lucrar indiretamente com o possível aumento do preço dos alimentos. Na entrevista, Fink, da BlackRock, cita como promissoras apenas grandes empresas americanas - como a Monsanto e a Caterpillar – cujas ações não estão ao alcance do pequeno investidor brasileiro, Consultados por EXAME.com, analistas de mercado disseram que, na BM&FBovespa, não há empresa melhor que a Brasil Foods para tentar lucrar com o setor.
Resultado da fusão da Sadia com a Perdigão, a companhia seria a mais bem-posicionada para atender ao crescimento da demanda mundial. A Brasil Foods é especializada em frango, uma proteína mais barata e com menos risco de fortes oscilações de preço. A empresa obtém cerca de 60% de sua receita no mercado brasileiro, que cresce mais rápido que a média mundial.
Atualmente, apenas cinco países geram grandes excedentes de comida no mundo: Brasil, Argentina, Austrália, Estados Unidos e Uruguai. Para Gabriel Vaz, analista de alimentos e bebidas do Santander, os EUA e a Austrália já utilizam de forma produtiva a maior parte das terras cultiváveis disponíveis. Já a Argentina e o Uruguai possuem territórios comparativamente pequenos em relação aos demais. "É até um clichê dizer que o Brasil pode se transformar no celeiro do mundo, mas o fato é que nenhum outro país tem condições de dar um grande salto tanto em área plantada quanto em produtividade", afirma.
O que comprar
No Brasil, não é possível realizar investimentos financeiros diretamente em commodities com horizonte de longo prazo. Os contratos futuros negociados na BM&FBovespa - como de soja, milho ou boi gordo – vencem poucos meses após o lançamento e servem principalmente para que os produtores rurais possam ter maior previsibilidade em relação ao preço com que venderão a produção.
Resta ao investidor comprar ações de empresas ligadas direta ou indiretamente ao agronegócio e lucrar indiretamente com o possível aumento do preço dos alimentos. Na entrevista, Fink, da BlackRock, cita como promissoras apenas grandes empresas americanas - como a Monsanto e a Caterpillar – cujas ações não estão ao alcance do pequeno investidor brasileiro, Consultados por EXAME.com, analistas de mercado disseram que, na BM&FBovespa, não há empresa melhor que a Brasil Foods para tentar lucrar com o setor.
Resultado da fusão da Sadia com a Perdigão, a companhia seria a mais bem-posicionada para atender ao crescimento da demanda mundial. A Brasil Foods é especializada em frango, uma proteína mais barata e com menos risco de fortes oscilações de preço. A empresa obtém cerca de 60% de sua receita no mercado brasileiro, que cresce mais rápido que a média mundial.


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