O azarão da internet
Criado pelo grupo carioca Hermes, o Comprafacil chegou à terceira posição do comércio eletrônico ao deixar para trás concorrentes como Magazine Luiza
Gustavo Bach, do grupo Hermes: em dois anos, as vendas da operação online triplicaram, alcançando 1,4 bilhão de reais
Uma disputa inesperada pode ser vista hoje no mercado brasileiro de comércio eletrônico. Meia dúzia de empresas compete não pelo primeiro, mas pelo segundo lugar — a liderança folgada é da B2W, dona das marcas Americanas.com e Submarino, que, com uma fatia de 40% do varejo online, faturou cerca de 6 bilhões de reais em 2010.
A disputa pela vice-liderança envolve companhias poderosas, como Pão de Açúcar, Walmart, Carrefour, Magazine Luiza e Ricardo Eletro, com forte presença também no varejo tradicional. Com destaque nesse pelotão está uma empresa sem uma única loja física por trás: a carioca Comprafacil.com.
Nos últimos dois anos, suas vendas triplicaram de 460 milhões para 1,4 bilhão de reais — num ritmo quase três vezes maior do que o da expansão do setor. O avanço a levou para o terceiro lugar entre as maiores do comércio eletrônico pela primeira vez em 2010, logo atrás da Nova.com, que reúne três lojas virtuais do grupo Pão de Açúcar — Extra, Ponto Frio e Casas Bahia —, segundo um levantamento feito a pedido de EXAME para a consultoria GMattos, especializada em internet. “É um dos crescimentos mais acelerados da história do comércio eletrônico no país”, diz o consultor Gastão Mattos, responsável pelo estudo.
Criado em 2003 pelo sexagenário grupo carioca de vendas por catálogo Hermes, o comércio eletrônico se transformou no coração da empresa — e representa dois terços das vendas de 2,1 bilhões de reais do grupo.
O avanço no mundo virtual levou o Comprafacil a inaugurar há dois meses em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, a primeira etapa de um novo centro de distribuição com 140 000 metros quadrados dedicado exclusivamente à operação online — uma estrutura quatro vezes maior do que a voltada para as vendas por catálogo.
Em prateleiras de 12 metros de altura, são estocados 40 000 produtos diferentes — de cafeteiras a motosserras —, um portfólio três vezes mais abrangente do que o destinado às tradicionais vendas por catálogo. Até o fim de 2011, a variedade de itens oferecidos pela Hermes deve chegar a 50 000 — mesmo patamar mantido pela B2W e bem à frente dos cerca de 20 000 itens vendidos pelos demais concorrentes. “Na internet, a dinâmica é simples: quem tem mais produtos atrai mais consumidores”, diz Alessandro Gil, sócio da consultoria Ikeda.
Nos últimos dois anos, suas vendas triplicaram de 460 milhões para 1,4 bilhão de reais — num ritmo quase três vezes maior do que o da expansão do setor. O avanço a levou para o terceiro lugar entre as maiores do comércio eletrônico pela primeira vez em 2010, logo atrás da Nova.com, que reúne três lojas virtuais do grupo Pão de Açúcar — Extra, Ponto Frio e Casas Bahia —, segundo um levantamento feito a pedido de EXAME para a consultoria GMattos, especializada em internet. “É um dos crescimentos mais acelerados da história do comércio eletrônico no país”, diz o consultor Gastão Mattos, responsável pelo estudo.
Criado em 2003 pelo sexagenário grupo carioca de vendas por catálogo Hermes, o comércio eletrônico se transformou no coração da empresa — e representa dois terços das vendas de 2,1 bilhões de reais do grupo.
O avanço no mundo virtual levou o Comprafacil a inaugurar há dois meses em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, a primeira etapa de um novo centro de distribuição com 140 000 metros quadrados dedicado exclusivamente à operação online — uma estrutura quatro vezes maior do que a voltada para as vendas por catálogo.
Em prateleiras de 12 metros de altura, são estocados 40 000 produtos diferentes — de cafeteiras a motosserras —, um portfólio três vezes mais abrangente do que o destinado às tradicionais vendas por catálogo. Até o fim de 2011, a variedade de itens oferecidos pela Hermes deve chegar a 50 000 — mesmo patamar mantido pela B2W e bem à frente dos cerca de 20 000 itens vendidos pelos demais concorrentes. “Na internet, a dinâmica é simples: quem tem mais produtos atrai mais consumidores”, diz Alessandro Gil, sócio da consultoria Ikeda.


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