julho 30, 2010

Dívida líquida da Vale dobra para US$ 17,7 bilhões


SÃO PAULO - A Vale encerrou o primeiro semestre com dívida bruta de US$ 23,959 bilhões, acima dos US$ 23,569 bilhões registrados no fim de março e dos US$ 19,493 bilhões no final de junho de 2009. O prazo médio dos compromissos é de 8,8 anos e o custo médio, de 5,25% ao ano.

A dívida líquida atingiu US$ 17,724 bilhões no fim de junho, mais que o dobro dos US$ 8,301 bilhões de junho de 2009 e acima dos US$ 12,433 bilhões de março. A posição de caixa, por sua vez, caiu de US$ 11,136 bilhões para US$ 6,235 bilhões por conta das aquisições feitas pela companhia.

Foram desembolsados no trimestre US$ 500 milhões na operação de compra de 51% das reservas de minério de Simandou, na Guiné, em um negócio com valor total de US$ 2,5 bilhões. Outros US$ 4,7 bilhões foram gastos na compra de ativos de fertilizantes, incluindo a Fosfertil.

Mesmo assim a alavancagem, medida pela relação dívida total/Ebitda ajustado, diminuiu de 2,4 vezes em março para 1,8 vez em junho. Em junho de 2009, ela estava em 1,5 vez. A empresa atribuiu a redução ao melhor desempenho da geração de caixa.

Considerando as posições de hedge, 35% da dívida total era atrelada a taxas de juros flutuantes e 65% a taxas fixas. A empresa lembra que 98% da dívida é denominada em dólares e o restante em outras moedas.

A Vale destacou ainda que os investimentos no segundo trimestre, excluindo aquisições, somaram US$ 2,375 bilhões, dos quais US$ 1,694 bilhão para desenvolvimentos de projetos de crescimento orgânico, US$ 273 milhões em pesquisa e desenvolvimento, e US$ 407 milhões para manutenção das operações existentes.

No acumulado do primeiro semestre, os investimentos somaram US$ 4,533 bilhões, acima dos US$ 3,794 bilhões do mesmo período do ano passado.