setembro 12, 2019

Carf mantém cobrança de R$ 2,7 bi contra B3 e mais destaques

Resultado de imagem para b3
B3 (B3SA3): A Câmara Superior de Recursos Fiscais do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu decisão favorável ao recurso apresentado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que é desfavorável à B3, referente à amortização, para fins fiscais, nos exercícios de 2010 e 2011, do ágio gerado quando da incorporação de ações da Bovespa Holding S.A. pela Companhia em maio de 2008.
Os ativos de risco operam em alta na manhã desta quinta-feira, porém perdem alguma intensidade na medida em que se aproxima a decisão de juros do Banco Central Europeu. Para traders e gestores consultados pela TC Mover, o anúncio feito pelo presidente americano Donald Trump, na noite de ontem, de que irá adiar a implementação de tarifas adicionais sobre as importações de produtos da China por duas semanas, para 15 de outubro, mostra a maior disposição, tanto dos Estados Unidos quanto da China, para acertarem suas diferenças comerciais antes da eleição presidencial americana, em novembro de 2020. O movimento ajuda a preservar um cenário menos nebuloso no curto prazo, porém sem resolver o preocupante binômio baixo crescimento-juros declinantes que observamos, há meses, em nível global.
 
Assim, parece que as bolsas americanas, europeias e a brasileira têm encontrado um intervalo relativamente sólido de negociação – perto das máximas históricas, mas longe de tomar o impulso necessário para batê-las. O índice S&P500, o indicador referência do mercado acionário americano mais amplo, deve ver o patamar ao redor dos 3.000 pontos “testado e respeitado”, diz o gestor da TAG Investimentos, Dan Kawa.  
No caso do Ibovespa, a ruptura na resistência dos 103 mil pontos ainda não chegou, ora pela falta de convicção dos investidores estrangeiros, ora pela desconfiança que gera o cenário global turbulento, ora pelas dicotomias do ambiente local – que se debate entre o avanço da agenda econômica no Congresso e as trapalhadas do governo do presidente Jair Bolsonaro. A agenda de hoje pode mexer com essa perspectiva.
 
A decisão de juros do Banco Central Europeu atrai todos os holofotes, não só pelo fato de ser a mais importante desta semana no quesito política monetária, mas pelo fato que ela pode impactar as decisões futuras de outros bancos centrais – como as do Federal Reserve ou do Banco Central do Brasil, na semana que vem. Hoje, alguns analistas aguardam por uma manutenção dos juros na Zona do Euro, outros por cortes ou sinalizações concretas quanto às futuras ações do colegiado.
A importância da reunião de hoje, em resumo, reside na manutenção da narrativa de que uma política monetária mais agressiva deve acelerar a recuperação global, em meio à incerteza quanto à guerra comercial EUA-China. Isso significa que a volatilidade vai se manter presente, pois a probabilidade de os anúncios decepcionarem o investidor tende a ser alta.
Fonte: TC Mover