Empresas brasileiras respondem por 72,9% das aquisições do semestre Transações feitas pelas empresas nacionais no período totalizaram 57,3 bilhões de reais
Posto Shell: a maior operação do período foi a joint venture entre Shell e Cosan
São Paulo - No primeiro semestre, as empresas brasileiras responderam por 72,9% do total de fusões e aquisições anunciadas no país, segundo relatório da Anbima divulgado hoje (18/8). Foram 43 aquisições realizadas pelas brasileiras e 16 por empresas estrangeiras. Em valores, as compras realizadas por empresas nacionais somaram 57,3 bilhões de reais, 67,5% do montante total.
O montante total de aquisições de estrangeiras por brasileiras foi de 39,5 bilhões de reais, o maior observado desde 2006, e representou 46,6% do percentual total do período. No mesmo semestre de 2009, o valor havia sido de 6,4 bilhões de reais.
Em número de operações, lideram as aquisições entre empresas brasileiras, que somaram 25, seguidas pelas 18 aquisições de estrangeiras por brasileiras, pelas 12 aquisições de brasileiras por estrangeiras e pelas quatro aquisições entre empresas estrangeiras.
Em valores, as aquisições entre empresas brasileiras somaram 17,8 bilhões de reais, enquanto as aquisições de estrangeiras por brasileiras contabilizaram 39,5 bilhões de reais. As aquisições de brasileiras por estrangeiras e entre empresas estrangeiras (com empresas-alvo brasileiras) somaram 27,5 bilhões de reais.
O período de eleições geralmente esfria um pouco as fusões e aquisições, porque são um fator de incerteza. Mas esse ano, isso ainda não tem acontecido, segundo Bruno Amaral, coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima. "Nessas eleições, não há mudanças (entre os candidatos) em princípios gerais de economia", diz o coordenador.
Semestre
No primeiro semestre, a Anbima contabilizou um volume recorde de anúncios de fusões e aquisições (entre os últimos cinco anos). No total, foram 59 transações e 84,8 bilhões de reais. O volume representa um crescimento de 43,2% em relação ao primeiro semestre de 2009. "O que levou ao recorde foi a participação de empresas brasileiras", disse Amaral. O coordenador considera os dados de anúncio um melhor reflexo do momento atual da economia do Brasil.


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