setembro 17, 2019

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Mercados... Mercados asiáticos encerraram predominantemente em queda nesta 3ªF. Bolsas de Hong Kong (-1,2%) e de Shanghai (-1,7%) recuaram na sessão, enquanto o Nikkei na volta do feriado do dia do idoso no Japão. Na Europa, índices de mercado iniciaram o dia com o mesmo movimento de cautela verificado ontem, e o índice pan-europeu, STOXX 600, registra leve baixa de 0,1%.

Mais um ponto de resistência... Os ataques à infraestrutura saudita que já estão sendo tachados por alguns de "11 de setembro do petróleo" segue promovendo cautela nos mercados globais. Investidores buscam mais informações sobre o quadro real da produção petrolífera do país responsável por cerca de 10% da oferta mundial. Além da recente pressão no preço do petróleo, a resposta do Estados Unidos caso seja comprovada a participação do Irã nos ataques é algo que preocupa os mercados.
Um novo conflito militar na região deve agir como mais um ponto de resistência para a retomada de crescimento da economia mundial, uma vez que este promoveria um preço estrutural mais alto para a commodity, agindo como catalisador para inflação. Por ora, predomina o sentimento de incerteza, pois mesmo que a Aramco, com a ajuda dos EUA, seja rápida em estabelecer a oferta, a expectativa é que o preço se mantenha elevado por conta da escalada do risco geopolítico da região.

Encontro confirmado... A mídia chinesa confirmou a visita de uma delegação chinesa aos EUA nesta 4ªF, onde se espera que sejam retomadas as negociações comerciais entre as duas maiores economias mundiais. Segundo o relato, o grupo chinês será liderado pelo vice-ministro das Finanças, Liao Min, e tem como principal propósito preparar o terreno para as conversas do alto escalão de negociadores marcado para acontecer no início de do mês que vem. Este encontro de outubro contará com as presenças do vice-premiê chinês, Liu He, do representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer e do Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.
Mesmo sem avanços concretos nesta frente, a notícia vem como uma espécie de alento para o mercado, que ainda tem a manutenção da disputa comercial sino-americana como principal risco para a economia mundial.

Na agenda... O FOMC dará início a mais uma reunião do de política monetária, que termina com o anuncio da decisão do comitê sobre a taxa de juros nesta 4ªF. Hoje, o mercado acompanha a produção industrial de agosto (10h15), que servirá como novo termômetro para a atividade do setor manufatureiro dos EUA.
Na Zona do Euro, o destaque desta 3ªF foi a divulgação do índice Zew de confiança na economia na Alemanha, que apontou para uma recuperação das expectativas futuras, mas trouxe uma nova queda em relação à situação corrente. A leitura foi bem recebida, mas está longe e sinalizar uma maior estabilização da maior economia europeia.

■ Panorama local

Instabilidade no Oriente Médio pode aumentar atratividade do pré-sal... Os ataques às refinarias sauditas lembraram o mundo que boa parte do petróleo consumido pelo mercado internacional é extraído e processado em uma região extremamente volátil, regida por uma série de interesses conflitantes.
Em vista disso, e do consequente desejo das empresas asiáticas que agora buscam alternativas para mitigar risco e diversificarem seu portfolio, o petróleo em outras regiões do mundo se tornou mais atrativo. O Brasil e o leilão do pré-sal devem se beneficiar dessa necessidade de buscar novas fontes da matéria prima. O próximo leilão está marcado para dia 6 de novembro.

Senado apresenta relatório da reforma tributária... O relator do projeto no Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA), deve apresentar seu parecer amanhã (18). Segundo o senador, o seu relatório incluirá novo tributo sobre valor agregado com duas camadas, uma alíquota para os impostos federais e outra para os estados e municípios.
O tributo se chamaria Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) e substituiria nove tributos existentes. Para desonerar a folha de pagamento, o projeto propõe uma alíquota do IBS de 28% ou 29%, que possibilitaria uma redução de 5% na alíquota que incide sobre a folha.

Cortes de benefícios fiscais podem viabilizar desoneração da folha... Durante evento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), citou a redução de benéficos fiscais como uma opção sendo estudada pelos deputados, para reduzir o peso dos tributos sobre a folha de pagamento. Após a rejeição da CPMF, cortes aos mais de R$ 400 bilhões que são desonerados dos contribuintes, através de incentivos fiscais, podem ser uma alternativa.
Maia também afirmou que é provável que uma das casas aprove a reforma tributária antes do fim de 2019 e que o retorno de um tributo nos moldes da CPMF é extremamente improvável.

Na agenda... O mercado acompanha o início de mais uma reunião do Copom, que divulgará a decisão de política monetária do Banco Central amanhã. As apostas do mercado seguem firmes em um novo corte de 50 pontos base (0,5 p.p.) da taxa Selica, assim como na sinalização de que o ciclo de corte se estenderá até o final do ano.
 
Fonte: Guide Investimentos