agosto 18, 2011

10 notícias para lidar com os mercados nesta quinta-feira



Bancos rebaixam expectativa de crescimento da economia mundial e bolsas internacionais operam em queda; commodities recuam por temor de desaquecimento na demanda

Marcel Salim/EXAME.com
Pregão da Bovespa
São Paulo - Aqui está o que você precisa saber nesta quinta-feira (18):
1 Mercados: Temor sobre a economia global afeta bolsas. A aversão ao risco aumenta e as ações internacionais recuam hoje diante dos temores dos investidores sobre o crescimento da economia mundial, principalmente após o banco americano Morgan Stanley rebaixar sua previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) global e dirigentes do Federal Reserve dizerem que a autoridade monetária não deveria agir para proteger os investidores que aplicam na renda variável. Na agenda econômica, destaque para dados sobre a inflação nos Estados Unidos e números referentes aos pedidos de seguro desemprego, além de indicadores sobre a atividade na região de Filadélfia. Entre as commodities, petróleo e cobre caem com a preocupação de desaquecimento na demanda global.
2 BofA:Temos ofertas de ações de bilhões de dólares no Brasil. A turbulência dos mercados globais retardou, mas não desfez os planos de grandes empresas brasileiras de captar recursos com ofertas de ações. "Temos vários deals na casa de bilhão de dólares cada", afirmou a jornalistas o diretor de investment banking do Bank of America Merrill Lynch, Hans Lin, durante evento em São Paulo. O banco estimava levantar de 15 a 20 bilhões de dólares em ofertas de ações de companhias domésticas.
3 Standard & Poor’s "confia" que França manterá conceito triplo A. A presidente da agência de medição de risco Standard & Poor's para os países de língua francesa da Europa, Carole Sirou, ressaltou nesta quinta-feira sua "confiança" na condição da França de manter a sua classificação de triplo A sobre sua dívida e ressaltou que a perspectiva é "estável". "França tem conceito AAA estável, como outros 15 países e é assim desde 1975, com altos e baixos lógicos da conjuntura", afirmou Sirou
4 Mendes Ribeiro será novo ministro da Agricultura, diz fonte. O líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), foi indicado pelo PMDB à presidente Dilma Rousseff para ser o novo ministro da Agricultura. Segundo disse à Reuters uma fonte próxima ao vice-presidente, Michel Temer, Dilma aceitou a indicação. Mendes Ribeiro irá substituir Wagner Rossi, que pediu demissão do cargo de ministro ontem em meio a uma série de denúncias de irregularidades na pasta.
5 WSJ: Europa tem "lições" para aprender com o Brasil de FHC. Com a crise econômica de alguns países, a Europa deve parar de agir como "se a única história que importa é a sua própria" e deve procurar exemplos em governos nas Américas, afirmou areportagem do jornal americano Wall Street Journal. Segundo o periódico, os governos de Alexander Hamilton nos EUA e de Fernando Henrique Cardoso no Brasil são exemplos para a União Europeia de como entender a tensão de ter uma política monetária e um Banco Central enquanto se busca políticas fiscais independentes.
6 Petrobras e São Martinho investirão R$ 520 mi em joint venture. A Petrobras Biocombustível, braço de renováveis da Petrobras, e a São Martinho vão investir 520,7 milhões de reais para elevar de 2,3 para 8 milhões de toneladas de cana a capacidade de moagem da usina Boa Vista, que faz parte da joint venture entre as duas empresas, a Nova Fronteira. A nova capacidade de moagem de 8 milhões de toneladas deverá estar implementada na safra 2014/15, de acordo com comunicado.
7 Petrobras encontra evidências de óleo em poço da Bacia de Santos. A estatal brasileira encontrou evidência de óleo em um poço do bloco S-M-172 na Bacia de Santos, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A descoberta no poço 1BRSA905RJS ainda não foi declarada comercialmente viável. A Petrobras detém 75% do poço, enquanto Repsol Sinopec Brasil controla o restante.
8 Gerdau diz que “não está interessada” em comprar Usiminas. A Gerdau “não está interessada” em comprar participação na Usiminas, disse o presidente do grupo gaúcho, André Gerdau Johannpeter, em declaração à Bloomberg ontem no Rio de Janeiro. Pouco antes, o diretor financeiro da Gerdau, Osvaldo Schirmer, disse que a empresa fez estudos sobre uma eventual fusão entre a Açominas, controlada pela Gerdau, com a Usiminas.
9 Novo fundo da Vinci comprará dívida de infraestrutura, diz jornal. O hiato entre o banco de fomento e o mercado de capitais começa a ser preenchido, mas não é por bancos de atacado. Criada por sócios oriundos do Banco Pactual, a gestora independente Vinci Partners lança um fundo com 1,2 bilhão de reais para financiar a longo prazo projetos de infraestrutura, informa reportagem do jornal Valor Econômico. A aplicação terá uma dinâmica semelhante à empregada pelos Fundos de Investimento em Participações: o novo fundo vai prover crédito de longo prazo para projetos em estágio anterior à emissão pública de dívida.
10 IGP-10 volta a subir e avança 0,20% em agosto, diz FGV. Após dois meses em queda, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) voltou a subir e avançou 0,20% em agosto, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em julho, o indicador teve queda de 0,12%. A taxa ficou dentro das previsões dos analistas (de 0,11% a 0,27%) e se posicionou acima da mediana das expectativas (0,18%).
Bônus I Ações da Fiat desabam mais de 7% por vendas no Brasil. Os papeis da montadora italiana Fiat despencavam mais de 7% nesta quinta-feira depois que a montadora apareceu atrás da Volkswagen no ranking de vendas da primeira metade de agosto da associação de concessionários do Brasil, a Fenabrave. "As vendas de veículos no Brasil na primeira metade de agosto cresceram (na comparação anual), mas a Fiat recuou e perdeu posição de liderança para a Volkswagen, o que não é um bom sinal", disse um gerente de fundos baseado em Milão.
Bônus II Por que Warren Buffett é tão repetitivo e relevante? Presidente-executivo da lendária holding de investimentos Berkshire Hathaway e integrante assíduo do clube dos mais ricos do mundo, Buffett costuma fazer declarações que ecoam até pelos cantos mais longínquos do planeta. O último foi sobre aumento de impostos para ricos nos EUA. A postura foi a mesma adotada durante a crise de 2008. Se ele está sendo, portanto, repetitivo, por que tanta gente o escuta?