Empresas cortam custo de dívidas
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Companhias brasileiras começam um movimento de troca de dívidas mais caras por outras mais baratas e com prazo de vencimento mais longo, aproveitando as melhores condições atuais de mercado em comparação com um a dois anos atrás. Pelo menos R$ 2,2 bilhões estão neste momento sendo pré-pagos pelas empresas por meio de novas captações via debêntures e notas promissórias. Empresas como as distribuidoras de energia "A gestão de passivos das companhias é feita a todo momento. Toda vez que enxergam uma oportunidade, elas aproveitam. É isso o que está acontecendo agora", diz Luís Fernando Guido, da área de renda fixa do A Elektro, por exemplo, concluiu neste mês uma oferta pública de debêntures de R$ 300 milhões que reduziu significativamente o custo de sua dívida. A distribuidora de energia trocou papéis que pagavam a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) mais 1,4% ao ano, com prazo de dois anos, por outros com vencimento em quatro e cinco anos, pagando uma remuneração máxima de DI mais 1,25% ao ano. "Em um primeiro momento, as empresas de energia elétrica foram bastante penalizadas pelos sinais de crise. Depois, entretanto, viu-se que elas passaram praticamente ilesas. É por isso que várias delas estão agora antecipando a quitação dos papéis", diz Ricardo Carvalho, diretor de avaliação de empresas da Empresas de outros setores estão quitando uma série de empréstimos bancários tomados em 2009 por meio de notas de crédito industrial, com vencimento curto. É o caso da Hypermarcas, que fez uma captação de R$ 500 milhões em debêntures com o prazo variando entre quatro e seis anos. Parte do dinheiro da oferta também será usada para pagar recentes aquisições da companhia. De uma forma geral, o reflexo da melhora de cenário já está sendo visto nas próprias notas de risco de crédito atribuídas pelas agências ao longo deste ano. Desde janeiro a Fitch já elevou o rating de dez empresas, enquanto apenas quatro foram rebaixadas. Em 2009, os rebaixamentos empatavam com as concessões de notas maiores. O desempenho das próprias emissões de debêntures dos últimos meses já dão pistas da melhora de humor dos investidores. Das cinco ofertas públicas que ocorreram desde junho, apenas uma delas não conseguiu nem vender todo o volume ofertado e nem reduzir a remuneração inicialmente oferecida, que foi a distribuidora de energia No mercado externo, algumas companhias como a siderúrgica |


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