outubro 03, 2019

Giro pelo mercado

Mercados... Bolsas asiáticas encerraram mistas. O mercado chinês segue fechado em função das comemorações de 70 anos da República popular da China. Na Zona do Euro, índices de mercado iniciam o dia com viés mais negativo, e o índice pan-europeu, STOXX 600, registra leve queda até o momento. Em NY, índices futuros apresentam altas moderadas, assim como o dólar (DXY), que segue forte contra seus principais pares. 

Relação desgastada... Bolsas globais iniciam o dia sem direções claras, com mercados ainda muito sensíveis ao medo de recessão. Hoje de manhã, investidores avaliam a nova imposição de tarifas de importação pelos EUA sobre US$ 7,5 bilhões em produtos europeus. A decisão foi tomada após a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizar a taxação importações europeias em até 100%, citando como principal motivo o subsídio que governo europeu dá à Airbus.
Este novo movimento configura a medida mais brusca tomada pelos EUA contra a Europa nesta frente desde a imposição de tarifas sobre aço e alumínio no ano passado, e tem o potencial de prejudicar ainda mais uma relação já desgastada entre aliados.

Números seguem decepcionando... O Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba a indústria e o setor de serviços, atingiu o menor nível desde 2013 em setembro, indicando que a economia do bloco está praticamente estagnada. Na Alemanha, maior economia europeia, o mesmo índice passou a sinalizar contração da atividade econômica no mês passado, reforçando a recente intensificação da preocupação em torno da desaceleração global. O principal destaque negativo das leituras é uma queda significativa não só na indústria, como já vem sendo verificado a um tempo, mas também no setor de serviços, que começa a ser contaminado e passa a gerar desconforto adicional uma vez que representa grande parte da economia mundial.

Na agenda... Após mais uma série de indicadores fracos na zona do euro, as atenções do mercado se voltarão para os EUA, onde saem o ISM de serviços (11h) e a leitura final de setembro do PMI/Markit composto (10h45).

■ Brasil

Senado finaliza aprovação do 1º turno da Previdência... A penúltima etapa da aprovação da PEC 06 foi concluída. Ontem, nenhuma das alterações que garantiam a economia do governo foram rejeitadas. Na terça-feira, o destaque que incluía alterações ao abono salarial, que visava reduzir o teto para quem recebe o benefício de R$ 2.000 para R$ 1.360, não recebeu os votos necessários para ser aprovado.
A manutenção do salário limite representa um gasto adicional para a União, nos próximos 10 anos, de R$ 76,4 bilhões. O 2º turno no Senado ainda não tem data marcada, mas o presidente da casa, David Alcolumbre (DEM-AP), revelou que ele deve ocorrer na segunda metade de outubro.

Paulo Guedes reagiu... A derrota na terça-feira não agradou o ministro da Economia. Guedes cancelou uma série de reuniões marcadas com senadores para demonstrar a sua insatisfação e influenciar o voto dos parlamentares. Além disso, o ministro ameaçou fazer ajustes ao projeto do pacto federativo, que altera a divisão de recursos entre a União, os estados e os municípios. Guedes instruiu a sua equipe a compensar cada bilhão perdido na Previdência ao custo dos estados. As ordens do ministro foram divulgadas por integrantes do ministério e resultaram na retirada de destaques que ameaçavam a economia do governo.

Matar busca solução para acelerar privatizações... O secretario de desestatização, Salim Matar, busca fazer alterações ao Programa Nacional de Desestatizações (PND) para agilizar as privatizações propostas pelo governo. Segundo o secretário, com os entraves atuais, o governo só conseguirá privatizar a Eletrobrás em novembro de 2020. Salim revelou que o governo pretende fazer alterações ao PND que criem atalhos e reduzam as barreiras burocráticas que impedem que a venda das estatais ocorra com mais celeridade.
O secretario continua defendendo uma agenda ambiciosa de desestatização. Quase todas as estatais estão não mira do programa, as únicas exceções de maior relevância são o Banco do Brasil, a Caixa e a Petrobras, que ainda deve se desfazer de algumas das suas subsidiarias.

Na agenda... O dia tem agenda doméstica vazia, sem a divulgação de indicadores econômicos relevantes.
Fonte: Guide Investimentos

■ Commodities 

Petróleo: Os Futuros do Petróleo subiram durante a sessão asiática. Na bolsa mercantil de Nova York, os contratos futuros do petróleo, com vencimento em Outubro, foram negociados na entrega a US$ 52,81 por barril no momento da escrita, avançando 0,32%.
 
Ouro: Os contratos futuros do Ouro caíram durante a sessão asiática. Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, os contratos de referência do Ouro, com vencimento em dezembro, encerraram a jornada a US$ 1.504,65 por onça troy, recuando 0,22%.