A maioria das bolsas de valores da Ásia fechou em alta na quarta-feira, com investidores aguardando comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para possíveis pistas sobre o próximo movimento do banco central sobre as taxas de juros. O índice da MSCI da região Ásia-Pacífico, ex Japão, subiu 0,4%.
Na China continental, o dia foi de baixa. O principal índice de Xangai caiu 0,44%, enquanto o recuou 0,46%. O índice em Hong Kong subiu 0,31%.
O índice de preços ao consumidor na China em junho subiu 2,7%, em linha com as expectativas. Os preços dos alimentos em junho cresceram 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, acima dos 7,7% do mês anterior.
O da Coreia do Sul avançou 0,33%, com as ações da fabricante de chips SK Hynix subindo 4,44%.
No Japão, no entanto, o índice caiu 0,15%, enquanto o Topix caiu 0,23%.
■ Europa
Os mercados europeus recuam. A UE cortou sua previsão de crescimento e todos os olhos se voltaram para o depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na quarta-feira.
O pan-europeu cai 0,3% no meio da sessão da manhã. Ações do setor de alimentos e bebidas recua, enquanto os bancos apresentam os melhores desempenhos.
O da Alemanha cai 0,53%, o segundo dia consecutivo de perdas.
As entregas da Airbus superaram a rival norte-americana Boeing pela primeira vez em oito anos, tornando a empresa número um no mundo depois que a Boeing reportou uma queda de 37% nas entregas no primeiro semestre de 2018.
A União Europeia reduziu sua previsão de crescimento econômico em 2020, alertando que aumentos adicionais de tarifas dos EUA e da China podem enfraquecer a confiança dos investidores e os mercados financeiros globais.
A produção industrial francesa subiu 2,1% em maio, seu maior salto mensal desde novembro de 2016, em um impulso raro para a Zona do Euro.
A economia do Reino Unido voltou a crescer em maio graças a uma melhora na produção de automóveis após as paralisações de fábricas em abril. Os números sugerem que, embora a economia tenha desacelerado acentuadamente no segundo trimestre, provavelmente evitou uma contração maior. O governo informou que a economia cresceu 0,3% em maio, depois de encolher em abril.
■ Estados Unidos
Os futuros do índice de ações dos EUA recuam na quarta-feira de manhã, a quarta sessão consecutiva de baixa.
O foco do mercado está em grande parte sintonizado com o testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Nos próximos dois dias, Powell deve falar sobre a desaceleração da atividade econômica e o aumento dos riscos, mostrando que o Fed está pronto para reduzir as taxas de juros conforme necessário. A visão predominante, precificada no mercado futuro, é de 100% de chance de corte de taxa de um quarto de ponto em 31 de julho.
Durante a noite, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que o banco central dos Estados Unidos estava debatendo os riscos e benefícios de deixar a maior economia do mundo “um pouco mais quente”. Separadamente, a presidente do Fed, Esther George, disse que é improvável que a inflação dos EUA aumente em breve, embora manter as taxas de juros muito baixas por muito tempo cria ambiente para a estabilidade financeira.
Na agenda dos dados econômicos, às 11h00 será divulgado os estoques de petróleo dos EUA.
■ Panorama local
O IBGE divulga nesta quarta o indicador oficial de inflação, o IPCA de junho. O dado é importante com o mercado cada vez mais apostando em uma redução dos juros pelo Banco Central. O BC deixou a porta aberta para cortar a Selic mais para o fim do ano na ata da última reunião do Copom.
A Câmara dos Deputados encerrou a fase de discussão da reforma da Previdência (PEC 6/19) na madrugada desta quarta-feira (10). Um requerimento neste sentido, apresentado pela maioria, foi aprovado pelo plenário da Casa por 353 votos a 118. Com a conclusão dessa etapa, a votação do texto-base da proposta, em primeiro turno, começa nesta quarta de manhã, em sessão marcada para as 10h30.
Com um quórum de 505 deputados no início dos trabalhos em plenário, a discussão da PEC começou com clima tenso . A primeira tentativa da oposição para impedir que se desse prosseguimento ao debate da proposta foi malsucedida. Por 331 votos a 117, os deputados rejeitaram requerimento do PDT para retirar de pauta a análise da PEC.
Parlamentares governistas comemoraram o resultado afirmando que o placar funciona como um termômetro informal da disposição dos deputados em aprovar a reforma da Previdência. A PEC necessita de 308 votos, equivalentes a três quintos dos 513 deputados, para ser aprovada em dois turnos de votação. No domingo (7), o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse acreditar ter 330 votos para a aprovação da reforma a Câmara dos Deputados.
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