Giro pelo mercado nesta terça feira
Mercados Globais
No exterior, os mercados apresentam uma dinâmica menos favorável, reflexo da divulgação de mais uma leva de dados fracos para a economia Europeia e da persistência de incertezas na frente dos conflitos geopolíticos.
Os mercados asiáticostêm sessão de recuperação, com as bolsas de Tóquio (0,4%), Hong Kong (0,1%) e Shanghai (0,4%) se valorizando no fechamento. Na contramão, bolsas europeias operam com viés negativo. O índice europeu STOXX 600 recua 1,0% até o momento. Em NY, futuros seguem a mesma tendência verificada na Europa, e o dólar (DXY) opera próximo à estabilidade. Em relação às commodities, ativos se movimentam majoritariamente em terreno positivo.
O recém-apontado primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, intensificou o receio em torno da possibilidade de um Brexit sem acordo, levando a libra esterlina a registrar a maior sequência de perdas desde 2016. De acordo com Johnson, o Reino Unido pressionará a Comissão Europeia a negociar melhores termos para saída, mas ao mesmo tempo em que se prepara para uma eventual saída sem acordo no dia 31 de outubro.
Nos últimos 4 dias, o mercado tem ajustado suas expectativas nesta frente, e a divisa inglesa já acumula queda de 3%, se aproximando do patamar de US$1,20. Ainda nesta semana, o BoE decide sobre a taxa de juros, e caso passe um tom mais dovish – o mercado já precifica um corte de 25 bps até o fim do ano com probabilidade de 60% – também tem o potencial de gerar pressões adicionais sobre a moeda nacional.
Uma semana após Mario Draghi expor sua preocupação em torno da atividade europeia, mais uma leva de indicadores econômicos fracos voltaram a reforçar a fraqueza da economia do bloco.
Na França, o PIB do 2T19 registro um avanço em ritmo abaixo do esperado pelo mercado, de 0,2% QoQ, reflexo de uma piora no consumo, que ocorreu apesar dos cortes de impostos realizados pelo governo Macron. Em seguida, a última leitura do indicador da Comissão Europeia que mede o clima para negócios também decepcionou expectativas, ingressando em patamares negativos pela primeira vez desde 2013.
Em um 3ªF repleta de indicadores econômicos relevantes, os destaques serão o PCE – medida de inflação preferida pelo Fed – de junho nos EUA (9h30), a leitura preliminar do CPI na Alemanha (9h) e os PMIs na China (à partir das 22h).
■ Panorama local
Por aqui, o mercado espera a volta da atividade no Congresso, ainda de olho nos resultados corporativos.
Segundo os economistas José Roberto Afonso e Kleber de Castro, a carga tributária brasileira atingiu um novo recorde em relação a sua proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Os tributos pagos no brasil agora representam 35,07% do PIB, totalizando R$ 2,39 trilhões de reais ou R$ 11.494 por cada brasileiro.
O número surpreendeu os economistas, que esperavam uma taxa de crescimento menor, devido os baixos níveis de ganho econômico que afligem a economia do país a vários anos. Apesar do aumento na arrecadação do estado brasileiro, o governo federal continua com problemas para arcar com seus deveres financeiros, fazendo cortes sucessivos ao orçamento para não gastar mais do que recebe.
Após a votação da reforma da Previdência, a Câmara dos Deputados redirecionará o seu foco para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), uma espécie de prévia do orçamento do governo federal. O projeto, enviado ao Congresso pelo Executivo, visa aumentar o salário mínimo de R$ 998 para R$ 1.040 em 2020, com base na inflação projetada pelo IPCA.
Outro item da LDO que deve ser amplamente discutido é o orçamento do fundo eleitoral, que financia as campanhas eleitorais dos candidatos que buscam ingressar na vida pública. Em 2018, o montante destinado às campanhas era de 1,7 bilhões. A LDO pretende aumentar esse valor em mais de R$ 1 bilhão de reais, destinando R$ 2.8 bilhões às campanhas eleitorais.
O destaque da agenda doméstica é a divulgação do IGP-M de julho, que deve desacelerar para 0,52% contra os 0,80% do mês anterior (Broadcast). No cenário corporativo Embraer divulga resultados antes da abertura do pregão. Após o fechamento, tem CSN, Lojas Renner, Smiles e TIM.
Fonte: Guide Investimentos
■ Commodities
Minério de ferro: Nesta terça-feira na bolsa de mercadorias de Dalian, na China, o dia foi marcado por valorização nos contratos futuros do minério de ferro. O ativo somou 2,32% para um total de 906,00 iuanes por tonelada.
Petróleo: Os Futuros do Petróleo subiram durante a sessão asiática. Na bolsa mercantil de Nova York, os contratos futuros do petróleo, com vencimento em Setembro, foram negociados na entrega a US$ 57,21 por barril no momento da escrita, avançando 0,60%.
Ouro: Os contratos futuros do Ouro caíram durante a sessão asiática. Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, os contratos de referência do Ouro, com vencimento em Agosto, encerraram a jornada a US$ 1.424,55 por onça troy, recuando 0,29%.


<< Página inicial