Giro pelo mercado nesta segunda feira : Trégua por 90 dias na guerra comercial
Dezembro começou agitado logo no início do mês, com a trégua por 90 dias na guerra comercial entre Estados Unidos e China alimentando esperanças para um rali de fim de ano no mercado financeiro global, que já vinha ganhando força após o tom suave (“dovish”) vindo do Federal Reserve sobre o processo de alta da taxa de juros norte-americana. Mas esse apetite por risco será interrompido na quarta-feira, quando as bolsas de Nova York permanecem fechadas, em respeito à morte do “Bush pai”. Hoje haverá um minuto de silêncio, antes do sino tocar em Wall Street. Tradicionalmente, os mercados norte-americanos fecham após a morte de um presidente dos EUA - a última vez foi em janeiro de 2007.
Além disso, os investidores ainda avaliam os resultados efetivos da suspensão de novas tarifas de importação, enquanto as duas maiores economias do mundo negociam um acordo mais duradouro. Após um longo jantar em Buenos Aires, ao final do encontro de cúpula do G20, os líderes Donald Trump e Xi Jinping reuniram-se para discutir o assunto.
Ao final, os dois concordaram em interromper novas taxações e intensificar as negociações comerciais. A reunião foi vista pela Casa Branca como “bem-sucedida”. Como resultado, Washington irá deixar em 10% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, ao invés de elevar essa taxa para 25% no início de janeiro de 2019, como planejado.
Em contrapartida, Pequim se compromete em negociar as maiores reclamações de Trump sobre as práticas comerciais chinesas: roubo de propriedade intelectual, barreiras não tarifárias e transferência forçada de tecnologia. Porém, se depois de 90 dias não houver progresso na “estrutura” comercial entre os dois países, os EUA voltam ao tarifaço.
A trégua temporária, portanto, pouco fez para avançar nas barreiras que dividem EUA e China na questão comercial. Tanto Trump quanto Xi colocaram suas próprias reputações na linha de frente, ao se encontrarem pessoalmente. Por isso, não foi uma surpresa haver algum tipo de acordo superficial e positivo. Houve, ao menos, um cessar-fogo.
Por Olívia Bulla
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