Normas CVM
Nas ofertas públicas iniciais só é permitida divulgação da oferta por materiais publicitários pré-aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários.
E, visando evitar possíveis conflitos de interesse, as corretoras não podem emitir opiniões acerca da oferta, ou seja, não podem recomendar aos seus clientes a participação ou não em um IPO.
Para você ter uma ideia como essa regra é levada a sério, no IPO da VisaNet, em 2009, nada menos que 19 corretoras foram excluídas da oferta, por uma suposta veiculação de material publicitário não submetido previamente à aprovação da CVM.
A não participação de uma oferta como essa gera enorme prejuízo para a corretora, pois, além de deixar de ganhar um altíssimo valor em comissões pela distribuição das ações, que tem um volume negociado gigantesco, a instituição acaba “se queimando” com seus clientes que desejariam participar da oferta e acabaram perdendo a reserva ou abrindo conta na concorrente.
Como saber o que fazer?
É extremamente difícil analisar, por conta própria, se um IPO vale a pena. Ou seja, se a faixa de preço estabelecida pelo coordenador da oferta é atrativa para compra.
É necessário realizar uma avaliação completa da empresa para saber se o preço que irá pagar na ação é justo.
Com certeza você já ouviu diversos casos nos quais os papéis subiram muito no primeiro dia, como o da Bovespa e da BM&F, citados no começo do meu texto. Mas há risco de perdas, também; e você deve estar ciente disso.
A volta dos IPOs
Com a crise econômica e política que se instaurou no Brasil, os IPOs andaram meio sumidos ultimamente. Tivemos apenas dois nos últimos dois anos.
As empresas que tinham interesse em abrir capital optaram por adiar o processo, alegando momento ruim do mercado e espera por um cenário melhor.
Mas, então, por que eu trouxe esse assunto hoje?
Pois a expectativa é a de que mais empresas queiram abrir capital no segundo semestre, caso a saída de Dilma seja consumada.
O próprio governo pretende utilizar-se desse meio para aliviar o próprio caixa.
Empresas como a resseguradora IRB, Caixa Seguros, BR Distribuidora, Infraero Aeroportos e Infraero Participações já estão na fila, só aguardando o momento certo.
Outras, como a produtora de celulose Eldorado, do Grupo J&F, e o Programa de Milhas Tudo Azul, da companhia aérea Azul, aguardam o momento oportuno de emitir suas ações. Essas e muitas outras estão à espera de sinais ainda mais evidentes de uma retomada econômica.
Vai a dica este é o momento de investir com responsabilidade e segurança .
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