maio 29, 2015

Guerra de PIBs

Atenção: Guerra de PIBs pode afetar mercados hoje

A publicação dos PIBs do Brasil e dos EUA no primeiro trimestre de 2015 na manhã desta sexta-feira deixa boa parte dos analistas financeiros em alerta. A expectativa da maioria dos economistas é forte queda na atividade econômica brasileira e norte-americana no período. Qualquer verificação diferente das expectativas, para mais ou menos, pode agitar o mercado afirmam os analistas.

Agenda do investidor para esta sexta-feira

PIB: O IBGE divulga o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2015. Nota de Política Fiscal: dados sobre o montante e composição da dívida pública federal. GDP (P): preliminar do Produto Interno Bruto dos EUA primeiro trimestre de 2015. Consumer Sentiment: índice que revela a confiança e expectativa do consumidor norte-americano em relação à economia em geral, apresentado pela Universidade de Michigan/Reuters.

maio 28, 2015

Ladrões de Riqueza

A incrível habilidade dos bancos em tomar o seu dinheiro

Por Mark Ford

Há muito anos, a gerente de um dos bancos no qual eu tinha conta persuadiu-me a adquirir uma linha de crédito de meio milhão de dólares. “Só para o caso de você precisar de dinheiro para fluxo de caixa”, ela disse. Eu perguntei qual seria o custo. Não me lembro exatamente, mas era um valor razoável - taxa LIBOR mais 3%, talvez. 

[LIBOR é a sigla para London Interbank Offered Rate, que é um benchmark (índice de referência) que alguns dos principais bancos globais, principalmente europeus, cobram uns dos outros por empréstimos de curto prazo. É uma taxa muito utilizada como referência em transações internacionais.]

Parecia óbvio. Se eu precisasse do dinheiro, ele estaria lá. Se não precisasse, não haveria prejuízo. 

Mas eu estava errado. Três meses depois, vi algo em meu extrato – algo que eu deveria ter notado antes: uma taxa que chegava a quase U$ 1.500 por mês. Quando questionei aquela quantia, descobri que dizia respeito à linha de crédito que eu nunca havia usado. Fiquei em choque.

Telefonei para minha representante o banco, aquilo só poderia ser um equívoco. Não era, ela me disse. Na verdade, era “política padrão”.

“Você está me dizendo que estou pagando por uma transação comercial que não me traz nenhum benefício?”

“Estava no contrato que você assinou”, ela disse.

“Mas você não falou nada sobre isso quando me vendeu a linha de crédito!”

“Está no contrato”, ela respondeu.

Ela estava certa, é claro. Estava lá, nas letras pequenas. Qualquer um com um pouco de conhecimento em juridiquês teria percebido.

Eu me defendi. Deixei claro que era um cliente importante, disse que me sentia enganado. Antes charmosa e quase alegre, a gerente agora tinha uma atitude dura.

Eu estava bravo, mas também envergonhado, porque fiz um acordo com meu banco pensando que ele colocaria meus interesses antes dos seus. 

Eu consigo entender o egoísmo mesquinho. O que eu não consigo entender é por que,  após todos os meus protestos, o banco não corrigiu o problema. Eu era um cliente com um saldo médio de vários milhões de dólares em contas que me davam baixíssimos retornos. Eles estavam usando todo aquele dinheiro para ganhar ainda mais dinheiro, mas isso não foi suficiente. Eles queriam mais e mais. 

Eles pagaram por me tratar daquela maneira. Assim que pude, transferi minhas contas para outro banco que presta um serviço de mais qualidade. Embora eu me certifique disso sendo cético, fazendo muitas perguntas e lendo a droga das letrinhas pequenas. 

Isso tudo aconteceu em um grande banco nacional. Se eles enganaram a mim, um cliente muito lucrativo, o que faziam com clientes comuns? 


China despenca após mudança em corretoras


O principal índice da bolsa de valores da China SSE Index (SSI:000001) registrou queda de 6,5% no pregão desta madrugada após as corretoras de valores no país elevarem as exigências de capital para compras de ações em margem. As regras mais rígidas contribuíram para a forte queda afirmam alguns analistas.
Agenda do investidor para esta quinta-feira
IGP-M (FGV): índice de inflação calculado todo o mês e comumente utilizado para a correção de contratos de aluguel e tarifas de energia elétrica. Sondagem do Comércio: informações mensais usadas no monitoramento e antecipação de tendências econômicas. Índice de Preços ao Produtor: mede a evolução dos preços de produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria brasileira de transformação. Jobless Claims: solicitações de benefício a desempregados nos EUA. Pending Home Sales Index: vendas pendentes de imóveis nos EUA. EIA Petroleum Status Report: saldo semanal do estoque de barris de petróleo nos EUA.


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 COMUNICADO AO MERCADO

PETRORIO: ATUALIZAÇÃO SOBRE A AQUISIÇÃO DOS CAMPOS DE PETRÓLEO DE BIJUPIRÁ E SALEMA E DO FPSO FLUMINENS

Rio de Janeiro, 27 de maio de 2015 - PetroRio1 (ou "Companhia") (BM&FBOVESPA: HRTP3, TSX-V: HRP), anuncia os resultados do relatório geológico elaborado por avaliador de reservas qualificado e independente contratado pela PetroRio com relação aos Campos de Bijupirá e Salema. Conforme previamente divulgado pela PetroRio (em Fato Relevante de 13 de fevereiro de 2015), a Companhia propôs a aquisição de 80% de participação sobre os direitos e obrigações dos contratos de concessão dos Campos de Bijupirá e Salema - sendo a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras a detentora dos 20% remanescentes. A transação também envolve a aquisição, dentre outros ativos, do FPSO Fluminense, utilizado na produção de ambos os campos, com capacidade de armazenamento para 1,3 milhão de barris de óleo.

As reservas provadas desenvolvidas em produção e as reservas totais (provadas mais prováveis) atribuíveis à participação a ser adquirida pela Companhia nos Campos de Bijupirá e Salema foram avaliadas em 1 de janeiro de 2015 pela Rose & Associates, LLP, um avaliador de reservas qualificado e independente contratado pela PetroRio, de acordo com os Padrões de Divulgação para Atividades de Petróleo e Gás da National Instrument 51-101 emitida pelo Canadian Securities Administrators' (Administrador de Títulos e Valores Mobiliários Canadenses) ("Relatório Rose"). De acordo com o Relatório Rose, o total de reservas provadas desenvolvidas em produção mais prováveis é de 24,5 milhões de BOE, dos quais 71% (17,4 milhões de BOE) são reservas provadas desenvolvidas em produção. Tal como resumido abaixo, o valor presente líquido antes de impostos (descontado a 10%) do resultado líquido futuro atribuível às reservas totais (provadas mais prováveis) é de aproximadamente US$ 570,6 milhões.

Para acessar o Comunicado ao Mercado na íntegra, clique aqui.

Para informações adicionais, entre em contato com a Área de Relações com Investidores da PetroRio. 

Denominação social da Companhia aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 15 de maio de 2015, sujeita a registro e aprovação nos órgãos competentes. As ações e GDSs da Companhia continuarão a ser negociadas pelos códigos ("tickers") HRTP3, na BM&FBOVESPA, e HRP, na TSX-V, até que a nova denominação social seja aprovada e os pedidos de alteração de tickers sejam autorizados pela BM&FBOVESPA e pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários. A Companhia manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre o andamento deste processo.

Sobre a PetroRio
A PetroRio é uma das maiores empresas independentes de Exploração & Produção de óleo e gás natural do Brasil. Através de suas subsidiárias, detém 60% de participação e é também operadora do Campo de Polvo, localizado na porção sul da Bacia de Campos, a 100 km a leste da cidade de Cabo Frio, Rio de Janeiro. O Campo de Polvo possui a 7ª maior produção diária de barris de óleo equivalentes do país, com 20.3º API, por meio de três reservatórios produtores. A PetroRio é proprietária, através de suas subsidiárias, da plataforma fixa "Polvo A" e de uma sonda de perfuração de 3.000 HP que operam no campo, estando a plataforma interligada ao navio "FPSO Polvo" que tem capacidade para separação de hidrocarbonetos e tratamento de água, estocagem e transferência de óleo. A licença do Campo de Polvo cobre uma área de aproximadamente 134 km2 com vários prospectos para futuras explorações. Adicionalmente, a PetroRio possui 55% de participação e é operadora em 17 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões, sendo também operadora em dez blocos exploratórios na costa da Namíbia nas sub-Bacias de Orange e de Walvis. A PetroRio está comprometida em minimizar os possíveis impactos ambientais nos locais onde atua. O compromisso com as comunidades locais passa pela redução dos impactos das operações nas condições de saúde, segurança e qualidade de vida. Para mais informações acesse o site: www.petroriosa.com.br.

PetroRio Relações com Investidores

Praia de Botafogo, 370 | 1º pavimento | Botafogo | Rio de Janeiro | CEP 22250-040
website: www.petroriosa.com.br/ri


Contatos RI

Tel. +55 21 3721-3810
ri@petroriosa.com.br

Voce recebeu este e-mail porque esta registrado para receber informacoes de relacoes com investidores da HRT Paticipacoes

maio 27, 2015

Bolha que bolha....

Enquanto EUA e Europa caem nas preocupações renovadas com a Grécia, os mercados asiáticos são pura euforia...

A Bolsa de Shanghai registrou alta de mais 2,2%, enquanto o japonês Nikkei teve sua oitava valorização seguida, renovando o recorde em 15 anos.

Tão peculiar quanto a farra dos ativos de risco é a ostentação dos asiáticos...

À Bloomberg, diretor da McLaren comemora as melhores vendas da montadora na história na China nos últimos dois meses: “pessoas compram supercarros quando se sentem confiantes”.

Quão confiante você está com a China?


 Bolha, que bolha?

Economia voando na Ásia?

A relação entre preços dos ativos e fundamentos é no mínimo curiosa...

A Bolsa de Shenzhen roda com relação preço/lucro média de 71x (!). Grosso modo, o cara precisaria esperar 71 anos para ter retorno no seu investimento.

Por sua vez, as ações de tecnologia da Bolsa de Shanghai operam acima de 220x lucros (contra 156x no auge da bolha pontocom americana).

Bom, se você é daqueles que acreditam que uma árvore não cresce até o céu, ainda mais à base de esteróides, pelo menos tem um bom motivo para se tranquilizar...

Se a bolha dos ativos de risco ou de crédito na China estourar, teremos mais estímulos, as Bolsas sobem mais, e as ruas são inundadas de McLaren’s.

Seria lindo, se não fosse trágico.

 

 

O bode expiatório, versão tupiniquim

 

Ontem os mercados fritaram porque o ministro Levy não foi à apresentação do contingenciamento de gastos. Deu margem para todo tipo de especulação - de novo!

 

Levy defendia corte de gastos da ordem entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões, e o governo caprichosamente anunciou, sem ele, R$ 69,9 bilhões.

 

Levy foi a público tossir, culpou a gripe pela ausência, e afirmou que está tudo em paz.

 

Hoje, no entanto, surgem novas evidências da discórdia...

 

Lula (?!) defende o nome de Nelson Barbosa (ministro do Planejamento) em substituição a Levy. Parte relevante da base governista tem votado contra e criticado as medidas do ajuste fiscal. 

 

O estranho no ninho caiu de paraquedas para tentar, sozinho, salvar a pátria.

 

Mas não tem apoio de sua própria base aliada. Pior, vai ser queimado por ela. Como se fosse a causa (não a solução) de todos os problemas.

 

Para pensar...

 

  • Levy dura até o final do mandato Dilma?
  • Levy dura até o final deste ano?

- A quantos pontos o Ibovespa iria em caso de saída do ministro?

 

 

Lupa em recuperação judicial

 

Ajustando tira do M5M de ontem...

 

Segundo estudo da OCDE, o Brasil é o terceiro país do mundo que mais exige fornecedores com conteúdo local.

Não vou entrar no risco téorico desse tipo de exigência, pois a prática fala por si com os caríssimos e atrasadíssimos projetos do Pré Sal.
 

Em vez de prosperar, nosso conteúdo local declarou falência.”

Menos de 24 horas depois, o conteúdo local, na verdade, declarou recuperação judicial... 

 

Lupatech foi uma história paralela à euforia do pré-sal. Fornecedora tipo “A” da Petrobras, a empresa viu na descoberta das reservas gigantes pela estatal a oportunidade de uma vida. 

 

Investiu pesadamente (cerca de R$ 1 bilhão) em expansão. Precisava estar preparada para o iminente crescimento da demanda da estatal por componentes e serviços de conteúdo local. Ficou preparada.

 

Mas os projetos da estatal atrasaram, alguns nem saíram do papel e o sonho de demanda da Lupatech tornou-se pesadelo de capacidade ociosa.

juste fiscal: Futuro abre acima de 54 mil pontos


O futuro do índice Ibovespa (BMF:INDM15) abre acima dos 54 mil pontos nesta manhã, após a vitória apertada do governo em medidas do ajuste fiscal. O governo trava uma nova batalha hoje no Congresso com a votação de alterações nos benefícios da Previdência Social.
Agenda do investidor para esta quarta-feira
Sondagem da Indústria (FGV): indicações sobre o estado geral da economia nacional e suas tendências. Nota de Política Monetária (BACEN): dados sobre a evolução dos agregados monetários (papel moeda, depósitos, câmbio entre outros) e operações de crédito do sistema financeiro. Fluxo Cambial (Banco Central): saldo semanal das entradas e saídas de capital estrangeiro no Brasil.

maio 22, 2015

Vale a pena fazer IPO

 

Bill: você viu, War? A Bolsa japonesa bateu recorde de 15 anos! 

 

Warren: o Japão deve estar voando...

 

B:  Kkkk. Lancei meus Xbox One por lá e vendi 25 mil unidades no país inteiro no primeiro mês...

 

W: Nossa, só no meu Wal Mart de Omaha devo ter vendido mais do que isso...

 

 

B: Vai lá, War. Pega o seu NetJet e vai comprar umas barganhas na Ásia. Tá cheio de value investing por lá...

 
 

 

W+B: Hahahuhauhahaha!

 

 

Você sabia?

 

Que dos seis bancos com maior valor de mercado do mundo, quatro são chineses?

 

Que, apesar disso, na China há cerca de US$ 1,3 trilhão em empréstimos a partir de fontes informais, fora do sistema financeiro regulado? 

 

E que, segundo o JP Morgan, o crédito informal foi representativo a 69% do PIB chinês em 2012?

 

Bom, Jim Chanos, um dos maiores shorters do mundo, já fala na China sendo a próxima Grécia, com 400% de dívida total sobre PIB. Seria o Chinext? Ou Chinexit? Aguardemos o próximo acrônimo.

 

Quanto vale uma tesoura?

 

Abrindo bem a lista dos maiores bancos por valor de mercado do mundo, chegamos, antes do top 50 (não menos do que isso), aos brasileiros Itaú Unibanco e Bradesco. 

 

Somando o valor de mercado da dupla brasileira, temos o equivalente a US$ 109 bilhões nos preços correntes. 

 

É mais do que a AmBev (US$ 96 bi), muito mais do que a Petrobras (US$ 59 bi) ou qualquer outra companhia tupiniquim. 

 

Mas poderia ser muito mais, fosse uma semana atrás. O aumento da CSLL dos bancos de 15% para 20% e a ameaça de taxação dos juros sobre capital próprio impõe destruição de quase 10% no valor de mercado da dupla em apenas uma semana. 

 

Uma canetada (tesourada) do Levy não vale coisa pouca.

 
 

 Que rufem os tambores!

 

Falando em bancos... segundo pessoas envolvidas na operação, a Caixa pretende captar R$ 10 bilhões com a venda de 30% de seu braço de Seguridade, num IPO que deve ser agendado para outubro. 

 

Até lá, vamos esquentando os tamborins e sentindo o clima com ofertas menores e correlatas - como, por exemplo, a da PAR Corretora.

 

A PAR é a corretora da Caixa Seguradora, com um canal de distribuição de 3.400 agências, além das lotéricas e dos correspondentes bancários. Trata-se de um negócio que combina escala e margens altas, e tem mostrado forte crescimento (CAGR de +26,3% de 2011 a 2014).

  

 

Enquanto isso, aos poucos os bancos estatais vão se desmembrando (privatizando). 

 

O governo precisa de dinheiro. 

O mercado de novas opções na prateleira. 

E os bancos estatais de uma estrutura competitiva mais eficiente e transparente. 

 

E todos viverão felizes para sempre?

 

Quase todos.

 

 Jurisprudência?

 

Coluna do Geraldo Samor na Veja.com chama atenção para uma questão importante: a “barriga de aluguel” da Gerdau. 

 

Metalúrgica Gerdau (GOAU) controla a Gerdau S.A. (GGBR). Ambas têm ações listadas. Mas para não ferir os requisitos de mínimo de free float (ações em circulação) na Bolsa, parte das ações que a GOAU tem de GGBR foram, digamos, “emprestadas” para o banco BTG Pactual, por meio do famoso swap, que funciona como uma recompra disfarçada normalmente.

 

O BTG Pactual carrega essas ações em seu balanço e, em troca, recebe uma remuneração igual ao CDI + 1% ao ano por um período de três anos. Mas a GOAU continua exposta à variação de preço nas GGBR.

 

Ou seja, é um acordo para inglês (ou BM&F Bovespa/CVM) ver. Parece um tanto claro que as ações são, filosoficamente, da Metalúrgica Gerdau, embora fiquem no balanço do banco. 

 

Diante disso, fundos de investimento minoritários na siderúrgica enviaram uma reclamação à empresa, copiando a CVM, que ainda não se manifestou...

 

Se a CVM decidir em favor dos minoritários, Metalúrgica Gerdau poderia ser obrigada a lançar uma oferta para comprar todas as GGBR em circulação, oferta que chegaria perto de R$ 1 bilhão. 

 

Interessante que outra companhia listada, a JHSF (JHSF3), possui um free float de 25%, justamente o mínimo necessário. E parte disso (até R$ 50 milhões), está amarrado a acordo de swap nos mesmos moldes, com o Itaú. 

 

A questão é importante para Gerdau, mas cria jurisprudência para vários outros casos.

 

Bancos: Péssima notícia


O governo aumentou o imposto sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor bancário de 15% para 20%. A medida foi oficializada nesta manhã pelo Diário Oficial da União e faria parte de um pacote mais amplo de ajuste fiscal que poderá ser anunciado ainda hoje segundo fontes dentro do governo.
Agenda do investidor para esta sexta-feira
IPCA-15 (IBGE): identifica as variações nos gastos das famílias que ganham de um a quarenta salários mínimos nas principais regiões metropolitanas brasileiras. Consumer Price Index: índice de preços ao consumidor norte-americano.

maio 21, 2015

O homem está impossível




O índice IBC-Br marcou retração de 1,07% em março. A expectativa, que já não era boa, apontava queda bem menos expressiva, na casa de 0,5%.

 

Observe: as expectativas de consenso têm sido recorrentemente frustradas. O que isso quer dizer?

 

Que o mercado, meses atrás taxado de “terrorista” e “pessimista”, na verdade, tem se provado um grande otimista.

 

E que as projeções atuais, de encolhimento de 1,2% do PIB este ano, precisam ser revisadas para baixo. 

 

Mesmo sem apagão (vimos ontem que a queda do consumo com a desaceleração econômica está resolvendo esse problema), mantemos projeções de queda próxima de 2%.

 

A projeção do governo, recentemente revisada, é de queda de 0,9% da economia neste ano. Se bem que o IBC-Br não deve afetar essa...

 

Para o governo, o indicador só tem sido parâmetro para o PIB quando sobe.

 


que não possa piorar

 

A deterioração econômica não está só. 

 

O mercado tem errado consistentemente em outra conta: do ajuste fiscal. 

 

A questão com Levy não é pessoal e tampouco profissional. A questão não é (nunca foi) com Levy...

 

Seduzido pela retórica, as levyzetes colocaram tudo nos preços... 

 

Agora, preocupado com as derrotas do Governo no Congresso, com votações adiadas para desoneração da folha e recrudescimento das regras para acesso a auxílio-desemprego, correm para tirar.  

 

 O homem está impossível 

 

Sem o ajuste à sua maneira, Levy procura outras...

 

Se não consegue fazer o ajuste via redução de despesas, vai na base de aumento da arrecadação. 

 

Depois da intenção de tributação sobre os dividendos e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), e do interesse manifesto de tributação sobre dividendos, a Fazenda defende duas propostas: (i) a extinção do benefício fiscal sobre juros sobre capital próprio (JCP), e (ii) a elevação da CSLL dos bancos de 15% para 17%, ou até mesmo 20%.

 

Ele ataca por todos os flancos... Não vai faltar incerteza e (des)estímulo para o investimento.

 

Daqui a pouco, vamos torcer para que esse downgrade do rating venha logo. 

 

Aí, quem sabe, o homem sossegue.

 

Desta vez é diferente?

 

As ações da Petrobras se recuperam dos tombos consecutivos, liderando as altas do Ibovespa no momento que escrevo.

 

Os investidores aparentemente ignoram o fato de que a CVM abriu investigação que pode culminar na necessidade de Petro ter de republicar seus balanços de primeiro trimestre, caso comprovada a suspeita de que lançou no primeiro tri contas posteriores a março (!!!).

 

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, a companhia incluirá em seu Plano de Negócios, que será divulgado em junho, um compromisso de que a política de importações seguirá preços de mercado. 

 

Mas, segundo a própria matéria, não terá nenhuma fórmula ou metodologia de reajuste...

 

Déjà vu?

 

 
 

 

O que leva a crer que desta esta vez será diferente, e o governo vai abrir mão de do preço do combustível e (por conseguinte) de controlar o seu impacto sobre os índices de inflação?

 

 

Uma solução para Petrobras

 

O diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, afirmou na última segunda-feira que, sim, desta vez é diferente e a companhia tem plena “liberdade” para praticar preços de mercado.

 

Bom, se ela tem liberdade, só não entendo por que não está fazendo...

 

A companhia nunca precisou tanto de dinheiro, mas prefere, deliberadamente, operar com defasagem superior a 5% em sua política de importações, contando preço do óleo e câmbio atual?

 

Sugestão: se o governo quer cobrar da estatal R$ 20 bilhões de diferença do preço do barril da cessão onerosa para ajudar no ajuste fiscal, e agora a empresa está livre da ingerência política, por que a Petrobras não cobra do governo os mais de R$ 55 bilhões de prejuízo que acumula desde 2009 com sua política de importações de combustíveis pró-índices de inflação?

Boa notícia: Petrobras vai reajustar gasolina



Boa notícia: Petrobras vai reajustar gasolina
Uma boa notícia para os investidores da Petrobras (PETR4): a companhia pretende ajustar o preço da gasolina ao valor justo de mercado a partir do segundo trimestre deste ano. A informação é do jornal Folha de S.Paulo desta manhã. A nova administração da companhia vai assumir esse compromisso no novo plano de negócios que deve ser divulgado ainda em junho.
Agenda do investidor para esta quinta-feira
IBC-Br: Índice de Atividade Econômica do Banco Central, utilizado pelo mercado como uma prévia do PIB brasileiro. Pesquisa Mensal de Emprego (IBGE): conjunto de dados sobre a força de trabalho que permitem avaliar as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de trabalho. Jobless Claims: solicitações de benefício a desempregados nos EUA. Existing Home Sales: vendas de imóveis usados nos EUA. Leading Indicators: índice composto de diversos indicadores, que busca traçar o rumo da economia norte-americana para os próximos seis meses.

maio 20, 2015

A oferta de energia elétrica parece caminhar para uma situação mais confortável em 2016 e 2017

 

 

Mérito ou resiliência do sistema?

 

Das duas, nenhuma.

 

O Ministério de Minas e Energia prevê um choque de oferta para o mercado nos próximos anos. Isso, porque os leilões realizados a 3 ou 5 anos atrás previam um consumo muito distante do praticado atualmente.

 

Demérito da projeção, ou da economia?

 

O lado bom da coisa

 

A informação, divulgada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura Filho, é resultado de um cálculo simples: aumento do preço de energia + desaceleração econômica = redução do consumo de energia.

 

Olhando o copo meio cheio, a boa notícia é que o baixo consumo, junto à entrada em operação de novos projetos, deve resultar no desligamento de algumas térmicas (energia cara) até o fim deste ano. 

 

Melhor para o custo de operação do sistema, melhor para o preço de energia.

 

 

 Apreensão

 

A proposta desta newsletter sempre foi identificar os principais gatilhos que movem diariamente os mercados, e avaliar os seus potenciais desdobramentos. 

 

Já estou há três anos nessa aventura, e confesso que a tarefa vem ficando mais difícil a cada dia...

 

Ué, o M5M não encontra mais motivo para os principais movimentos do mercado?

 

Tanto encontra que o motivo, único, torna a coisa toda um bocado óbvia (e repetitiva).

 

Mercados ao redor do globo respondem quase que estritamente a um elemento: os estímulos de liquidez fornecidos pelos Bancos Centrais. Você já sabe disso: é questão amplamente explorada por aqui. 

 

Desde o estouro da crise de 2008 foram injetados US$ 12 trilhões de dinheiro fácil e barato na veia dos mercados. Dinheiro grande, que nos leva à questão chave: quando esse anabolizante irá acabar? Quando os juros começarão a subir nos EUA?

 

Por isso o movimento dos mercados hoje é todo escorado na divulgação da ata da última reunião do Banco Central americano, esta tarde. 

 

Qualquer indicação de quando (e como) a ração diária dos mercados acabará pode por fim à festa dos ativos de risco. 

 

Isso pode partir da ata do Fed hoje de tarde, ou, quem sabe, do pronunciamento da presidente do BC americano, Janet Yellen, agendado para a próxima sexta-feira.

E agora? Petrobras manipulou balanço afirma jornal


A Petrobras (PETR4) teria utilizado um artifício contábil criando uma diferença de R$ 1,3 bilhão no balanço do primeiro trimestre de 2015 afirma reportagem do jornal Folha de S.Paulo. O valor faz parte de uma reavaliação dos riscos de calote com empresas do setor de energia. A reavaliação dos riscos de calote deveria entrar apenas no balanço do segundo trimestre de 2015, mas foi antecipada, ferindo normas contábeis. O evento aparentemente passou despercebido pelos auditores independentes já que não há nenhuma nota explicativa ou ressalva sobre o fato.
Agenda do investidor para esta quarta-feira
Fluxo Cambial (Banco Central): saldo semanal das entradas e saídas de capital estrangeiro no Brasil. EIA Petroleum Status Report: saldo semanal do estoque de barris de petróleo nos EUA. FOMC Minutes: minuta da última reunião do comitê de política monetária do banco central dos EUA. Produção Industrial: variação mensal da produção industrial na China.

Mark Ford


Caro leitor,

Aos 33 anos, endividado e chefiando uma família jovem, Mark Ford prometeu a si mesmo que ficaria rico e a retirar sua família da mediocridade. Eu gosto dessa frase: “prometeu a si mesmo que ficaria rico”.

Gosto por duas razões. Em primeiro lugar, porque acho engraçada. A impressão que dá é a de que basta “prometer" para que você acorde rico. Mas, a segunda razão é melhor: ele realmente ficou rico. Caso contrário, isso aqui não passaria de uma história furada de “auto-ajuda”.

Você pode estar se perguntando o que isso tem a ver com você. Pois bem. Estou falando do Mark não apenas porque tenho muito respeito por ele. Mas também porque hoje eu posso dividir a experiência e os ensinamentos dele com você.

Sim, pois depois de ter conseguido ficar rico a partir do zero - ou melhor, partindo do vermelho - Mark começou a escrever para seus clientes. Ele conta como, dia após dia, conseguiu chegar a um patrimônio de US$ 80 milhões, ser dono de mansões de frente pro mar em Miami entre tantos outros privilégios.

Eu conheci o Mark há três anos, quando começamos a aplicar seus conceitos no modelo de negócios da Empiricus. Um dos principais nomes da Agora Inc., nossa sócia norte-americana, Mark cuidou pessoalmente da nossa estruturação.

Rigorosamente da mesma forma que Mark mudou sua própria vida ele mudou a Empiricus. Nosso número de clientes saltou de dois mil para os 55 mil atuais, muito por conta da aplicação de suas ideias e de seus métodos. Tudo em menos de três anos.

Passados pouco mais de dois anos em contato conosco, Mark concordou em trazer ao Brasil seu modelo para construção de riqueza, chamado de Wealth Builders Club (WBC). O interesse foi grande no ano passado, mas as vagas para participar do WBC ficaram limitadas a 800 membros.

Traremos novamente aos leitores da Empiricus, por meio de nossa afiliada Criando Riqueza, o melhor conteúdo já formulado pelo Mark.

Na minha opinião, o método é poderoso e surpreendemente simples. Deixo claro de antemão: não se trata de charlatanices do tipo: “fique rico num instante”, tampouco - obviamente - se refere a investimentos mirabolantes ou esquemas de pirâmide. Nada perto disso seria sequer cogitado na Empiricus. Abominamos caracterizações do tipo.
Trata-se de uma abordagem única, séria, testada e consistente.

Hoje, Mark é apontado como um dos maiores gurus mundiais para construção de patrimônio e recomendações financeiras. Ele tem uma série de livros de sua autoria recorrentemente listada entre os bestsellers do NY Times e do Wall Street Journal.

Em 26 de maio, faremos um novo lançamento do Wealth Builders Club, oferecendo as melhores ideias de construção riqueza do Mark Ford.  Caso você queira receber com antecedência os avisos relacionados ao WBC, cadastre aqui o seu email.


Não é comum ter acesso a um multimilionário - normalmente, para ter acesso a uma hora com Mark o preço é de US$ 10 mil (sim, em dólares).

Muito mais raro é ter acesso a um multimilionário construído por vias próprias, fora do ambiente do mercado de ações. Mark é um verdadeiro self-made man. E é dai que vem minha identificação maior com ele.

Tudo o que aprendi - inclusive a formação acadêmica, pois a meu pai devo também a opção pelas Ciências Econômicas - vem do meu pai. Ele também foi um self-made man. De vendedor de batatas na feira a diretor de banco de investimento. Com esse exemplo em casa, eu me iniciei como financista aos 14 anos, observando meu pai investir em ações.

Tenho admiração especial por quem saiu do nada e acumulou milhões. Por isso, tenho admiração especial pelo Mark. Talvez até mesmo por ele me remeter a meu pai, uma espécie de father figure, na ausência do verdadeiro.

Graças à generosidade do Mark, estamos trazendo novamente seu conteúdo ao Brasil.

Fonte: Felipe Miranda - Empiricus



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