01:47 - Duas questões essenciais:
1) Se os recordes da Bolsa chinesa têm lastro na realidade, por que raios os preços de commodities metálicas, como o minério de ferro, estão derretendo? E se os ativos correlacionados com a economia chinesa estão nas alturas, como explicar o marasmo das ações da Vale?
2) No caso de uma eventual ruptura das Bolsas chinesa e americana, em recordes históricos, você acredita que a Bolsa brasileira absorveria parte relevante do capital em busca de ativos de risco? Ou evitariam um mercado de moeda exótica e baixa credibilidade regulatória, focando em ativos de classe global para proteção?
02:08 - Como explicar isso?
Talvez haja uma explicação prática para a farra da Bolsa chinesa...
Acesso a dinheiro fácil e barato.
Juros zerados nos EUA... Farra do crédito e da alavancagem na China.
Para se ter ideia, os empréstimos via conta-margem de corretoras saltaram de 400 bilhões de yuans em junho do ano passado para 1,1 trilhão de yuans na metade de janeiro.
Isso mesmo: 1,1 trilhão de yuans emprestado para investidores que não possuíam dinheiro em conta na corretora para operarem.
Ou seja: 定时炸弹.
E se eu te disser que o fator que compensa o tombo chinês para a relativa estabilidade da Bolsa brasileira hoje é justamente a possibilidade de extensão da farra de liquidez até a Europa, a partir da perspectiva de programa de estímulos no Velho Continente?
02:57 - O primeiro alerta
Por aqui, enfrentamos uma fase de correção de rota após período de estímulos mal-sucedidos...
O ajuste fiscal não trata-se de uma reforma estrutural para devolver o País à dinâmica do crescimento.
Trata-se, sim, de uma condição sine qua non para arrumação da casa. Resposta inevitável a algo que tornou-se insustentável.
É como afirmou o grande gestor de investimentos Luis Stuhlberger, em entrevista ao Valor:
“isso não resolve o nosso problema, nem de longe. Melhora a alocação de capital, mas não é por conta disso que você vai crescer. O que o governo está fazendo agora não são reformas, mas cortar coisas grosseiramente erradas...”
Para quem não percebeu, a questão do governo é generalizada.
A virada de mão nas políticas não trata-se de algo pessoal, antes contra as elétricas, depois contra educacionais, contra Petrobras, contra Embraer, contra montadoras, agora construção civil...
Um tanto óbvio, mas essencial: muito cuidado com empresas listadas que têm o governo como parte relevante de suas receitas.
04:04 - O novo Alerta
Termino com um esclarecimento/alerta. Hoje abrimos mais 100 vagas para a série Microcap Alert, que tem gerado ganhos substanciais aos leitores em curto prazo.
O último alerta, da semana passada, acumula valorização de 19,8% em três pregões e meio:
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