A decisão mais óbvia do mundo
(PS: para facilitar a exposição do meu ponto, peço por favor que tente ignorar a distância da realidade atual para as demais premissas, como do dólar a R$ 2,23 e dos limites de alavancagem.)
Bom, se a convergência dos preços só vem com um dólar represado e pelo fato de a commodity ter atingido a menor cotação dos últimos quatro anos no mercado internacional (a US$ 80 por barril), das duas uma... Ou Petrobras abre mão do seu planto de investimentos, baseado em premissas conflitantes; Ou faz o óbvio, que é o reajuste nos preços dos combustíveis. 02:22- A tal da bipolaridade Percebendo o imbróglio, ontem mesmo o Ministro Mantega afirmou que “a decisão sobre o aumento da gasolina só depende da Petrobras”. (PS: agora peço, por favor, que por um instante finja acreditar na declaração.) Voltando... Ufa, pelo menos desta vez o Ministro parece ter reconhecido o óbvio! Ops, mas então por que a estatal ainda não o fez? Ele não é o presidente do Conselho de Administração da companhia? 03:13- As contas não fecham (de novo?) A auditoria do Tribunal de Contas da União apontou falhas no contrato da Comperj, da empresa. O projeto, orçado em US$ 8,4 bilhões, já teria atingido até US$ 47,7 bi segundo o documento do tribunal. Atraso e estouro de orçamento lembram Abreu e Lima... Dejá vù? 03:56- Uma de Pelé outra de Macalé A produção da estatal em setembro cresceu 0,6%. De janeiro até setembro, sua produção acumula crescimento de 3,7%, o que por si só seria um avanço interessante... Não fosse a meta da empresa para o ano, de crescimento de 7,5%, recentemente reafirmada pela presidente Graça Foster, e, faltando três meses para acabar o ano, um tanto distante. Petrobras não cumprindo uma meta de produção? Dejá vù? 04:21- Fresquinha Para quem não viu, acaba de sair do forno a nova edição da The Economist |
Confesso que, para quem recém escreveu o Fim do Brasil e um editorial, e diante de ameaças recebidas teve de explicar porque escreveu, tanto a posição quanto o ato da The Economist soam como um reconhecimento (ainda que platônico).
A Economist é reconhecidamente uma das melhores publicações de economia do mundo - definitivamente, a que tem as melhores capas. Você pode até contestar os argumentos (com argumentos, por favor), e questionar que raios são esses gringos para querer falar do Brasil, mas não pode acusá-los de não estarem acompanhando os fatos... |



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