Petrobras vai antecipar R$ 15 bi à União até 2018
Com a presença da presidente Dilma, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, ontem, a contratação direta da Petrobras para explorar o volume excedente de petróleo, estimado entre 9,8 bilhões e 15,2 bilhões de barris, dos campos do pré-sal que tinham sido objeto de cessão onerosa para a estatal em 2010. Pelo novo contrato, a Petrobras pagará um bônus de assinatura de R$ 2 bilhões neste ano e antecipará para a União outros R$ 13 bilhões entre 2015 e 2018. Como a extração do petróleo excedente só começa em 2021, a estatal estará financiando o Tesouro até lá.
A Petrobras informou, ainda, que haverá a revisão prevista no contrato de cessão onerosa dos 5 bilhões de barris petróleo, que foi definida com base em um preço do petróleo muito abaixo das cotações atuais. Com essa revisão, o governo poderá obter entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões da estatal - recursos que devem ser usados para gerar superávit primário.
O mercado reagiu mal às medidas, que afetam o já combalido caixa da empresa, e teme que o governo esteja comprometendo a capacidade de pagamento da estatal a seus credores.
A divulgação das decisões do CNPE provocou uma queda acentuada das ações da companhia na bolsa: Petrobras PN caiu 3,60% e fechou o dia a R$ 17,64; a ação ON teve queda de 2,66%, para R$ 16,79.


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