Como juntar R$ 1 milhão
Ficar rico não precisa ser um esporte radical. Pense numa longa caminhada. Aprenda a lidar com prazos maiores e aproveite os efeitos do longo prazo em sua vida
Luiz Barsi Filho tinha 24 anos quando se formou em economia. Aos 29, nem tão cedo, começou a investir em ações. À medida que passou o tempo, refinou algumas crenças, como disciplina e paciência. Descartou outras, como o consumismo pelo status, o sovinismo e as dicas de amadores. E adotou metas bem definidas de longo prazo. Aos 53 anos, chegou ao ponto de não precisar mais trabalhar. Hoje, aos 74, um dos maiores investidores de ações do Brasil como pessoa física, ele desfruta o patrimônio.
Barsi é um exemplo do poder do longo prazo sobre o dinheiro. Essas lições ainda não foram assimiladas pela maioria dos brasileiros com capacidade de investir. “Os jovens de classe média pensam ‘tenho pouco dinheiro, nem vale a pena começar, vou esperar o salário aumentar’”, diz Gabriel Leal, diretor da XP Investimentos. “É um mito. O melhor é começar logo e aplicar sempre, mesmo que um pouco por mês.” Leal apresenta um exemplo: um poupador começa a aplicar já, um valor qualquer, mensalmente. Outro aplicará o dobro, todo mês – mas começará só daqui a cinco anos. Pois o primeiro poupador continuará a ter mais dinheiro daqui a dez, 15, 20 anos e além. Esse é o lado bom dos juros. Para quem está do lado errado, como devedor, o poder do tempo é cruel. A mensagem é clara: corte as dívidas com urgência.


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