agosto 31, 2012

Os aliados que Eike Batista e a EBX já perderam até agora


Rompimentos com o bilionário quase sempre terminaram na Justiça


Credit Suisse aumenta participação na HRT


Banco adquiriu 1,1 milhões de ações ordinárias da companhia 


plataforma para pouso e decolagem da HRT
Plataforma para pouso e decolagem da HRT no Amazonas: a operação não pretende alterar a composição do controle da companhia
São Paulo – O Credit Suisse aumentou sua participação na HRT (HRTP3) para 5,1% do capital votante da empresa. No total, foram adquiridas aproximadamente 1,1 milhões de ações ordinárias. Isso fez com que o banco detivesse, ao todo, 15 milhões de papéis da empresa.
“A referida aquisição relaciona-se a operações de proteção (hedge) de obrigações assumidas pelo adquirente em contratos de derivativos”, mostra comunicado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Sendo assim, a operação não pretende alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da HRT.

Quem ganha na bolsa com a nova “promoção” do IPI


Empresas relacionadas a caminhões, como Iochpe-Maxion e Randon, devem ser as mais beneficiadas 

Por dentro da SPR, dona da rede Poderoso Timão


A SPR é a maior varejista de artigos de clubes do mundo. Mas tem poder para superar os novos rivais?

 São Paulo - O empresário Pedro Grzywacz descobriu uma forma de transformar sua paixão pelo Corinthians em dinheiro. Em 2008, ele tinha uma pequena fábrica de roupas esportivas quando procurou o clube para propor a criação de uma rede de lojas franqueadas. A ideia era vender os produtos oficiais da Nike, camisetas comemorativas e centenas de bugigangas importadas e licenciadas pelo clube.Nasceu assim a SPR, empresa especializada em franquias para clubes de futebol. Além das lojas Poderoso Timão, do Corinthians, que já somam 112 unidades, a SPR replicou o modelo para outros clubes e hoje tem também 28 lojas do São Paulo e 22 do Vasco da Gama.
Com vendas de 120 milhões de reais em 2011 e meta de 200 milhões para 2012, Grzywacz já é dono da maior rede de lojas de clubes de futebol do mundo — lá fora, os times têm poucas lojas próprias e o modelo de franquias não é usual. “Aproveitamos uma enorme demanda reprimida.
Os torcedores não querem só a camisa oficial. Querem variedade”, diz. A expansão chamou a atenção da gestora de investimento Plural Capital, que comprou 26% da empresa por estimados 50 milhões de reais em fevereiro. Grzywacz criou do zero uma empresa que vale 200 milhões de reais em um mercado que não existia até 2008. Um feito notável. O problema é que o sucesso não está passando despercebido. 
Nos últimos meses, a SPR ganhou concorrentes e viu crescer o interesse dos clubes, que perceberam que as lojas podem ser um reforço para suas finanças. Depois de anos crescendo sem ser incomodado, Grzywacz encara o início de um ciclo muito mais complicado.
O primeiro sinal foi a chegada da paulistana Meltex, empresa de vestuário que tem contrato de exclusividade com a Disney e com a fabricante de artigos esportivos Everlast. Em menos de um ano, fechou com Grêmio, Santos e Palmeiras — e inflacionou o valor dos contratos.
Em 2008, a SPR pagou 3 milhões de reais ao Corinthians por quatro anos de acordo. A renovação, há alguns meses, já custou 15 milhões de reais. Para fechar com o rival Palmeiras, a Meltex pagou ainda mais: 20 milhões. No caso do Flamengo, clube de maior torcida do Brasil, a oferta da SPR chegou a 55 milhões de reais por 12 anos.

E, pasme, foi rechaçada pelo clube. A Vulcabras, dona da marca Olympikus e fabricante do uniforme do clube, não aceitou a entrada de outro fornecedor de vestuário. Em outra frente, a Adidas negocia patrocinar o clube e também quer discutir o modelo das lojas. “Agora que o mercado se mostrou interessante, todos vão querer participar”, diz o diretor da consultoria de franquias Praxis Adir Ribeiro
Concorrência
Por isso, tempo é dinheiro para a SPR. A empresa quer fechar o maior número de contratos possível com as atuais bases: um cheque pelo uso da marca e pagamentos de 7% a 10% das vendas em royalties. Os últimos acordos foram fechados com Cruzeiro, Internacional e Botafogo.
Com esses valores, as lojas estão longe de ser um grande negócio para os clubes. Em 2011, por exemplo, a SPR repassou ao Corinthians 7 milhões de reais como participação nas vendas. Enquanto isso, o Barcelona fatura 200 milhões de reais ao ano com 17 lojas próprias. O clube vende seu material também na rede da Nike, sua patrocinadora.
Já que não está mais sozinha, a SPR  tenta mostrar que é a melhor opção para os clubes e, assim, criar uma barreira à entrada dos competidores. “O atual modelo da SPR é simples de copiar. Boa parte dos produtos é importada e disponível a qualquer concorrente”, diz o consultor de franquias Marcelo Cherto. “O mix terá de ser mais exclusivo se eles quiserem continuar a crescer.”
Um passo nesse caminho está sendo dado: em outubro, a SPR inaugura no shopping Ibirapuera, em São Paulo, a primeira loja Poderoso Timão Platinum, que venderá joias que custam até 5 000 reais e ternos sob medida de até 7 000 reais. Além disso, a SPR prevê inaugurar até o fim do ano um novo centro de distribuição — para desespero dos franqueados, houve atrasos na entrega de produtos na final da Libertadores e no Dia dos Pais.
O plano continua sendo chegar a 500 lojas, faturar 1 bilhão de reais e abrir o capital. Tudo até 2015. Pode não ser tão simples. O Corinthians já diz que, em caso de abertura de capital, vai exigir participação acionária. Os concorrentes estão de olho no dinheiro que a SPR tem conseguido ganhar com futebol — mas os aliados também.

Superávit primário menor no radar


A taxa de juro vem testando patamares históricos de baixa no Brasil, movimento que tende a patrocinar uma dinâmica mais favorável da dívida pública num primeiro momento e, mais adiante, levar à adoção de um menor esforço fiscal do governo. E uma eventual redução do superávit primário em 2013 não deve ser desconsiderada. Um resultado fiscal menor poderia se materializar através de reduções de impostos de forma horizontal, e mais investimento público. Nesta combinação, a expansão fiscal poderia ser mais útil ao crescimento sustentado do que no caso da utilização de outros instrumentos orçamentários (por exemplo, maiores transferências ou gastos de custeio). 

Mauricio Oreng, especialista em política fiscal do Itaú Unibanco, em denso relatório sobre a postura fiscal do governo no primeiro trimestre divulgado no início da semana, traça paralelos entre o resultado primário convencional (divulgado mensalmente pelo governo) e o resultado primário estrutural. Este último mede o desempenho fiscal em determinado período, supondo que o PIB estivesse rodando em linha com o potencial da economia, e que os preços de ativos relevantes estivessem sendo negociados nos valores que correspondem às tendências de longo prazo.
O resultado orçamentário estrutural busca filtrar o saldo convencional do impacto de variáveis cíclicas sobre a atuação dos estabilizadores automáticos do PIB, especialmente a arrecadação de tributos e os benefícios para desempregados. O cálculo do superávit estrutural também exclui operações de caráter temporário ou apenas contábil. O intuito é de revelar se a postura da política fiscal em dado ano é expansionista ou contracionista.
Os cálculos do Itaú apontam para um superávit primário estrutural do setor público de 2,3% do PIB nos 12 meses até março, comparado a um saldo convencional de 3,2%. Oreng explica que o resultado estrutural subiu marginalmente nos últimos meses, com um aumento (aparentemente) acíclico da carga tributária superando o impacto da aceleração do gasto público no início deste ano.
Para 2012, a projeção do Itaú é de superávit primário não ajustado de 2,8% do PIB (2011: 3,1%), que implica um resultado estrutural pouco acima de 2,5% (2011: 2,2%). Para 2013, a recuperação da atividade econômica deverá impulsionar a arrecadação cíclica. Dada a maior contribuição dos estabilizadores automáticos para o desempenho fiscal observado, a previsão de queda do saldo convencional para 2,6% do PIB resulta na expectativa de uma postura fiscal mais relaxada no ano que vem, com o resultado primário estrutural provavelmente caindo para um patamar em torno de 2,0%.
“Acreditamos que um menor saldo primário estrutural em 2013 seria um sinal de que o superávit primário convencional poderá convergir para um patamar entre 1,5 — 2,0% do PIB dentro de alguns anos”, conclui o economista.

O caminho dos fundos DI


Valor Economico

Fundos DI sempre foram sinônimos de aplicações conservadoras, ideais para investidores que têm por objetivo seguir de perto a taxa dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI) com prazo de um dia, principal parâmetro de referência para as operações de renda fixa. Neste ano, no entanto, a rentabilidade dos tradicionais fundos tem sido menos previsível.

Reportagem de Luciana Seabra, do Valor, mostra as razões para as oscilações do desempenho das carteiras. O principal motivo foi o aumento da demanda por Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) no primeiro trimestre de 2012.
As LFTs são títulos públicos com rendimento atrelado à taxa Selic, o juro básico da economia estabelecido pelo Banco Central. Como a taxa Selic guarda estreita relação com o CDI, a estratégia mais frequente usada pelos gestores de recursos é rechear as carteiras dos fundos DI com esses papéis.
A maior procura pelas LFTs fez com que o preço dos papéis subisse, proporcionando um ganho de capital para os fundos que já possuíam os títulos em carteira.
Para ter uma dimensão do impacto do aumento do interesse dos investidores pelos papéis públicos atrelados à Selic, é conveniente observar o comportamento das taxas da LFT com vencimento em 2017. Esse título é oferecido no Tesouro Direto, o sistema de negociação de papéis públicos administrado pelo Tesouro Nacional.
No começo deste ano, a taxa do título era zero. Significa que os investidores que comprassem a LFT receberiam a variação integral da Selic diária. Pouco tempo depois, na última semana de janeiro, a taxa do papel passou para -0,01% ao ano. O investidor que adquirisse a LFT a partir daquele momento teria rentabilidade menor do que a variação da Selic.
A contrapartida para a taxa negativa da LFT é o aumento do ágio do papel, ou seja, a diferença entre o preço de mercado e o valor nominal atualizado. Quanto maior o preço que os investidores estejam dispostos a pagar pelo título, menor a taxa de remuneração.
O ágio da LFT atingiu o ponto máximo em 26 de abril, mantendo-se constante por quase dois meses, até 21 de junho. Desde então, o interesse pelo papel diminuiu, o ágio caiu e a taxa voltou a ficar próxima de zero. O gráfico abaixo ilustra esse comportamento.
O primeiro movimento beneficiou os fundos DI. Devido ao efeito da marcação a mercado, as carteiras contabilizaram ganhos de capital quando o ágio dos papéis que possuíam em carteira aumentou. No entanto, no segundo momento, quando ocorreu o movimento inverso e o ágio caiu, as cotas passaram a registrar perdas de capital, o que teve efeito direto na rentabilidade dos fundos.
Para reduzir as perdas, muitos gestores partiram para os papéis privados. Novamente houve o mesmo efeito e a maior demanda fez com que o preço dos títulos privados subisse, com ganhos de capital para os fundos que já possuíam os papéis em carteira.
A combinação de redução do ágio da LFT e maior demanda por papéis privados fez com que a rentabilidade mensal dos papéis privados fosse maior do que a da LFT. O gráfico abaixo compara os rendimentos da LFT 2017 e do IDA-DI, o índice que mede o desempenho de uma cesta de debêntures, calculado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O investidor em fundos DI precisa avaliar com cautela o histórico de desempenho das carteiras. Apesar dos bons resultados recentes, é possível que a demanda por papéis privados seja suprida por novas emissões. Nesse caso, assim como aconteceu com as LFTs, o preço médio dos títulos privados pode voltar a subir e o patamar de rentabilidade dos fundos pode diminuir. No atual ambiente econômico, existem riscos por todos os lados.

Vale fecha acordo de venda de navios por US$ 600 milhões



SÃO PAULO - A Vale anunciou há pouco que firmou um acordo de venda de 10 navios por US$ 600 milhões com a empresa de serviços turca Polaris. O acordo envolve o posterior afretamento dos navios pela Vale.   
Os navios foram adquiridos em 2009/2010 para que a brasileira tivesse uma frota marítima dedicada ao transporte de minério de ferro para os seus clientes.
Segundo informou em nota, os navios vendidos serão afretados de volta pela companhia, por meio de contratos de afretamento de longo prazo com a Polaris. “Além de liberar capital, a transação preserva a capacidade da Vale de transporte marítimo de minério de ferro, com os navios à disposição mas eliminando os riscos de propriedade e operação”, afirmou a companhia em nota.
No documento, a empresa afirmou ainda que a iniciativa está dentro de sua estratégia de otimizar o portfólio de ativos e reforçar o balanço.

Agenda do investidor para esta sexta-feira



Advfn
O IBGE divulga o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2012. O Banco Central publica a Nota de Política Fiscal com os dados sobre o montante e composição da dívida pública federal. Nos Estados Unidos o Departamento do Comércio publica os dados relativos às Encomendas às Fábricas (bens duráveis e não duráveis). A Universidade de Michigan/Reuters apresenta a Confiança do Consumidor, índice que revela a confiança e expectativa do consumidor em relação à economia em geral.
Bolsas em alta: EUA podem mudar rumo dos mercados hoje
Um discurso do presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, pode mudar o rumo dos mercados internacionais hoje. Com o título “Política Monetária desde a Crise”, Bernanke poderá sinalizar, ou não, uma nova rodada de estímulos econômicas à maior economia do mundo. No entanto, a expectativa por tais estímulos é tão grande que as principais bolsas de valores do mundo abrem em alta hoje. Bernanke discursa hoje, às 11h00, horário de Brasília.

agosto 30, 2012

O milagre financeiro do ex- presidente Lula.


Por Geraldo Almendra (*)

Pode um cidadão eleito presidente e pertencente à classe média baixa, se tornar, em dois mandatos presidenciais, em um bilionário apenas com seus rendimentos e benefícios do cargo?
A resposta é sim. O ex-presidente Lula é um suposto e exemplar caso desse milagre financeiro, tendo-se como base as denúncias recorrentes já feitas pela mídia.
Conforme amplamente noticiado em algumas ocasiões uma conceituada revista - a Forbes – trouxe à tona esse tema, reputando a Lula a posse de uma fortuna pessoal estimada em mais de R$ 2 bilhões de dólares, devendo-se ressaltar que a primeira denúncia ocorreu ao que tudo indica em 2006, o que nos leva a concluir que a “inteligência financeira do ex-presidente” já deve ter mais que dobrado esse valor, na falta de uma contestação formal e legal do ex-presidente contra a revista.
Estamos diante de um suposto caso em que o silêncio pode ser a melhor defesa para não mexer na panela apodrecida dos podres Poderes da República, evitando as consequências legais pertinentes e o inevitável desgaste perante a opinião pública.
Nesta semana a divulgação pelo Wikileaks de suspeitas - também já feitas anteriormente - de subornos envolvendo o ex-presidente nas relações de compras feitas pelo desgoverno brasileiro em relação a processos de licitações passados, ou em andamento, nos conduz, novamente, e necessariamente, a uma pergunta não respondida: como se explica o vertiginoso crescimento do patrimônio pessoal e familiar da família Lula?
O que devem estar pensando os milhares de contribuintes que têm suas declarações de renda rejeitadas e são legalmente, todos os anos, obrigados a dar as devidas satisfações à Receita Federal sobre crescimentos patrimoniais tecnicamente inexplicáveis, mas de valor expressivamente menor do que o associado ao patrimônio pessoal e familiar do ex-presidente?
A resposta é simples e direta: tudo isso nos parece ser uma grande e redundante sacanagem com todos aqueles que trabalham fora do setor público - durante mais de cinco meses por ano - para ajudar a sustentar aquilo que a sociedade já está se acostumando a chamar de covil de bandidos.
A pergunta que fica no ar é sobre que atitudes deveriam e devem tomar o Ministério Público, a Receita Federal, O Tribunal de Contas e a Polícia Federal diante de supostas e escandalosas evidências de enriquecimento ilícito de alguém que ficou durante dois mandatos consecutivos no cargo de Presidente da República?
Na falta de atitudes investigativas ou consequências legais, como sempre, a mensagem que o poder público passa para a sociedade é de uma grotesca e sistemática impunidade protetora de todos, ou quase todos, que pactuam com a transformação do país em um Paraíso de Patifes.
No Brasil, cada vez mais, a corrupção compensa e as eventuais punições já viraram brincadeira que nossa sociedade, no cerne dos seus núcleos de poder públicos e privados aprendeu: a impunidade a leva a se nivelar por baixo aceitando que roubar o contribuinte já se tornou um ato politicamente correto para que a o projeto de poder do PT – um Regime Civil Fascista fundamentado no suborno e em um assistencialismo comprador de votos – siga inexoravelmente avante.
A omissão do Poder Público diante da absurda degeneração moral das relações públicas e privadas somente nos deixa uma alternativa de qualificação: estamos diante do Poder Público mais safado e sem vergonha de nossa história.
A propósito quem roubou o crucifixo do gabinete presidencial no final do desgoverno Lula?

(*) Economista e Professor de Matemática, Petrópolis

Vamos investir em ações no exterior? Em busca da diversificação


Fonte:Exame

Dez em cada dez consultores recomendam a diversificação dos investimentos de forma a reduzir o risco do portfólio. Como tem se comportado o mercado acionário brasileiro vis-à-vis os principais índices de ações do mundo? Faz sentido diversificar a carteira geograficamente?

Há duas formas de diversificação da carteira. Na primeira, a alocação é feita entre classes de ativos. Assim o investidor aplica em diferentes produtos: renda fixa, ações, imóveis, ouro. A distribuição entre esses ativos depende da propensão ao risco de cada investidor. Mas o investimento no mercado acionário não precisa ficar restrito às ações das companhias brasileiras. Pode-se investir em companhias estrangeiras. É a diversificação geográfica. Antes restrita ao investidor de alta renda, agora essa possibilidade está disponível ao pequeno aplicador. A BM&FBovespa disponibiliza o investimento em ações de companhias estrangeiras por intermédio de BDRs, recibos dessas ações, negociados na própria BMF&Bovespa.
A correlação entre as ações dos diversos mercados é maior hoje, o que joga contra uma estratégia de diversificação geográfica. A interatividade entre os mercados aumentou a partir da crise asiática do final da década de 90. Em artigo de James Saft, da Reuters, publicado no Valor de 31/07/12, ”as chances de um ´crash` no mercado global aumentaram 15 vezes nas últimas duas décadas”, de acordo com estudo de Thijs Markwat, da Robeco Asset Management. Ele define “crash” global como a possibilidade de os quatro maiores mercados de ações – Europa, EUA, Ásia e América Latina – sofrerem quedas de até 5% concomitantemente na mesma semana.
Apesar dessa ponderação, ainda faz sentido comprar ações de diferentes países. O gráfico abaixo mostra a rentabilidade em dólar nos últimos três anos de sete índices de ações: o nosso Ibovespa, o alemão DAX, o mexicano INMEX, o americano S&P 500, o inglês FTSE 100, o espanhol IBEX 35 e o francês CAC 40.
Há uma dispersão de rentabilidade entre os países. Como esperado, o pior desempenho foi o do IBEX, com queda de 42,8% no período, reflexo da grave crise vivida pelo país ibérico. Embora a economia francesa esteja mais resguardada que as de Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Espanha, o CAC também fez feio, recuando 17,1%. Porto seguro da Europa, o alemão DAX apresenta rentabilidade positiva de 11,6%. Embora haja críticas à recuperação da economia americana, o S&P 500 apresenta satisfatórios 37,5% de valorização no período. O índice mexicano comprova a forte correlação entre as duas economias da América do Norte, com rentabilidade muito parecida de 36,4%.
E o nosso Ibovespa? Pois é. Ele parece não espelhar os melhores fundamentos de nossa economia. Não reflete a visão dos estrangeiros sobre a nossa macroeconomia. O Ibovespa só foi melhor do que dois índices – o francês e o espanhol.
A explicação foi dada nos posts “Os entraves ao desenvolvimento da bolsa”, de 27/08/12, e “OGX prova como o Ibovespa é um índice deficiente”, de 23/08/12. Resumindo, a composição do Ibovespa muito concentrada em commodities e bancos aumenta a correlação do nosso índice com o cenário externo.  Além disso, a participação no índice deriva do número de negócios e da liquidez. Em alguns momentos, ações que vêm sendo duramente penalizadas acabam aumentando sua participação no índice, caso da OGX.
Dessa forma, a busca de ações brasileiras fora do Ibovespa e de ações de empresas estrangeiras pode ser eficiente, impulsionando a rentabilidade da carteira.

Caixa pede autorização para criar banco de investimento


A informação foi publicada no jornal "Valor Econômico" e a assessoria de imprensa da instituição confirmou a decisão

 
Lia Lubambo/EXAME
Agência da Caixa
Caixa: em entrevista ao jornal, o presidente do banco, Jorge Hereda, disse que a intenção é entrar no mercado de capitais
São Paulo - A Caixa Econômica Federal se prepara para abrir um banco de investimento. De olho no mercado de capitais que deve ganhar mais relevância em tempos de juro baixo, a decisão de criar a subsidiária já foi tomada pela direção da casa e, atualmente, o tema passa por trâmites burocráticos, como a entrega de documentos e a solicitação de abertura no Banco Central (BC).
A informação foi publicada nesta quinta-feira pelo jornal "Valor Econômico" e a assessoria de imprensa da Caixa confirmou a decisão. Em entrevista ao jornal, o presidente do banco, Jorge Hereda, disse que a intenção é entrar no mercado de capitais, segmento que deve se desenvolver com mais força nos próximos anos.
Para a criação da subsidiária, Hereda afirma que a instituição precisará de mais dinheiro e o banco já discute o tema com o Tesouro Nacional. Ontem, um decreto presidencial autorizou o aumento de capital da estatal em R$ 1,5 bilhão "por meio de transferência de ações ordinárias da Petrobras ou da Telecomunicações Brasileiras (Telebrás) excedentes à manutenção do controle acionário da União, a critério da Secretaria do Tesouro Nacional". A assessoria de imprensa, porém, explica que a operação não tem relação com o banco de investimento.

Uma bolsa para Daniel Dantas