Por que ninguém espera um resultado espetacular para a Petrobras
Balanço do primeiro trimestre será divulgado nesta terça-feira, e os números devem ser menores que os do mesmo período do ano passado
Plataforma da Petrobras: companhia divulga resultado financeiro nesta terça-feira
São Paulo – Os números que a Petrobras deve divulgar na noite desta terça-feira, referentes ao primeiro trimestre, não devem ser uma maravilha, na avaliação de analistas do setor consultados por EXAME.com. No geral, o que se espera é uma melhoria sobre o último trimestre do ano, mas piores na comparação com o mesmo período de 2011.
Segundo Lucas Brendler, da Geração Futuro, os ganhos da companhia no período devem atingir 7,9 bilhões de reais, alta de cerca de 30% na comparação com o último trimestre do ano passado, mas com queda na mesma proporção em relação aos ganhos somados pela Petrobras no mesmo período do ano anterior.
“O aumento das importações de gasolina e outros derivados de petróleo, por conta da demanda maior no mercado interno, e os preços praticados pela Petrobras, que não sofreram nenhum reajuste no período, foram os principais entraves que devem impactar negativamente os resultados”, afirmou Brendler.
CâmbioJá no primeiro trimestre do ano, o câmbio favoreceu o balanço da companhia, principalmente a partir de fevereiro, quando o real começou a apresentar maior valorização frente ao dólar. “Um dos pontos positivos são as dívidas da companhia em moeda estrangeira, que ficaram relativamente menores com o real valorizado”, afirmou Erick Scott, da SLW Corretora. Segundo ele, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia deve atingir 14 bilhões de reais. Montante 20% maior que o ebitda somado no quarto trimestre de 2011 e 20% menor que os números do primeiro trimestre do ano anterior. Os números da Petrobras são aguardados com grande expectativa pelo mercado, apesar das estimativas não muito satisfatórias.
Os analistas só esperam não errar mais nas previsões como fizeram no último trimestre do ano passado, quando era aguardado um lucro de mais de 9 bilhões de reais e a companhia apresentou pouco mais da metade desse montante. Se o feito se repetir, a queda nos ganhos da companhia poderá mais uma vez ser um recorde na história da estatal.


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