Início de produção da OGX dependerá do clima, diz Eike Batista
O clima instável, com chuvas frequentes no Sudeste brasileiro, poderá adiar o primeiro óleo da companhia, sinalizou o empresário após participar de evento no Rio na noite desta segunda-feira
São Paulo - O começo de produção da OGX, previsto para o final de dezembro, dependerá de melhores condições meteorológicas, disse à Reuters Eike Batista, controlador da petroleira que faz parte de seu conglomerado, o Grupo EBX.
O clima instável, com chuvas frequentes no Sudeste brasileiro, poderá adiar o primeiro óleo da companhia, sinalizou o empresário após participar de evento no Rio na noite desta segunda-feira.
Mas, para o executivo, a data de início da produção, mesmo que atrase algumas semanas, não fará diferença para um projeto de longo prazo.
"Num projeto que vai produzir petróleo por 28 anos, eu lhe pergunto: será que um mês ou quatro, cinco, seis semanas, faz diferença?", questionou o homem mais rico do Brasil ao ser indagado sobre a possibilidade do projeto ser adiado.
Construída em Cingapura, a plataforma OSX 1 atracou no porto do Rio em outubro, com previsão de seguir para a Bacia de Campos entre novembro e dezembro, para iniciar um teste de longa duração (TLD) no campo de Waimea, o primeiro projeto de produção da empresa.
Nesta terça-feira, a plataforma ainda podia ser vista atracada no porto do Rio.
A estimativa da OGX é de uma produção inicial média de 15 mil a 20 mil barris por dia.
Cinco meses após o início do TLD, a expectativa é aumentar o volume para entre 45 mil e 50 mil barris diários, com a interligação de mais dois poços produtores à plataforma.
As ações da OGX, que chegaram a subir quase 1 por cento nesta terça-feira, fecharam em queda de mais de 1,25 por cento.
Vendido para a Shell
Eike lembrou que o petróleo produzido a partir do seu primeiro projeto já tem venda garantida à Shell, independentemente da data em que a produção for iniciada.
A OGX fechou com a petroleira anglo-holandesa a venda de 1,2 milhão de barris de petróleo, quantidade que será dividida em dois carregamentos de 600 mil barris. O preço fechado entre as duas companhias representa um desconto médio de 5,5 dólares em relação ao Brent.
Em valores desta terça-feira, o contrato significaria receita de aproximadamente 123 milhões de dólares para 24 dias de produção quando o TLD de Waimea estiver operando em sua segunda fase, com volume de 50 mil barris/dia.
Vários dos grandes projetos de Eike Batista, como a OGX, receberam grande aporte de investidores, que agora aguardam o desenvolvimento destes negócios.
A OGX alcançou cerca 90 por cento de sucesso exploratório em suas atividades de perfuração, um percentual três vezes superior ao da média mundial. "Isso que temos, nenhuma empresa fez: iniciar produção em dois anos após a descoberta", afirmou recentemente o diretor-geral, Paulo Mendonça.


<< Página inicial