agosto 08, 2011

Voar de jatinho: uma questão de luxo e também de negócio



Por 11.000 reais, o meio de transporte – antes exclusivo de celebridades e milionários – está ao alcance de alguns mortais


Ana Clara Costa, de 

Com preço de US$ 40 mi, G450 faz sucesso no Brasil
G450: no mercado de jatos grandes, quem voa mais allto é a Gulfstream
São Paulo - O empresário Eike Batista é figura tarimbada na aviação executiva. Possui seis aeronaves: um Phenom 300, um Legacy 600, um Gulfstream G550, um Citation 7 e dois helicópteros. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, o setor dos voos privados vai além do que está reservado a bilionários como Eike, que voam até Nova York deitados em bancos de couro e bebericando taças de champanhe Cristal.

Mercado maduro –
 O Brasil é atualmente o segundo maior mercado de aviação executiva, atrás apenas dos Estados Unidos (confira acima alguns números do setor no Brasil e no mundo). Suas 12.300 aeronaves circulam pelo território nacional movimentando uma parcela da população que prefere deixar aos outros a opção de pegar um avião comercial. O país possui cerca de 4.000 aeroportos e aeródromos públicos e privados – sendo que apenas 700 têm pista pavimentada.Tais aviões, alguns luxuosos e outros bem desconfortáveis, são cada vez mais utilizados por empresários e algumas pessoas comuns. Na esteira do desenvolvimento econômico brasileiro, serviços de fretamento e taxi aéreo deixaram de ser exclusividade dos detentores de fortunas e hoje refletem os avanços das empresas – que se espalham pelo interior – e da própria moeda.
Deste número, 128 são atendidos por voos comerciais, segundo levantamento da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). Essa estatística demonstra que a aviação comercial – mesmo crescendo 10% ao ano, o que, aliado ao descaso do investimento público, já lhe rende sérios gargalos – ainda chega a poucos destinos.