A.T. Kearney considera Brasil como melhor mercado para o varejo
País subiu quatro posições no ranking entre 30 e a sempre promissora China caiu cinco degraus
Varejo: mercado brasileiro é o mais atrativo entre 30 países emergentes
São Paulo - As gigantes do varejo mundial que quiserem crescer devem buscar o Brasil. É o que aponta a 10ª edição do estudo Global Retail Development Index (GRDI), da consultoria A.T. Kearney. Neste ano, o Brasil subiu quatro posições e agora ocupa a liderança do levantamento que classifica os 30 principais países emergentes que os varejistas globais devem entrar (veja a lista completa na próxima página). Para compor o ranking, há 25 variáveis dentro de quarto categorias: risco econômico e político; atratividade do mercado; saturação do mercado; e pressão do tempo (diferença entre o crescimento do produto interno bruto e crescimento do varejo moderno).
“Uma empresa que não tem experiência no mercado brasileiro deve buscar uma parceria local”, disse a EXAME.com o alemão Markus Stricker, vice-presidente da A.T. Kearney no Brasil. “Acredito que o Brasil continuará entre os primeiros nos próximos anos por conta dos investimentos em infraestrutura e grandes eventos como a Copa e as Olimpíadas.” Segundo ele, a busca por países emergentes é uma alternativa essencial para o crescimento de grandes grupos, já que os mercados da América do Norte e da Europa estão saturados.De acordo com Michael Moriarty, sócio da A.T. Kearney e colíder do estudo,o Brasil é um atraente mercado para expansão, dado o crescimento anual previsto de 5% pelos próximos cinco anos para o seu PIB; de sua grande população com concentração urbana e de suas crescentes vendas no varejo.
Neste ano, o Uruguai subiu para o 2º lugar no GRDI em relação ao 8º conquistado no ano passado. O país navega na esteira da economia Brasileira e registrou um excelente crescimento de 8,5% de seu PIB, em 2010. Sua escala limitada, associada a condições macroeconômicas positivas, faz do Uruguai uma opção interessante para empresas do varejo que buscam uma entrada em mercados mais contidos.
O Chile subiu para o 3o lugar na classificação, após uma acentuada recuperação de sua economia da recessão de 2009. É considerado atualmente um dos mercados mais competitivos da América Latina. O governo criou incentivos, visando estimular o consumo no varejo e, em consequência, o PIB do país cresceu 5,2%, em 2010, com previsão para aumentar 6,1%, em 2011.
Os três exemplos mencionados mostram que os países da América do Sul saíram bem da recessão, registrando um crescimento médio de 6% para seus PIBs no ano de 2010.


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