O que Bradesco, BTG, Safra e Santander ganhariam com o Panamericano
Para consultor, há dois grupos de interessados, os que ganham com sinergias e os que estão interessados em um novo mercado
Panamericano: o valor que será pedido pelo Panamericano ainda é incerto e não há favoritos
São Paulo – O Panamericano é um dos últimos ativos disponíveis no setor financeiro, o que explica o grande interesse que a instituição do Grupo Silvio Santos vem despertando entre os bancos. Dentre os competidores interessados, os rumores de mercado destacam BTG, Bradesco, Santander e Safra. Os bancos entrariam no negócio por motivos diferentes, segundo Juan Pérez Ferrés, ex-economista-chefe da SDE.
Os quatro bancos podem ser divididos em dois grupos, segundo Ferrés. Santander e Bradesco estão no grupo interessado nas sinergias, enquanto BTG e Safra veem no Panamericano a possibilidade de entrar em um novo mercado. “Se o passivo for muito incerto, o André Esteves (fundador do BTG Pactual) é o favorito”, diz Ferrés. Se o BTG tem como vantagem seu amplo apetite a risco, os bancos maiores têm maior fôlego para apresentar uma oferta maior pelo banco – algo que pode ser interessante ao Grupo Silvio Santos, que ainda precisa pagar os 2,5 bilhões de reais que tomou emprestados do Fundo Garantidor de Crédito para cobrir o rombo no Panamericano.
Tanto Santander, quanto Bradesco já atuam no varejo e com a classe C. O Bradesco, por exemplo, já comprou o Ibi, da varejista C&A. O Santander, por sua vez, herdou as contas do Banespa. Além das sinergias das operações, o Panamericano representa para os bancos uma oportunidade de acessar clientes dos concorrentes, uma vez que muitos clientes do Panamericano buscam crédito no banco, mas não têm conta corrente nele e sim em instituições maiores.
Gestão de recursos
O BTG, apesar de ser focado em gestão de ativos e investimentos e, portanto, não ter sinergias com o Panamericano, aposta na capacidade de gerir funding, isto é, de levantar recursos no mercado – que é um problema recorrente nos bancos médios. “O ponto principal dessa discussão é que o BTG teria uma capacidade de funding melhor que dos bancos médios”, diz Ferrés. Além disso, uma possibilidade para o BTG seria rentabilizar a instituição bancária, para depois revender sua participação.
Tanto Santander, quanto Bradesco já atuam no varejo e com a classe C. O Bradesco, por exemplo, já comprou o Ibi, da varejista C&A. O Santander, por sua vez, herdou as contas do Banespa. Além das sinergias das operações, o Panamericano representa para os bancos uma oportunidade de acessar clientes dos concorrentes, uma vez que muitos clientes do Panamericano buscam crédito no banco, mas não têm conta corrente nele e sim em instituições maiores.
Gestão de recursos
O BTG, apesar de ser focado em gestão de ativos e investimentos e, portanto, não ter sinergias com o Panamericano, aposta na capacidade de gerir funding, isto é, de levantar recursos no mercado – que é um problema recorrente nos bancos médios. “O ponto principal dessa discussão é que o BTG teria uma capacidade de funding melhor que dos bancos médios”, diz Ferrés. Além disso, uma possibilidade para o BTG seria rentabilizar a instituição bancária, para depois revender sua participação.


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