Modalidade é recomendada para aposentadoria
Valor Econômico
Com a perspectiva de queda dos juros no médio prazo e ganhos mais magros na renda fixa, os investimentos em ações devem ganhar cada vez mais força. Para o professor Mauro Calil, os clubes de são a ferramenta mais apropriada para quem deseja comprar ações para aposentadoria. "É possível formar um bom patrimônio no longo prazo com aplicações pequenas, como R$ 100 ou R$ 200 por mês", diz o especialista, que já ajudou a formar cerca de 30 clubes de ações.
Ao diluir as aplicações, lembra Calil, o investidor não perde muito nos momentos de baixa da bolsa e consegue aproveitar os vários ciclos de alta do mercado. "O clube é ótimo para acostumar o coração com os solavancos da bolsa", brinca.
É o caso do administrador de empresas Rodrigo Nascimento Werner. Amigo de Calil, ele formou um grupo de 11 amigos um clube de investimentos em maio de 2008, quando o Ibovespa, após o Brasil receber o grau de investimento, atingiu a pontuação recorde de 73.500. Logo em seguida, veio a crise financeira internacional, que derrubou os mercados mundo afora. "Mesmo com a recuperação da bolsa em 2009, a cota do clube ainda está abaixo do valor inicial", conta Werner.
Mas, apesar da montanha-russa do índice, ninguém abandonou o barco, já que todos estão aplicando para a aposentadoria, ressalta. "É como se fosse nossa previdência, e ninguém fica nervoso, olhando a bolsa todo dia".
Recentemente, a própria mulher de Werner pensou em aplicar cerca de R$ 30 mil obtidos com a venda de um carro no clube. Como ela planeja utilizar à parte do dinheiro a compra de outro automóvel daqui a um ano e meio, Werner desaconselhou a aplicação de todo o dinheiro no clube. "No fim, ela aplicou R$ 25 mil na renda fixa e apenas R$ 5 mil na bolsa", afirma ele. Hoje, o clube tem patrimônio de R$ 130 mil e carrega na carteira papéis como Petrobras, BM&FBovespa, Bradesco e Usiminas.


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