agosto 29, 2014

Recurso captado com novo título imobiliário deve ter aplicação livre


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Os recursos captados pela letra imobiliária garantida (LIG), novo título bancário anunciado na semana passada pelo governo, não necessariamente terão de ser destinados para novas operações de crédito imobiliário, pelo que consta na versão preliminar da norma a qual o Valor teve acesso. O instrumento vai contar com isenção fiscal para os investidores estrangeiros, benefício que já estava previsto para o aplicador local.
Caso o dinheiro não seja "carimbado", a decisão contraria o que pediam as associações ligadas ao setor de construção, que defendiam o direcionamento mandatório dos recursos obtidos com o papel para novos empréstimos habitacionais. Com isso, o instrumento ficará parecido com a atual letra de crédito imobiliário (LCI), que também não tem destinação definida.
Sobre o benefício fiscal, a avaliação é que o papel só se tornaria verdadeiramente atraente com a isenção do IR. Caso contrário, os títulos públicos, que já têm o benefício para estrangeiros, seguiriam imbatíveis. O incentivo na LIG só será válido para emissões com prazo médio de pelo menos dois anos.
A letra garantida é a versão brasileira do "covered bond", título emitido por um banco com a garantia adicional de uma carteira de crédito imobiliário, que fica separada dos demais ativos da instituição. Ou seja, se o banco quebrar, os detentores do papel não precisam entrar na fila dos demais credores para ter acesso a essa carteira. No exterior, as captações via "covered bonds" somam quase € 3 trilhões.
A LIG abrirá uma nova frente de captação, mais barata e de longo prazo, para as instituições financeiras, incluindo as de médio porte. Entre os grandes bancos, a percepção é que os recursos captados com a LIG não devem ser, porém, usados na concessão de crédito habitacional, pelo menos inicialmente. A criação de um instrumento de captação para o financiamento de longo prazo é demanda antiga, mas chega num momento em que alguns dos principais nomes do varejo financeiro contam com sobra de recursos da caderneta de poupança, principal fonte de recursos para os empréstimos imobiliários.
A alta na taxa básica de juros também deve limitar o uso da LIG no crédito habitacional, pois torna o instrumento menos competitivo que o funding da poupança, com base na taxa referencial (TR). A expectativa, porém, é que o cenário mude no médio prazo.
"Ou a taxa de juros cai ou o funding da poupança acaba, o que levará obrigatoriamente os bancos a direcionar os recursos da LIG para o crédito imobiliário", diz o executivo de um grande banco. Para ele, é positivo que o instrumento seja criado antes que haja real necessidade, para que os bancos possam testá-lo. Segundo seus cálculos, essa necessidade só deve vir no começo de 2016.
"A criação da LIG abre espaço para que, no futuro, o governo vá reduzindo o direcionamento de recursos da poupança para o crédito imobiliário", diz o diretor de uma grande banco privado.
Para os bancos médios, os benefícios da criação da LIG devem aparecer mais rápido. Isso porque, pela proposta discutida com o governo, as instituições podem usar não só o crédito para aquisição de imóveis como garantia da LIG, mas também as linhas de crédito pessoal que usam o imóvel como garantia ("home equity").
Como essa modalidade cresce entre instituições de médio porte, como Intermedium, Banco Pan e Banco Votorantim, são elas que podem se beneficiar com a emissão de LIG com tal lastro. "É uma chance de um banco médio ter uma captação com uma classificação de risco melhor que a da própria instituição", afirma executivo do setor.
A versão preliminar da norma contempla a possibilidade de os bancos emitirem LIG com correção por variação cambial. Ao lado da isenção de IR, a medida é apontada como atrativo importante para investidor estrangeiro.
"O custo de captação dos covered bonds brasileiros poderá ser inferior ao observado nos instrumentos de captação de longo prazo disponíveis no mercado atualmente", afirma Isabella Rosa Silva, em monografia escrita quando era assessora do Banco Central, disponível no site da instituição.
Pela proposta preliminar de criação da LIG, os bancos poderão emitir títulos em várias séries vinculados a uma única carteira de garantias, desde que o valor dos créditos que dão lastro aos papéis seja pelo menos 5% superior ao das letras emitidas. A norma também deverá contemplar a realização de ofertas públicas do papel, mas o tema ainda deve passar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

MMX: Pai de Eike renuncia ao Conselho de Administração

Agenda do investidor para esta sexta-feira
PIB: O IBGE divulga o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2014. Personal Income and Outlays: dados de renda e dispêndio dos consumidores norte-americanos. Nota de Política Fiscal: dados sobre o montante e composição da dívida pública federal. Consumer Sentiment: índice que revela a confiança e expectativa do consumidor norte-americano em relação à economia em geral, apresentado pela Universidade de Michigan/Reuters.
MMX: Pai de Eike renuncia ao Conselho de Administração
A MMX Mineração (MMXM3) comunicou ontem à noite, após o fechamento do mercado, que Eliezer Batista da Silva, pai de Eike Batista, e Luiz do Amaral de França Pereira, apresentaram seus pedidos de renúncia e não fazem mais parte do Conselho de Administração da MMX. A companhia aprovou a convocação de Assembleia Geral Extraordinária para eleição de novos membros visando a sua recomposição. A MMX também informou que Carlos Roberto de Castro Gonzalez renunciou aos cargos de diretor presidente e de relações com investidores. Ricardo Furquim Werneck Guimarães já foi eleito para os cargos. Guimarães acumula ainda o cargo de diretor sem designação específica, responsável pelos departamentos financeiro e comercial da companhia.

cid:image001.jpg@01CEBDD3.C5F240A0                                                     Dívida Pública Federal

Prezado(a),

O Tesouro Nacional divulgou, em 27 de agosto, o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF) referente a julho. Conheça a seguir os principais resultados:
1.  Operações no Mercado Primário  -  as emissões da DPF corresponderam a R$ 31,34 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 82,88 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 51,53 bilhões (R$ 48,44 bilhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi e R$ 3,10 bilhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa - DPFe).
 2.   Estoque, composição e estrutura de vencimentos  - os resultados alcançados nesse mês em relação aos limites traçados no Plano Anual de Financiamento 2014 foram os seguintes:
Indicadores
Junho
2014
Julho
2014
Limites para 2014
Mínimo
Máximo
Estoque da DPF em Mercado (R$ Bilhões)




2.202,97
2.173,18
            2.170,0
         2.320,0
Composição da DPF (%)



Prefixados
40,73%
39,03%
40%
44%
Índice de preços
36,12%
37,01%
33%
37%
Taxa Flutuante
19,13%
19,86%
14%
19%
Câmbio
4,02%
4,10%
3%
5%
Estrutura de vencimentos da DPF



Prazo Médio (anos)
4,32
4,41
4,3
4,5
Vida Média (anos)
6,47
6,57
-
-
% Vincendo em 12 meses    
28,00%
27,70%
21%
25%

A publicação completa, disponível para consulta na página https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/relatorio-mensal-da-divida, apresenta em detalhes as informações acima e outras relevantes sobre a Dívida Pública Federal, tais como perfil de detentores, custo médio, volumes de negociação dos títulos públicos no mercado secundário, os resultados do Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos para pessoas físicas pela internet, além de série histórica de diversas estatísticas.

Atenciosamente,

Gerência de Relacionamento Institucional
 

agosto 27, 2014

Crédito tem nova desaceleração


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O mercado de crédito apresentou a sexta contração consecutiva em de julho, perfazendo o maior período de queda da série histórica iniciada em março de 2007, considerando o comportamento em 12 meses. No mês passado, a taxa de expansão foi de 11,4%, também a menor da série histórica. O estoque de crédito ficou em R$ 2,835 trilhões ou o equivalente a 56,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na margem, foi registrado um breve avanço de 0,2% sobre junho, resultado puxado pelos bancos estatais, que foram os únicos a ampliar suas carteiras.
As instituições públicas ampliaram o crédito em 0,7%, para R$ 1,5 trilhão, e respondem por 53% do mercado. Os privados nacionais viram suas carteiras caírem em 0,2%, para R$ 919,246 bilhões, e os estrangeiros encolheram 0,7%, para R$ 416,088 bilhões.
E quem tomou crédito em julho foram a União, Estados e municípios, que ampliaram seu estoque de endividamento em 2,3%, enquanto o segmento privado cresceu apenas 0,1%, puxado, basicamente, pelo crédito imobiliário.
Olhando apenas os recursos livres, o crédito caiu 0,5% na passagem de junho para julho, para R$ 1,516 trilhão, primeira contração em seis meses. Em 12 meses, ainda há modesta alta de 5%. O crédito direcionado subiu 1% na margem, e cresce 19,8% em 12 meses, para R$ 1,319 trilhão.
E esse desempenho historicamente fraco do crédito não guarda relação com as medidas tomadas pelo Banco Central (BC) no fim de julho e na semana passada. A autoridade monetária liberou compulsórios e alterou fatores de ponderação de risco, desarmando as medidas macroprudenciais adotadas em 2010.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec/BC), Túlio Maciel, há algum efeito dessas medidas sobre o mercado de crédito, mas ele afirmou, mais de uma vez, que as medidas têm caráter mais regulatório, no sentido de normalizar as condições de crédito, do que dar um impulso ao mercado.
"Tem algum efeito no crédito, claro que tem, pode vir a ter, mas é um impacto moderado, mais específico em alguns segmentos. Está dentro do nosso cenário de evolução do crédito de 12% ao ano", disse.
Segundo Maciel, ainda assim, as medidas podem levar o BC a não revisar para baixo, novamente, a previsão de expansão do crédito de 12% em 2014. A revisão de projeções será feita em setembro.
Entre as medidas anunciadas pelo BC, estão estímulos específicos para o mercado de veículos e crédito consignado.
De acordo com Maciel, há alguns sinais preliminares de que houve melhora na concessão nesses segmentos, mas o BC não dispõe de dados. Em julho, o crédito para veículos caiu pelo sexto mês seguido, encolhendo 0,7% para R$ 185,204 bilhões Em 12 meses, o saldo acumula queda de 4,5%. A carteira de consignado subiu 1,2% no mês e 13,5% em 12 meses.
Segundo Maciel, o quadro geral para o mercado de crédito é de expansão em ritmo moderado, com inadimplência em patamar historicamente baixo.
O destaque negativo do mês foi o crédito para pessoas jurídicas com recursos livres, que caiu 1,1% no mês. "Há um componente sazonal para o crédito às empresas no mês de julho", disse, apontando que em julho do ano passado também foi observada uma redução. O saldo das carteiras de crédito para indústria, para o segmento rural, para o comércio e serviços apontou retração no mês passado.
Depois de breve recuo em junho, as taxas de juros voltaram a avançar. O juro médio total do sistema subiu a 21,4%, alta de 0,3 ponto percentual. Com recursos livres, a taxa para pessoa física foi a 43,2% nova máxima histórica.
O aumento dos juros ocorre apesar da queda no custo de captação dos bancos, que caiu pelo segundo mês, para 8,3% ao ano, menor desde outubro (8,2%).
Assim, o que explica a alta no custo do dinheiro para o tomador final são os spreads, que subiram a 13,1 pontos percentuais no mês passado, maior desde maio de 2012 (13,7 pontos). Para as pessoas físicas o spread foi de 19,4 pontos percentuais no mês passado, também o mais elevado desde maio de 2012 (19,8 pontos). Para as empresas o spread foi de 8,1 pontos, ante os 7,7 pontos em junho.
Desses dados pode-se inferir que embora emprestando menos, os bancos conseguem, em alguma medida, proteger suas margens de lucro, captando mais barato e cobrando mais do tomador na ponta do crédito. Tal percepção é reforçada pelo comportamento da inadimplência, que se manteve estável em 3% considerando a média do mercado. De fato, desde novembro do ano passado a taxa de calotes oscila entre 3% e 3,1%.
Considerando as operações de pessoas físicas com recursos livres, a taxa de calote foi de 6,6%, após 6,5% em junho. Essa taxa é a maior desde janeiro. Já as empresas mostraram inadimplência de 3,5% vindo de 3,4% no sexto mês do ano. A inadimplência total com recursos livres subiu de 4,8% para 4,9% no mês passado. No crédito com recursos direcionado, a inadimplência total se manteve em 1%.

Marina avança e acirra a disputa pela Presidência


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A pesquisa Ibope divulgada ontem à noite mostra um novo cenário na corrida eleitoral para a Presidência da República. Apenas duas semanas após a morte trágica do candidato Eduardo Campos, sua substituta, Marina Silva (PSB), já tem 29% das intenções de voto e supera Aécio Neves (PSDB) por dez pontos percentuais. Se as eleições fossem agora, Marina ainda teria menos votos que a presidente Dilma Rousseff (34%) no primeiro turno, mas em um eventual segundo turno entre as duas candidatas venceria por 45% a 36% do total dos votos.
Desde 1994, esta é a primeira vez que um candidato do PSDB pode ficar de fora dos dois primeiros lugares. Fernando Henrique venceu no primeiro turno nas eleições de 1994 e 1998, José Serra disputou e perdeu o segundo turno em 2002 e 2010, assim como Geraldo Alckmin, em 2006.

Sob o impacto do turbilhão Marina, o conselho da campanha de Dilma volta a se reunir hoje, no Palácio da Alvorada. Os aliados da presidente falam em "calma" e pedem "tempo para a poeira baixar". Nos bastidores, porém, não escondem o receio de que a "onda Marina" se confirme nas urnas. O "Volta Lula" pode ganhar força, caso ela mantenha o fôlego nas pesquisas.O avanço de Marina foi bem recebido pelo mercado financeiro. Com os rumores sobre a pesquisa, a BMF&Bovespa teve alta de 2,27% na segunda-feira e ontem o Índice Bovespa chegou a ultrapassar os 60 mil pontos - fechou em 59.821. Entre os empresários, no entanto, a preferência continua sendo por Aécio Neves. Ele teve 67,6% dos votos em enquete realizada pelo Valor, durante a entrega do prêmio "Valor 1000". Dilma teve 14,4% e Marina, 12,7%. Em um eventual segundo turno, considerados os votos desses empresários, Dilma perderia por larga margem, tanto para Aécio quanto para Marina.

Ontem à noite, antes do debate entre os candidatos na TV Bandeirantes, lideranças do PT e do PSDB afirmaram que não houve surpresa com o resultado da pesquisa Ibope, que atribuíram à comoção provocada pela morte de Campos. Roberto Amaral, presidente do PSB, disse que também não se surpreendeu. "É o mesmo patamar que Marina tinha nas pesquisas do começo do ano".

Surpresa: Oi quer comprar a TIM

Agenda do investidor para esta quarta-feira
Sondagem da Indústria (FGV): indicações sobre o estado geral da economia nacional e suas tendências. Índice de Preços ao Produtor: mede a evolução dos preços de produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria brasileira de transformação. EIA Petroleum Status Report: saldo semanal do estoque de barris de petróleo nos EUA.
Surpresa: Oi quer comprar a TIM
A Oi (OIBR4) comunicou ontem à noite, após o fechamento dos mercados, que contratou o banco BTG Pactual (BBTG11) para atuar como comissário e desenvolver alternativas para viabilizar proposta para a aquisição da participação detida indiretamente pela Telecom Italia (EU:TIT) na brasileira TIM Participações (TIMP3). As ações da Portugal Telecom (EU:PTC), que está em processo de fusão com a Oi, operam em alta de mais de 5% nesta manhã com a notícia. As ações da Oi fecharam em alta de 10,7% ontem no mercado brasileiro, antes da divulgação do fato relevante, maior valorização dentre os papéis que compõem o índice Ibovespa.

agosto 26, 2014

Decifrar para educar


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Impulso para gastar todo mundo já teve um dia. E para poupar? Com base no entendimento de que esse sentimento também é possível, a Nationwide Building Society, uma instituição financeira do Reino Unido, criou em junho deste ano o Impulse Saver. O aplicativo para celular permite que o cliente transfira dinheiro de sua conta corrente para a conta de investimentos a qualquer momento de forma muito simples, em segundos, sem sequer fazer login. Há opções de valores predefinidos muito baixos, a partir de 1,25 libra, o equivalente a cerca de R$ 4. O investidor assiste imediatamente às moedinhas, virtualmente, entrarem em um cofre em forma de porquinho.
O Impulse Saver foi criado com base em estudos comportamentais encomendados pela Nationwide. As pesquisas sugeriram que as naturezas instantânea e recompensadora do aplicativo criariam gatilhos que encorajariam e reforçariam a poupança. O exemplo foi citado pela professora Vera Rita de Mello Ferreira, doutora em Psicologia Social e autora do livro "A Cabeça do Investidor", no primeiro Encontro Brasileiro de Economia e Finanças Comportamentais. O evento, organizado pelo Núcleo de Finanças Comportamentais (NFC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), reuniu especialistas no tema na semana passada.
Desde que o termo psicologia econômica foi usado pela primeira vez, em 1881, pelo pensador francês Gabriel Tarde, passando pelo reconhecimento da importância do tema com a entrega do Nobel de Economia ao psicólogo Daniel Kahneman em 2002, o impacto de processos cognitivos e emocionais sobre a tomada de decisão foi discutido à exaustão na academia. Como, entretanto, transformar tantos estudos em práticas para ajudar as pessoas a tomarem decisões sobre seu dinheiro?
"Tem-se buscado nos últimos anos formas de aplicar esses conhecimentos. O que antes era papo de pesquisadores acadêmicos começou a ir para o mundo real", diz Vera Rita, referindo-se tanto às iniciativas lá fora como aqui. No Brasil, um exemplo é o Núcleo de Estudos Comportamentais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criado em abril último para subsidiar políticas educacionais da autarquia, do qual ela faz parte.
A psicologia econômica também ganhou espaço no material didático de Ensino Médio da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef). Os estudantes deparam-se nos livros com quadros vermelhos que alertam para ciladas envolvendo decisões econômicas. O tema integra ainda a capacitação de técnicos e conciliadores do Procon no programa de apoio ao superendividado. Uma das metas da psicologia econômica, segundo Vera Rita, é que as pessoas tomem decisões econômicas mais favoráveis a si mesmas. E, por isso, é natural que ela colabore cada vez mais com iniciativas que envolvam proteção e defesa do consumidor.
Dentre as ferramentas para que a educação financeira ajude na blindagem de vieses, Vera Rita diz acreditar no chamado "crowdsourcing", em que o conteúdo é desenvolvido de forma cooperativa, como ocorre na enciclopédia virtual Wikipédia. A professora sugere a criação de um ambiente em que investidores compartilhem situações em que estavam propensos a tomar uma atitude enviesada e que contem como as estratégias usadas no momento, ainda que simples como uma conversa com outras pessoas, evitaram as armadilhas. "Seria uma coleção de antídotos", diz Vera Rita.
Na hora de se comunicar com o investidor, os estudos apontam que ele tem fome de coerência, conforto cognitivo, diz Vera Rita. Por isso, a regra é informar em doses, em linguagem acessível e adaptada para cada segmento, seja por região, tribo ou idade. "E a informação tem que ser entregue no momento em que a pessoa está buscando: quando vai casar, ter filho, comprar um imóvel ou se preparar para a aposentadoria", diz.
Vera Rita afirma ter no momento duas obsessões. Uma é tentar transformar informações complexas necessárias ao investidor em "check list", já que listas costumam atrair a atenção. A outra é fazer vídeos de educação financeira nos moldes "Porta dos Fundos", canal de humor capitaneado pelo comediante Fábio Porchat que tem grande alcance na internet.
Foi na tentativa de incorporar as finanças comportamentais à pratica que o Itaú criou seu primeiro vídeo que realmente caiu nas graças da rede. Recebeu 2 milhões de acessos na internet, enquanto os de mais sucesso da casa costumam ter cerca de 200 mil visitas. O enredo era um modelo criado e patenteado pelo Itaú para ajudar o investidor a decidir quanto precisava poupar para a aposentadoria. Batizada de 1, 3, 6, 9, a regra de bolso ensina que, para uma velhice tranquila, é preciso ter acumulado um ano de renda até os 35 anos de idade, três anos até os 45, seis anos até os 55 e nove anos até os 65. No vídeo, em cada uma dessas etapas, eram despejadas bolas de sorvete em um liquidificador, que, no fim das contas, batia um milk-shake.
A criação da metodologia, fruto de um estudo de sete meses, teve como base o comportamento do investidor. "Para a maior parte das pessoas, a decisão mais importante não é onde investir, mas quanto. Conversar sobre hábitos de poupar é mais relevante", diz Martin Iglesias, superintendente de produtos de investimento do Itaú Unibanco, que teve a colaboração de Daniel Kahneman em sua dissertação de mestrado. "A análise do comportamento avançou demais, mas, quando pensamos no que de fato está incorporado no dia a dia, talvez seja pouco", afirma.
Iglesias defende que é preciso criar produtos, serviços e abordagens que realmente ajudem as pessoas a poupar. Experiências americanas podem ser replicadas, sugere, ao citar o programa "Keep the change", ou Fique com o troco, do Bank of America. Para quem opta pelo programa, todas as compras no cartão têm o valor arredondado, sendo que o complemento vai para a poupança. Ao comprar um sanduíche de US$ 5,25, por exemplo, US$ 0,75 são automaticamente investidos. "Esse produto tem quase 15 anos e ninguém conseguiu replicar. Nós já tentamos, mas é muito difícil", diz.
Educar o cliente ou criar ferramentas para forçá-lo a poupar divide os especialistas em finanças comportamentais. "A educação financeira leva muito tempo e às vezes uma solução de curto prazo é mais eficiente", defende Bernardo Fonseca Nunes, que cursa o Ph.D na Universidade de Stirling. Ele exemplifica com o programa de aplicação automática em fundos de pensão, que se tornou prática nos últimos anos no Reino Unido e na Nova Zelândia.
O plano parte do entendimento de que as pessoas tendem a evitar ou procrastinar escolhas complexas. Em vez de esperar uma atitude dos funcionários, a própria empresa faz suas inscrições, de tal forma que a pessoa precisa manifestar-se apenas se não tiver interesse no programa. Estudo do governo britânico para avaliar os resultados da política nos primeiros seis meses de aplicação, com 42 empresas, mostrou um aumento da participação dos empregados em fundos de pensão de 61% para 83%.
A educação financeira tem sua importância, mas vem depois da atitude, explica Nunes, para incentivar o investidor a destinar mais recursos para a previdência.
No Brasil, o arcabouço das finanças comportamentais foi transformado recentemente em processo de avaliação do perfil do investidor pela Guide Investimentos. Em uma parceria entre academia e mercado, Jean Sigrist, sócio da plataforma, discutiu o modelo com William Eid, à frente do NEC, da FGV. A principal referência foi o teórico das finanças comportamentais Michael Pompian.
Como a intenção era criar uma experiência agradável ao investidor, a Guide construiu um processo de abertura de conta automático, sem necessidade de envio de documentos. O tempo economizado com o cadastro, diz Sigrist, foi usado para conhecer o investidor, por meio de um questionário psicológico, e construir um portfólio que fizesse sentido. Não era uma boa ação, mas uma visão de negócio. "É muito difícil você criar uma vantagem competitiva hoje através do produto, que pode ser replicado no dia seguinte. Tem que fazer isso pela experiência do cliente", considera.
Para quem ainda pensa que a educação sobre produtos financeiros joga contra a indústria, um estudo também no âmbito das finanças comportamentais, realizada pela pesquisadora Frederike Budiner, mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), aponta para o contrário. Um experimento com 90 pessoas indicou que, quanto maior a quantidade de informação sobre crédito oferecida ao cliente, maior a tendência de ele optar por tomar os recursos. Provavelmente, concluiu Frederike, a transparência cria uma relação de confiança que propicia a realização do contrato. Vale para o crédito. Por que não para os investimentos?

Investimento em 2015 independe de resultado eleitoral


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Independentemente do resultado da eleição presidencial, o próximo ano deverá assistir a um aumento nos investimentos do setor privado, conforme empresários e executivos de grupos nacionais e estrangeiros reunidos ontem, em São Paulo, na cerimônia de entrega dos prêmios do anuário "Valor 1000", que aponta as empresas de melhor desempenho em 26 setores da economia.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, é um dos que esperam mais investimentos. "[A retomada] vem de qualquer forma no ano que vem", previu. Para ele, há um fluxo de investimentos em concessões que devem maturar em 2015. Além disso, "o agronegócio vai seguir como locomotiva do país".
Muitos dos cerca de 800 empresários e executivos presentes à cerimônia concordam, também, que seja quem for o eleito terá de adotar uma agenda de correções na economia. Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose, diz que qualquer um dos presidenciáveis - Dilma Rousseff, Aécio Neves ou Marina Silva - terá de fazer ajustes no chamado tripé da economia do país: câmbio, inflação e superávit primário. "Não há jeito. Terá de ser um ajuste ortodoxo", disse.O presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, disse que a empresa está "otimista, mas com os pés no chão". O Grupo Balbo, dono de três usinas de cana, pretende investir cerca de R$ 30 milhões em 2015, menos do que a média de R$ 78 milhões dos últimos anos. "Poderemos investir um pouco mais, dependendo de quem for eleito", disse Clésio Antonio Balbo.
Entre os dirigentes das 26 empresas premiadas, a opinião majoritária é de que o próximo presidente deve adotar como prioridade a reforma tributária. O segundo ponto são os investimentos em infraestrutura.
Em seu discurso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o "Valor 1000" evidencia a eficiência das empresas, mesmo em tempos adversos, citando o impacto muito negativo da seca do ano passado e deste ano e os mercados externo e interno mais retraídos. Para ele, frente à crise, o Brasil teve um bom desempenho na comparação com outros países do G-20, com desaceleração menor do que China e Índia.

Todos de olho nas pesquisas eleitorais

Agenda do investidor para esta terça-feira
IPC: Índice de Preços ao Consumidor mede a variação de preços para o consumidor na cidade de São Paulo com base nos gastos de quem ganha de um a vinte salários mínimos. INCC-M: índice que mede a evolução dos custos de construções habitacionais nas principais capitais do Brasil. Sondagem da Construção: conjunto de informações usadas no monitoramento e antecipação de tendências econômicas do setor. S&P Case-Shiller HPI: índice de preços de moradias referente ao mercado imobiliário residencial norte-americano. Nota de Política Monetária (BACEN): dados sobre a evolução dos agregados monetários (papel moeda, depósitos, câmbio entre outros) e operações de crédito do sistema financeiro. Consumer Confidence: índice que mede, por meio de entrevistas, a situação econômica atual e expectativa do consumidor norte-americano para o futuro próximo
Todos de olho nas pesquisas eleitorais
A maioria dos analistas de mercado ficará de olho nas próximas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial deste ano e que deverão sair nesta semana. Novos rumores apontam que Marina Silva, candidata pelo PSB, assumiu a liderança, deixando para trás a atual presidente Dilma Rousseff, ou pelo menos estaria bem à frente do candidato Aécio Neves do PSDB como preferência pelos eleitores. Esta noite será divulgada a pesquisa do Ibope encomendada pelo Jornal Nacional. Os analistas acreditam que os resultados das recentes pesquisas eleitorais tem contribuído para o movimento de alta no mercado acionário nos últimos meses.

agosto 25, 2014

MPF investiga Eike e executivos por divulgação inadequada de informação

O empresário Eike Batista é alvo de mais uma investigação pela divulgação de informações inadequadas sobre a OGX. O Ministério Público OFederal do Rio de Janeiro investiga eventual responsabilidade do empresário e outros sete executivos da petroleira na divulgação inadequada de informações ao mercado. A empresa está em recuperação judicial.

O processo administrativo, encaminhado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), trata de "possível divulgação inadequada de fatos relevantes no período de 2009 a 2012, bem como de fato relevante omisso em 13/03/2013, com o condão [intuito] de induzir investidores a erro".
De acordo com o Ministério Público Federal, a cópia do processo administrativo foi protocolada na semana passada e recebida pelo órgão nesta segunda-feira (25).
Se condenados, os executivos podem ter a suspensão do exercício do cargo de administrador ou de conselheiro fiscal de companhia aberta por até 20 anos, e serem multados em até R$ 500 mil.
Procurado pelo G1, o advogado de Eike Batista, Sergio Bermudes, disse esperar que o Ministério Público verifique que a conduta atribuída a Eike não se encontra tipificada como delito em nenhuma lei. "Espero que o Ministério Público, com a meticulosidade com que exerce habitualmente suas funções, verifique que não há crime nenhum. O crime não se supõe. A responsabilidade criminal depende de um fato, da autoria desse fato. E é preciso que a lei tipifique esse fato”, declarou o advogado.
G1 também tentou contato com a OGpar, nome atual da OGX, mas ainda não recebeu um posicionamento.
Processo
A CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda do Brasil responsável por disciplinar e fiscalizar o funcionamento do mercado de valores mobiliários e as companhias de capital aberto.

Em 16 de junho passado, foi aberto processo contra a OGX para apurar descumprimento de um artigo de instrução de número 08/79 que trata da “manipulação de preços no mercado de valores mobiliários”. Segundo a CVM, o artigo inclui “a utilização de qualquer processo ou artifício destinado, direta ou indiretamente, a elevar, manter ou baixar a cotação de um valor mobiliário, induzindo terceiros à sua compra e venda”.
Ainda na ação, a CVM apura desumprimento do artigo 14 da instrução 480/09, que diz que “o emissor deve divulgar informações verdadeiras, completas, consistentes e que não induzam o investidor a erro”, como mostrou a reportagem da Follha de São Paulo.

A investigação analisa se Eike teria divulgado informações sigilosas da empresa que pudessem influenciar o valor das ações e outros títulos da empresa tendo beneficiado ele ou outros, de acordo com artigo da Lei das Sociedades Anônimas. Também é verificada a negociação de ações por parte do empresário antes da divulgação de fato relevante da empresa, como apontado em artigo da Instrução nº 358, de 2002, da CVM.Outras ações
Em janeiro, a CVM abriu processo administrativo sancionador contra o empresário Eike Batista para investigar a administração dele na OGX.

O empresário é acusado em pelo menos outros cinco processos na comissão. Há outro em que Eike é investigado junto com diretores e membros do conselho da petrolífera também por descumprimento da Lei das S/A.

Cai ritmo de captação de PGBLs e VGBLs em julho


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A desaceleração da economia e a menor margem para poupança já começam a afetar a captação dos planos de previdência privada aberta. Pesquisa das consultorias NetQuant e Towers Watson, com 884 fundos do setor, mostra em julho um ritmo menor de crescimento do saldo de ingressos nas carteiras na comparação com o período imediatamente anterior. Foi a segunda queda consecutiva no fluxo, que já havia recuado em junho em relação à maio.
O primeiro mês do segundo semestre registrou captação líquida de R$ 1,13 bilhão, enquanto junho trouxe entrada positiva de R$ 2,85 bilhões. Marcelo Nazareth, sócio da NetQuant, vê efeitos da atividade econômica mais fraca nesses resultados, mas ressalta que, passado o susto de 2013, o fluxo de recursos em PGBLs e VGBLs deverá se manter positivo. "Acredito que vá diminuir a captação à medida que a economia está esfriando e o dinheiro para poupança deve diminuir, mas não vejo uma reversão [de fluxo]", afirma.
Para o superintendente de investimentos da Brasilprev, Altair Cesar de Jesus, a demanda crescente e o potencial de expansão do mercado podem compensar uma eventual margem menor de poupança decorrente de uma desaceleração econômica. "A quantidade de pessoas fora da previdência é muito grande e deve sustentar o crescimento da captação", diz o executivo.
A renda fixa continua como grande puxadora de aportes para os fundos que recebem recursos de planos PGBL e VGBL. No mês passado, as carteiras do gênero receberam R$ 1,32 bilhão. Os multimercados também conseguiram manter um fluxo positivo, mas bem mais modesto, de R$ 85,5 milhões.
Na renda variável, a sangria se manteve, embora com menor força na comparação aos períodos anteriores. Os fundos com até 15% de participação em bolsa tiveram saídas líquidas de R$ 81,7 milhões. As carteiras com até 30% de ações registraram saldo negativo de R$ 95 milhões, enquanto aquelas com o máximo permitido pela legislação atual, de até 49%, apresentaram recuo de R$ 90,6 milhões no fluxo de recursos em julho.
As saídas líquidas nos fundos que têm fatias em renda variável contrastam com o bom momento do Índice Bovespa, que ocupou o topo do ranking de julho entre as maiores rentabilidades. O principal indicador da bolsa conseguiu uma alta de 5% no mês passado e já acumula um retorno de 8,39% em 2014 até o mês passado.
Com a subida da bolsa, as carteiras com maior participação de renda variável registraram a melhor performance em julho. O ganho médio alcançou 2,53%. Os fundos com até 30% obtiveram uma rentabilidade líquida média de 1,82% e os portfólios com até 15% de ações renderam 1,38%, já descontada a taxa de administração. Segundo Cesar de Jesus, da Brasilprev, "quando se tem um ambiente de estabilidade de taxa de juros faz sentido tomar um risco um pouco maior". No entanto, como a visão de curto prazo ainda prevalece, mesmo em um produto com foco no longo prazo, a captação das carteiras com participação em bolsa acaba prejudicada.
O investidor está mais cauteloso segundo Julio Callegari, chefe da área de renda fixa da gestora do J.P. Morgan. Ele tem observado uma entrada de recursos nas carteiras de previdência geridas pela casa menos expostas a títulos de longo prazo, os mais voláteis. No ano passado, os fundos que carregavam esse tipo de papel tiveram o desempenho bastante prejudicado pela alta no juro. "O investidor está mais preocupado em evitar o estresse", afirma. De acordo com o gestor, os fundos de previdência mais conservadores têm recebido tanto dinheiro novo quanto recursos provenientes de portabilidade.
Em termos de rentabilidade, Nazareth, da NetQuant, considerou julho "um mês neutro para a renda fixa". Segundo o especialista, "todos os indicadores ficaram bem próximos ao CDI [Certificado de Depósito Interfinanceiro, referencial de aplicações conservadoras]". Os fundos de renda fixa tiveram retorno líquido médio de 0,81% ante 0,94% do CDI no mês.
Já em 2014, ninguém bate as NTN-Bs, títulos públicos que pagam a variação do IPCA mais uma parcela fixa de juro. O IMA-B, que reflete a variação de uma cesta de NTN-Bs de vencimentos variados, subiu 10,75% no ano até julho. (Colaborou Luciana Seabra)



Preço e crédito reanimam mercado de carros usados


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Enquanto o mercado de carros novos encolhe, o de usados acelera. De janeiro a julho, foram vendidos 5,57 milhões de veículos usados, um avanço de 5,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as vendas no segmento de carros novos recuaram 8,3%, com 1,87 milhão de unidades comercializadas.
Três razões explicam o descompasso entre os dois mercados. A primeira é que os preços dos carros novos subiram graças à obrigatoriedade de inclusão de itens como airbags e freios ABS. Além disso, tem sido mais fácil obter crédito para a compra de carros usados. Os bancos aumentaram os índices de aprovação desse tipo de financiamento.
No acumulado do ano até julho, foram desembolsados R$ 41,24 bilhões em crédito para compra de veículos usados, aumento de 1% em relação ao ano anterior. O dado inclui não só os automóveis, mas também as motos e os veículos pesados. No caso dos empréstimos para aquisição de carros novos, houve queda de 11,67% no mesmo período, segundo dados da Cetip, central que registra as garantias das operações de crédito.A terceira razão é que a baixa confiança do consumidor na economia tem favorecido o avanço do veículo seminovo. "Houve uma redução na demanda por crédito devido ao baixo crescimento do país. As pessoas estão procurando financiar valores menores, o que favoreceu os usados", explica João Teixeira, presidente do Banco Votorantim, líder do financiamento de veículos usados.
Apesar do melhor desempenho, o comércio de usados está longe do período áureo do setor, em 2008, quando a proporção de carro usado para cada novo financiado era de 2,9, enquanto hoje é de apenas 1,5.

Eike: CVM processa empresário por excesso de otimismo

Agenda do investidor para esta segunda-feira
Relatório Focus (Banco Central): Relatório semanal com as projeções econômicas do mercado com base em consulta a aproximadamente cem instituições financeiras. New Home Sales: número de casas novas contruídas dentro do mês nos EUA. Balança Comercial (MDIC): Saldo da Balança Comercial brasileira na semana.
Eike: CVM processa empresário por excesso de otimismo
O jornal Folha de S.Paulo noticiou nesta manhã que a Comissão de Valores Mobiliários vai processar o empresário Eike Batista e mais sete executivos da OGX PETRÓLEO (OGXP3) pela divulgação de boletins considerados muito otimistas, mas omissos sobre a condição real da companhia. Ainda segundo a Folha, o relatório da investigação da CVM foi encaminhado ao Ministério Público Federal por trazer indício de crime de manipulação de mercado por alguns dos executivos da companhia.

agosto 22, 2014

COMUNICADO AO MERCADO AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA RELEVANTE

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COMUNICADO AO MERCADO
AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA RELEVANTE
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2014 - A HRT Participações em Petróleo S.A.  (a "Companhia" ou "HRT") (BM&FBOVESPA: HRTP3, TSX-V: HRP), atendendo ao disposto no Artigo 12, parágrafo 4º, da Instrução CVM 358/02, informa que recebeu, em 21 de agosto de 2014, correspondência do Morgan Stanley, por meio de suas subsidiárias, Morgan Stanley Uruguay Ltda., Caieiras Fundo de Investimento Multimercado e Morgan Stanley Smith Barney LLC, informando que, em 20 de agosto de 2014, atingiram um total de 1.685.820 ações ordinárias de emissão da HRT, equivalentes a 5,7% do capital social da Companhia, significando um aumento de 215.275 ações em relação à última posição do Morgan Stanley de 4,94% do capital social da Companhia, divulgada em Comunicado ao Mercado de 20/8/2014. 
O Morgan Stanley declara que a aquisição da participação acima mencionada não busca alterar a composição do controle, funcionamento ou ainda estrutura administrativa da Companhia.
Clique aqui para acessar o Comunicado ao Mercado.
Para informações adicionais, entre em contato com a Área de Relações com Investidores da HRT.
Sobre a HRTA HRT, através de suas subsidiárias, detém 60% de participação e é também operadora do Campo de Polvo, localizado na porção sul da Bacia de Campos, a 100 km a leste da cidade de Cabo Frio, Rio de Janeiro. A HRT é a 7ª maior operadora de campos em termos de produção diária de barris de óleo equivalentes do país, com 20.3º API, por meio de três reservatórios produtores. A HRT é proprietária, através de suas subsidiárias, da plataforma fixa "Polvo A" e de uma sonda de perfuração de 3.000 HP que operam no campo, estando a plataforma interligada ao navio "FPSO Polvo" que tem capacidade para separação de hidrocarbonetos e tratamento de água, estocagem e transferência de óleo. A licença do Campo de Polvo cobre uma área de aproximadamente 134 km2 com vários prospectos para futuras explorações. Adicionalmente, a HRT possui 55% de participação e é operadora em 19 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões, sendo também operadora em dez blocos exploratórios na costa da Namíbia nas sub-Bacias de Orange e de Walvis. A HRT está comprometida em minimizar os possíveis impactos ambientais nos locais onde atua. O compromisso com as comunidades locais passa pela redução dos impactos das operações nas condições de saúde, segurança e qualidade de vida. Para mais informações acesse o site: www.hrt.com.br/ri.

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