abril 30, 2013

OGX muda estatuto para elevar seu capital social



A decisão foi pela ampliação do capital social para R$ 9,058 bilhões, divididos em 3,2 bilhões de ações ordinárias


Funcionários da OGX
Esse programa diz respeito à possibilidade de subscrição ou compra de ações da empresa por membros do Conselho de Administração, pela diretoria e empregados
Rio de Janeiro - A petroleira OGX, do empresário Eike Batista, aprovou, nesta segunda-feira, 29, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), alterações no seu estatuto social para comportar aumentos no capital social já definidos pela diretoria. 
A decisão foi pela ampliação do capital social para R$ 9,058 bilhões, divididos em 3,2 bilhões de ações ordinárias.
Durante a assembleia, foram aprovadas também alterações no Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia.
Esse programa diz respeito à possibilidade de subscrição ou compra de ações da empresa por membros do Conselho de Administração, pela diretoria e empregados.
Uma série de pequenas mudanças atrela o plano às condições previstas em contrato, em detrimento das decisões do Conselho de Administração, que, pelo modelo anterior, possuía mais poder de definição das condições de cada plano.

Justiça aceita penhora de recebíveis de cartão



Silvia Costanti/Valor / Silvia Costanti/Valor
Eduardo Kiralyhegy: há chances de o STJ determinar que a penhora de recebíveis ocorra apenas excepcionalmente
A ofensiva da União a empresas devedoras de tributos, por meio da penhora de valores obtidos com vendas efetuadas com cartões de crédito, tem sido, na maioria das vezes, aceita pelo Judiciário. Um levantamento feito pelo escritório Negreiro, Medeiros & Kiralyhegy Advogados, a pedido do Valor, mostra que há 45 decisões de turmas dos Tribunais Regionais Federais (TRFs) sobre o tema.
Do total de julgamentos, 30 autorizaram a penhora de recebíveis de cartão de crédito. Mas 13 decisões só admitiram a medida em casos excepcionais, quando já esgotados outros meios de garantir o pagamento do débito. O Grupo Fernando Marcondes, do Costão do Santinho Resort, em Florianópolis, a Spananberg Comércio de Calçados, uma franquia da Datelli, e a rede catarinense de supermercados Imperatriz já foram alvo da modalidade de penhora. (leia mais abaixo)
Quando não encontram recursos em contas bancárias, por meio programa de bloqueio on-line do Banco Central - o Bacen-Jud -, muitos procuradores federais têm partido para a penhora dos valores a receber de cartões de crédito. Eles alegam que os valores repassados pelas operadoras de cartão podem ser classificados como dinheiro, primeiro item da lista de bens penhoráveis prevista na Lei de Execuções Fiscais (n º 6.830, de 1980) e no Código de Processo Civil (Lei nº 5.869, de 1973).
Com essa argumentação, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) conseguiu bloquear nas operadoras de cartão de crédito R$ 12,3 milhões de grandes varejistas nos últimos dois anos. A estratégia também foi incorporada pela Procuradoria-Geral Federal (PGF) - órgão vinculado à Advocacia-Geral da União (AGU) - para a cobrança de parte dos cerca de R$ 40 bilhões devidos às 155 autarquias e fundações públicas federais. O uso específico desse meio de recuperação de valores ainda deverá ser analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o levantamento, ainda são poucas as decisões de turma nos Tribunais Regionais Federais, com exceção da 4ª Região, no Sul do país, que conta com 36 acórdãos e começou a flexibilizar o uso desse meio. No TRF da 1ª Região, com sede em Brasília, há apenas uma decisão, que nega o uso da penhora. No TRF da 2ª Região, no Rio de Janeiro, ainda não há julgados sobre o tema. Das quatro decisões do TRF 3ª Região, em São Paulo, três são desfavoráveis aos contribuintes. No TRF da 5ª Região, com sede em Recife, todas as quatro decisões existentes são a favor do Fisco.
Na 4ª Região, onde se concentra a maioria dos casos, há quatro correntes distintas, segundo o advogado Eduardo Kiralyhegy, que coordenou o levantamento. Os juízes só admitem o uso desse meio, sem ressalvas, em quatro decisões, nas quais eles entendem que a penhora equivale a dinheiro e, portanto, figura em primeiro lugar na ordem de preferência. Em outros seis acórdãos, os juízes apesar de entenderem que a penhora é perfeitamente possível, estabelecem ser necessário ter havido uma tentativa de penhora anterior frustrada.
"Embora a maioria das decisões reconheça a possibilidade da medida, em muitos casos o TRF da 4ª Região tem se posicionado no sentido de que seu uso deve ser adotado com cautela", diz Kiralyhegy. Nesse sentido, há 13 decisões que entendem ser possível a utilização desse meio, desde que atendidos os requisitos fixados pelo STJ para a penhora de faturamento. Há ainda 13 decisões que rejeitam o uso dessa penhora por falta de amparo legal.
Para o advogado, com o amadurecimento da discussão, há chances de o STJ - responsável por dar a palavra final sobre o tema - determinar que a penhora de recebíveis ocorra apenas excepcionalmente.
Essa é a mesma opinião do advogado Aroldo Joaquim Camillo, do A J Camillo Filho Advogados, que assessora companhias nessa situação, entre elas a Santinho Empreendimentos Turísticos. Para ele, o STJ deve tomar por analogia a sua jurisprudência com relação à penhora de faturamento e só deverá admitir a penhora de recebíveis quando não houver outro bem a oferecer.
A coordenadora-geral de cobrança e recuperação de créditos da Procuradoria-Geral Federal, Tarsila Ribeiro Marques Fernandes, afirma que esse tipo de penhora tem sido um meio bastante efetivo de cobrança e que, como equivaleria à penhora em dinheiro, está em primeiro lugar na lista de prioridades para satisfazer a execução. Ela acrescenta que após a edição da Lei nº 11.382, de 2006, não é necessário mais esgotar outros meios de cobrança para pedir a penhora em dinheiro ou em recebíveis de cartão de crédito. Para ela, caberá ao STJ definir de vez a questão em recurso que já aguarda julgamento desde 2011. Procurada pelo Valor, a PGFN preferiu não se manifestar.

Conta no exterior pode ter quebra de sigilo automática



Andrew Harrer/Bloomberg
Conta no exterior pode ter quebra de sigilo automática
O Brasil participa na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de projeto que pretende impor a troca automática de informação bancária de clientes no mundo todo, em que os bancos serão obrigados a facilitar o acesso aos dados pelos fiscos nacionais.
Além do Brasil, China, Índia e Rússia participam com os 34 países da OCDE do "sub-grupo de especialistas sobre assistência administrativa mútua", que faz o projeto para reforçar o combate à evasão fiscal e ao segredo bancário de paraísos como Suíça e Ilhas Caiman.
Na União Europeia, a Áustria e Luxemburgo eram os dois únicos países que ainda se recusavam a revelar a identidade de detentores de contas de outros europeus em seus bancos. Mas, no fim de semana, os dois cederam e anunciaram que vão aceitar a troca automática de informações com os outros países europeus.
É nesse cenário de pressão crescente, com os governos precisando desesperadamente de recursos, que na OCDE uma plataforma multilateral, portanto mais ampla, vai permitir a troca automática de informações, com normas técnicas e dados detalhados. Ela deverá estar pronta até o fim do ano. O objetivo é que o projeto esteja em pleno vigor até 2015.
Hoje, um país precisa apresentar ao parceiro uma série de informações detalhadas, como nome do cliente e o estabelecimento bancário, para obter ajuda num caso particular de alguém acusado de evasão fiscal. Com a troca automática de informação entre os fiscos nacionais, a necessidade prévia de dados acaba. Se um cliente brasileiro deposita dinheiro num banco suíço, a instituição estará obrigada, na teoria, a informar o fisco brasileiro.
O projeto da OCDE é uma exigência do G-20, grupo que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes. O plano é tornar regra geral o que os Estados Unidos já resolveram impor sozinhos a outros países.
Washington quer impor a bancos do mundo inteiro, a partir de janeiro de 2014, seu "Foreign Account Tax Compliance Act". Pelo Fatca, todas as instituições financeiras devem declarar ao fisco americano os movimentos de uma conta detida por um cidadão americano - desde que a conta supere US$ 50 mil, o banco deve apresentar um relatório detalhado dos fluxos de fundos. Um banco pode se recusar a se submeter ao Fatca. Mas, nesse caso, todas as suas atividades nos EUA serão submetidas a um imposto na fonte de 30% ou a instituição pode até mesmo perder a licença bancária no país.
Um relatório recente do G-20 nota que a transferência rotineira de dados bancários entre fiscos nacionais permite "educar os contribuintes" para cumprirem seu dever fiscal.
Estima-se que cerca de US$ 1,6 trilhão escape a cada ano dos fiscos. Outro desafio dos países é fechar a brecha deixada para multinacionais para pagar menos imposto, usando paraísos fiscais.

Agenda do investidor para esta terça-feira / É hoje: Itaú, Ambev, Oi, MMX e outras apresentam resultados


No mercado nacional a FGV divulga a Sondagem da Indústria que fornece indicações sobre o estado geral da economia nacional e suas tendências. O Banco Central publica a Nota de Política Fiscal com os dados sobre o montante e composição da dívida pública federal. Nos EUA a S&P divulga o Índice de Preços de Moradias S&P/Case-Shiller referente ao mercado imobiliário residencial norte-americano. O Departamento do Trabalho apresenta o Índice de Custos Trabalhistas. A Conference Board divulga a Confiança do Consumidor, índice que mede, por meio de entrevistas, a situação econômica atual e expectativa para o futuro próximo.
É hoje: Itaú, Ambev, Oi, MMX e outras apresentam resultados
Uma grande quantidade de empresas listadas na BM&FBOVESPA apresentou ontem à noite, após o fechamento do mercado, ou agora pela manhã os resultados operacionais referentes aos primeiros três meses de 2013. Uma concentração tão grande de resultados de empresas que possuem tanto peso no índice Ibovespa pode mexer com o humor dos investidores. Os destaques se encontram logo abaixo, em nossa seção de Notas Gerais. Confira.

abril 26, 2013

Agenda do investidor para esta sexta-feira /Usiminas: Prejuízo dispara em 230%


No Brasil o Banco Central publica a Nota de Política Monetária com os dados sobre a evolução dos agregados monetários (papel moeda, depósitos, câmbio entre outros) e operações de crédito do sistema financeiro. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPP (Índice de Preços ao Produtor) que mede a evolução dos preços de produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria brasileira de transformação. Nos EUA o Departamento do Comércio divulga o a prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre. A Universidade de Michigan/Reuters apresenta a Confiança do Consumidor, índice que revela a confiança e expectativa do consumidor em relação à economia em geral.
Usiminas: Prejuízo dispara em 230%
A Usiminas (USIM5) anunciou agora pela manhã o resultado das operações do primeiro trimestre de 2013 (1T13). No período a siderúrgica registrou prejuízo de R$ 123 milhões, um crescimento de mais de 230% em comparação com o prejuízo do mesmo período do ano passado. O volume de vendas de produtos siderúrgicos atingiu 1,6 milhão de toneladas, sendo 1,2 milhão de toneladas para o mercado interno, um aumento de 1,5% na comparação com os último três meses de 2012. Para os próximos meses, a companhia estima que o comportamento instável da produção industrial deverá persistir: pressões de custos, competição com importados e cautela do empresário industrial em realizar novos investimentos.

abril 25, 2013

GFGF
 

-AMBIENTE MACROECONÔMICO
Mundo
Em março, o acordo oferecido ao Chipre pela União Europeia estipulou, entre outros, importante contribuição dos depósitos para a recapitalização dos dois principais bancos, sugerindo a possibilidade da utilização do instrumento em eventuais novos resgates dentro da zona do euro. Entendemos que o precedente estabelecido é negativo, embora não observemos a necessidade iminente de auxílio a nenhum país.

Nos EUA, os dados indicam bom desempenho da atividade, apesar do ajuste fiscal em curso.

Por fim, na Ásia, a produção industrial vem mostrando certa acomodação neste trimestre.

Mantemos o nosso cenário, acreditando em crescimento global moderado, com viés de alta, e baixo risco de ruptura.


Brasil
Os índices de preços continuaram a se deteriorar, mesmo com a redução nas tarifas de energia elétrica exercendo a maior parte de seu impacto deflacionário no indicador divulgado no último mês. Esta dinâmica levou o governo a anunciar nova desoneração, desta vez sobre itens da cesta básica, visando afetar a inflação no curto prazo. Apesar de a surpresa inflacionária ter levado o Banco Central a elevar substancialmente suas previsões de inflação para este ano, sua comunicação aponta um ciclo de aperto monetário apenas modesto e cujo início não seria iminente. Dada a atual estratégia do governo, esta atuação seria complementada, eventualmente, por desonerações adicionais nos próximos meses.

O mercado de juros seguiu com grande volatilidade em virtude das incertezas quanto à atuação do Banco Central em cenário de inflação alta e retomada tímida da atividade.

Após novamente testar o nível de BRL 1.95/USD, o Banco Central interveio pela 3ª vez, definindo um piso informal para a moeda estrangeira. Os dados do balanço de pagamentos continuam se deteriorando, com a balança comercial acumulando, no primeiro trimestre, um saldo deficitário de USD 5.1 bilhões. Acreditamos que a moeda brasileira deverá continuar operando no intervalo de 1.95/2.05, mesmo com a piora dos fundamentos, uma vez que a autoridade monetária não irá permitir desvalorizações mais fortes da moeda para não prejudicar as expectativas inflacionárias.

OGX admite conversas em “fase prematura” com outras empresas


Comunicado é resposta a rumores sobre eventual venda de parte da petroleira de Eike Batista

Santander Brasil sofre queda de 29,5% no lucro do 1º tri


Banco divulgou lucro de R$ 609 milhões no primeiro trimestre do ano


Antonio Milena/EXAME
Santander
Santander: índice de inadimplência de operações de crédito apresentou alta de 1% no período
São Paulo - O Santander Brasil divulgou nesta quinta-feira queda de 29,6 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre sobre o mesmo período de 2012, em meio a aumento de provisões para perdas com crédito e elevação da inadimplência.
A unidade brasileira do banco espanhol divulgou lucro líquido de 609 milhões de reais para os três primeiros meses do ano, comparado a resultado positivo um ano antes de 865 milhões de reais.
Em termos recorrentes, o resultado positivo da instituição somou 1,519 bilhão de reais, quedas de 14,4 por cento na comparação anual e de 5,5 por cento sobre os três últimos meses de 2012. Analistas, em média, estimavam lucro recorrente de 1,33 bilhão de reais para o Santander Brasil.
O resultado foi divulgado depois que o banco informou na véspera troca de comando, com a saída de Marcial Portela da presidência e entrada de Jesús Zabalza.
O banco apurou crescimento anual de 6,2 por cento na carteira de crédito, para 211,7 milhões de reais, mas as provisões para perdas com calotes subiram 9,1 por cento, para 3,37 bilhões de reais.
Enquanto isso, o índice de inadimplência de empréstimos vencidos há mais de 90 dias subiu 1 ponto percentual, para 5,8 por cento, ficando também acima do indicador do quarto trimestre, de 5,5 por cento.
Na segunda-feira, o Bradesco divulgou aumento de 4,5 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, para 2,919 bilhões de reais, com alta de 11,6 por cento na carteira de crédito e inadimplência praticamente estável em 4 por cento.
O Santander registrou ainda uma queda de 5,2 por cento na margem financeira bruta, para 7,66 bilhões de reais, enquanto o índice de retorno sobre o patrimônio líquido, excluindo ágio, recuou de 14,6 no primeiro trimestre de 2012 para 12 por cento no fim de março.
Já as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 9,1 por cento sobre um ano antes, para 2,699 bilhões de reais, enquanto as despesas gerais ficaram praticamente estáveis, em 3,891 bilhões.

Agenda do investidor para esta quinta-feira


O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), conjunto de dados sobre a força de trabalho que permitem avaliar as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de trabalho. O Banco Central publica a Nota de Mercado Aberto com as informações sobre as operações com títulos públicos federais. Nos EUA o Departamento do Trabalho divulga os Pedidos de Seguro-Desemprego semanal.
Bilhões: Vale reverte prejuízo e anuncia lucro bilionário
A Vale (VALE5) publicou ontem à noite, após o fechamento do mercado o resultado de suas atividades no primeiro trimestre de 2013 (1T13). A companhia teve um desempenho financeiro sólido segundo os administradores da companhia, com aumento do lucro operacional, margem operacional, lucro líquido e geração de caixa. Revertendo o prejuízo de R$ 5,6 bilhões do último trimestre de 2012, o lucro líquido foi de R$ 6,2 bilhões no trimestre, uma queda de 7,6% na comparação anual. A receita operacional caiu 12,9% no trimestre, para R$ 22,3 bilhões, em função de menor volume de vendas. Mesmo assim, a companhia conseguiu manter os embarques de minério de ferro acima do nível do primeiro trimestre de 2012, usando os estoques de sua rede de distribuição global. Considerando as vendas por país, a China foi o maior cliente, com participação de 39,6% da receita total no trimestre, seguida pelo Brasil com 18,8% e Alemanha com 6,1%.

abril 23, 2013

OGX dispara: Chegou a salvação?


As ações da OGX Petróleo (OGXP3) subiram 18,4% ontem, a maior valorização do índice Ibovespa, após novos rumores apontarem a petrolífera russa Lukoil (USOTC:LUKOY) como a salvação da companhia. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a companhia russa estaria interessada em comprar 40% da OGX, investimento que desafogaria o caixa da companhia e traria mais experiência na exploração de petróleo em alto mar. Até o começo do dia, a OGX não havia se manifestado sobre os rumores, mas eventualmente terá que se pronunciar, caso a CVM julgue atípica a oscilação no preço das ações da companhia.

abril 22, 2013

São Paulo, 22 de Abril de 2013
Resultados e Teleconferências do 1T13
Prezado (a) Senhor (a),
O Banco Bradesco (BM&FBOVESPA: BBDC3, BBDC4; NYSE: BBD, BBDO e Latibex: XBBDC) anuncia hoje seus resultados referentes ao 1º trimestre de 2013. Consulte o Press Release anexo para conferir os principais destaques. As Demonstrações Contábeis completas estão disponíveis no Site de Relações com Investidores -bradesco.com.br/ri.
Nesta terça-feira, 23 de Abril, o Bradesco realizará suas teleconferências:
Teleconferência em Português 
Terça-feira 23 de abril de 2013 
09h00 (horário de Brasília)

Brasil: (11) 4688-6361 ou (11) 2104-8901
Internacional: +55 (11) 4688-6361 ou +55 (11) 2104-8901
Código da Teleconferência: BRADESCO
Teleconferência em Inglês
Terça-feira 23 de abril de 2013 
11h00 (horário de Brasília)

EUA: +1 (866) 262-4553
Internacional: +1 (412) 317-6029
Brasil: +55 (11) 4688-6361 ou +55 (11) 2104-8901
Código da Teleconferência: BRADESCO
Durante o período de 23 de Abril a 29 de Abril de 2013, o replay do áudio das teleconferências estará disponível, pelos telefones: +55 (11) 4688-6312, Código da Teleconferência: 7871952 (evento em português), e +55 (11) 4688-6312, Código da Teleconferência: 7912454 (evento em inglês), ou no Site de Relações com Investidores do Bradesco, cerca de duas horas após o término dos eventos.
Atenciosamente,
Banco Bradesco S.A. 
Paulo Faustino da Costa
Diretor Departamental
Dúvidas ou mais informações entrar em contato com o DRM - Departamento de Relações com o Mercado
+55 (11) 2178-6201.

Bradesco lucra R$ 2,9 bi
O banco Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,94 bilhões primeiro trimestre de 2013 (1T13), alta de 3,4% na comparação anual. O valor ficou em linha com o esperado pela maioria dos analistas do mercado. O lucro foi composto por R$ 2,01 bilhões provenientes das atividades financeiras e por R$ 930 milhões gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização. Os ativos totais, em março de 2013, registraram saldo de R$ 894,4 bilhões, um crescimento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Poupança x Fundo DI


 Neste cenário, muitos investidores ainda se perguntam qual a melhor alternativa para alocar aqueles recursos que podem ter de ser resgatados em emergências de curto ou médio prazos, ou seja, exigem liquidez e previsibilidade de ganhos. Especialistas ouvidos pelo Valor observam que, num ambiente de expectativa de novas elevações de juros e com a inflação ainda alta, aplicações pós-fixadas tendem a tornar-se um pouco mais atraentes, porém, é essencial que tenham custo baixo.



Durante o ciclo de corte de juros, o que os números mostram é que o investidor buscou a comodidade e foi para a poupança. A captação de quase R$ 50 bilhões da caderneta no ano passado foi recorde absoluto, enquanto fundos DIs atraíram apenas R$ 6,4 bilhões.
Quase um ano depois da mudança das regras que reduziram sua remuneração (para 70% da Selic sempre que a taxa estiver em 8,5% ou abaixo disso), a caderneta continua sendo a preferência nacional. Além dos R$ 50 bilhões do ano passado, atraiu mais R$ 12,5 bilhões este ano (até 15 de abril), enquanto os fundos DI amargam saques líquidos de R$ 7,8 bilhões.
Para Édilo Valadares, diretor-executivo de pessoa física da Caixa, o fluxo de recursos mostra que a população compreendeu rapidamente a nova regra. "Como é isenta de tributos e não cobra taxas de administração, a remuneração da poupança é bastante atrativa", diz o diretor da Caixa. Este ano, até dia 18, a caderneta registra captação líquida de R$ 4,2 bilhões na Caixa.
Mais do que um entendimento - e aceitação das novas regras -, o que a forte captação da poupança indica é que o investidor de varejo ainda não descobriu o mundo dos fundos DI com taxa de administração menor. Em plataformas de corretoras de valores e butiques de investimento, é possível encontrar fundos com aplicações iniciais baixas e taxas reduzidas. "A poupança pode até ser uma opção para valores muito pequenos, mas para o dinheiro de emergência, que não pode correr riscos, é preciso pensar num fundo DI com taxa inferior a 1%", diz Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos.
Pelos cálculos do economista Marcelo d'Agosto, do blog "O Consultor Financeiro", no portal Valor, com a Selic a 7,5%, para que o fundo DI seja mais vantajoso que a poupança num prazo de seis meses a um ano é preciso que o fundo cobre taxa de administração inferior a 0,94%. O problema é que a taxa média de administração dos fundos DI de varejo está em 1,26%, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Quando se relaciona a taxa de administração média com a aplicação mínima inicial, os dados da Anbima mostram que é preciso investir pelo menos R$ 25 mil de uma só vez para conseguir um fundo que cobre menos de 1% ao ano.
Isso não significa que o investidor conservador, que não abre mão da segurança, não consiga encontrar aplicação mais atraente que a poupança. Afinal, se a taxa média do fundo para o varejo é de 1,26% é porque existem fundos que cobram menos que isso. Levantamento da distribuidora de fundos Órama com base nos dados da Anbima mostra, por exemplo, que 42% dos fundos DI com aplicação inicial de até R$ 5 mil têm taxa de administração igual ou inferior a 0,5% ao ano. A seleção considerou fundos abertos e não exclusivos. Segundo a Anbima, no ano passado 18 fundos DI de varejo reduziram a taxa de administração e 22 diminuíram a aplicação inicial.
Bittencourt, da Apogeo, lembra que, além da rentabilidade reduzida, também a caderneta tem data de aniversário para os rendimentos mensais e sacar antes dela resulta em rentabilidade menor. Vale a pena, portanto, fazer as contas e buscar aplicações conservadoras que sirvam de alternativa para a caderneta. O dilema vale, contudo, apenas para recursos novos ou para o dinheiro que foi aplicado na poupança após a mudança na remuneração. Se a opção do investidor é por uma aplicação conservadora, recursos que estavam na caderneta antes da mudança da regra não devem ser redirecionados, avaliam os especialistas.
Guilherme Horn, presidente da Órama, vê como natural a atração que a caderneta exerce sobre o pequeno investidor brasileiro. A poupança, diz Horn, é sinônimo de aplicação simples, cômoda e segura. "O ser humano é avesso à mudança. E pôr dinheiro na poupança é um comportamento automático no Brasil. Mas isso já está começando a mudar", diz.
Segundo Horn, a redução da taxa de juros, aliada à mudança na remuneração da caderneta, desencadeou um processo de conscientização do investidor sobre os custos das aplicações financeiras. De meados do ano passado para cá, o que mais as pessoas perguntavam, diz Horn, era qual a taxa máxima que um fundo DI poderia cobrar para superar a poupança. "As pessoas passaram prestar atenção às taxas de administração, algo que não acontecia antes, porque o juro elevado dava um ganho alto sem esforço", afirma o presidente da Órama, que oferece um fundo DI com taxa de administração entre 0,30% e 0,50%.
O investidor pode encontrar fundos com custos abaixo da média do mercado em corretoras de valores. Na plataforma de distribuição da XP Investimentos, há cinco fundos DI com aplicação mínima abaixo de R$ 5 mil e taxas inferiores a 0,40%. Na corretora SLW e na CGD Securities, o investidor encontra um fundo referenciado DI, o BTG Pactual Yield Crédito Privado, com aplicação mínima de R$ 3 mil e taxa de administração que varia entre 0,30% e 1%. Na CGD também há um referenciado DI, da Mapfre Investimentos, com taxa de 0,30% e barreira de entrada baixa (apenas R$ 500). A Coinvalores tem um DI com taxa de 0,60% e aporte inicial R$ 5 mil. Opções conservadoras à caderneta de poupança, como se vê, existem. Basta o investidor correr atrás.

Hyundai tem ambição de ficar entre as líderes no país



Regis Filho/Valor
Sung-Woo Kang, presidente: "Estrutura e pós-venda são a nossa vantagem nesse mercado, cada vez mais competitivo"
Com um perfil discreto, o primeiro presidente para o Brasil da Hyundai Heavy Industries, Sung-Woo Kang, tem como principal desafio posicionar a empresa entre as principais fabricantes de máquinas de construção no país. O mercado de máquinas de linha amarela, que tem como exemplos escavadeiras, pás-carregadeiras e rolos compactadores, movimentou 30 mil máquinas no Brasil, no ano passado. É dominado por empresas estabelecidas há décadas como Caterpillar, JCB e CNH.
A Hyundai tem uma grande vantagem ante outras novatas que colocam suas primeiras fábricas no país, como as asiáticas Doosan, Sany e XCMG. Ela entrou no Brasil antes, com máquinas importadas. No momento de crise, em 2008 e 2009, conseguiu estabelecer seu nome no mercado brasileiro e espalhou escritórios e serviços de pós-venda no país.
Com produção no país desde março, os planos da Hyundai são de fabricar 1,5 mil máquinas e faturar US$ 300 milhões. Para 2014, a previsão é alcançar uma produção local de 4 mil máquinas. "Por esse número, já dá pra ter uma ideia de quanto pretendemos faturar aqui", afirmou o presidente.
Kang veio direto de Moscou para São Paulo, no começo deste ano, depois de liderar as operações da Hyundai na Rússia por cinco anos. Formado em economia russa e com pós-graduação em economia pela Universidade Estadual de Moscou, o executivo fala russo e inglês, além da sua língua materna. No português já arranha as primeiras palavras, mas preferiu se comunicar na sua primeira entrevista para a imprensa brasileira em inglês.
As primeiras impressões do país foram positivas e a desaceleração da economia não parece abalar os planos do executivo para a subsidiária que está agora sob seu comando. As dificuldades burocráticas de estabelecer uma fábrica são muitas, afirmou, mas para isso a Hyundai já estava preparada. Para Kang, o que mais surpreendeu nesse início da operação brasileira foi a chuva e os empecilhos do fornecimento local de insumos.
"Acho que chovia dia sim dia não", disse Kang, ao se referir ao atraso para abrir a fábrica em Itatiaia (RJ). A unidade exigiu investimentos de US$ 180 milhões - 75% da Hyundai e 25% da sua parceira Brasil Máquinas de Construção (BMC) - e acabou iniciando a produção com algum atraso, já que o plano inicial era para o fim de 2012. A cerimônia oficial de inauguração acontece esta semana.
O relacionamento com fornecedores locais foi também mais difícil que o esperado. "Foi uma grande dor de cabeça para nós". O executivo relata que alguns fornecedores parceiros que viriam da Coreia não conseguiram se estabelecer no Brasil e que, em alguns casos, fornecedores locais eram menores e mais sensíveis. "Quando conseguíamos um fornecedor nacional de um componente importante, esse fornecedor se desestabilizava ou subia muito os preços e ficávamos sem alternativa".
Kang afirmou que a questão está resolvida e que agora a empresa vem trabalhando com ao menos dois fornecedores para cada insumo relevante. O presidente disse ao Valor que a empresa já deu entrada em toda a documentação e espera estar credenciada como fabricante nacional no BNDES a partir de junho, para vender seus produtos com a linha de financiamento subsidiada Finame - a linha é cedida apenas para máquinas com 60% de componentes locais.
A taxa de juros do Finame, atualmente negativa em termos reais, é o principal chamariz para a instalação de fábricas de máquinas no país, mesmo com os aumentos programados. No ano passado, a taxa estava em 2,5% ao ano, é de 3% neste primeiro semestre e passará a 3,5% na segunda metade do ano.
Também para o meio do ano está programado o início das operações das linhas de produção de pás-carregadeiras e de retroescavadeiras, informou o executivo. Atualmente, a fábrica produz somente escavadeiras.
A desaceleração da economia no ano passado não afetou os planos da empresa, mas teve impacto. A estrutura de vendas, que coloca a Hyundai à frente de outros concorrentes, representou um custo a ser carregado em 2012. Kang admitiu que, no caso de algumas máquinas, a empresa precisou zerar margens para manter o cliente.
"Foi uma decisão estratégica [perder agora visando longo prazo]. Nossa estrutura, nosso pós-venda, é a nossa vantagem nesse mercado que está cada vez mais competitivo", disse o presidente da BMC, Felipe Cavalieri, que também participou da entrevista. Os dois executivos entendem como objetivo da empresa concorrer com "peixes grandes", caso de Caterpillar e JCB. "Não vemos eles [Doosan, Sany, XCMG] como competidores", nossa visão é de longo prazo e, como parceiros, vemos a Hyundai com essa visão bem focada em ganhar o jogo", disse Cavalieri.
O jovem executivo brasileiro se tornou o braço direito da Hyundai no país. Articulado comercialmente e com conhecimento, Cavalieri alcançou a posição de distribuidor exclusivo e agora parceiro na fabricação da marca aqui. "Não estamos aqui para um voo de galinha, mas com uma visão de 10, 20, 30 anos".
Kang disse que mesmo com o cenário econômico morno e com inflação elevada, a avaliação é que há um mercado de infraestrutura a se desenvolver. Além dos eventos esportivos que o país vai receber, há toda a demanda por investimentos do próprio mercado interno, argumenta. "Acredito que, no ano passado, passamos pelo grande túnel escuro e já podemos ver a luz do sol do outro lado".