novembro 30, 2012

Mais uma mudança de Eike: LLX tem novo comando




Marcus Berto assume o comando da companhia no lugar de Otávio Lazcano, que passará a cuidar apenas ao cargo de diretor financeiro do grupo 
Divulgação
LLX
Obras de suporporto da LLX: antigo presidente continua no conselho
São Paulo – A LLX, empresa de logística do grupo empresarial de Eike Batista, acaba de anunciar que terá um novo presidente a partir de hoje. Marcus Berto assume o comando da companhia no lugar de Otávio Lazcano, que passará a cuidar apenas ao cargo de diretor financeiro do grupo EBX. Berto acumulará também a função de diretor de relações com investidores.
Segundo comunicado enviado à imprensa, Berto passou pela empresa Bucyrus International, onde chegou a assumir todas as suas operações como Vice presidente Sênior no Hemisfério Sul. Antes, foi vice-presidente de desenvolvimento da Jaguar Mining e gerente sênior de auditoria da Arthur Andersen LLP. O executivo é formado em contabilidade pela PUC de Minas Gerais, tem MBA pela Fundação Dom Cabral e cursos de formação pela Harvard Business School e Kellogg School of Management University, da Northwestern University.
Lazcano estava há três anos no posto de presidente e de diretor de relações com investidores da companhia. Ele continuará participando das decisões da LLX como membro do conselho de administração da empresa e será responsável pelo desenvolvimento de oportunidades no setor de logística no Grupo EBX.


Agenda do investidor para esta sexta-feira


O IBGE divulga o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre de 2012. O Banco Central publica a Nota de Política Fiscal com os dados sobre o montante e composição da dívida pública federal. Nos EUA, o Departamento do Comércio divulga a Renda e Gastos Pessoais.
Petrobras cancela contratação de sondas
Inesperadamente, a Petrobras (PETR4) informou ontem à noite, que cancelou o processo de contratação para o afretamento de cinco sondas de perfuração para 3.000 m de lâmina d'água com o Grupo Ocean Rig (NASDAQ:ORIG). Segundo nota da petrolífera, a decisão está baseada na redução da necessidade futura de sondas por conta da previsão de número menor de poços a serem perfurados no Pré-sal da Bacia de Santos. Essa redução, no entanto, afirma a Petrobras, é em virtude de uma maior produtividade nos poços em desenvolvimento naquela área. Caberá aos investidores hoje avaliar se a notícia é positiva, por conta da previsão do aumento da produção e redução de custos de extração de petróleo na Bacia de Santos ou a indicação de uma expectativa menor de produção total da companhia.

Cartão Elo demora a deslanchar



Regis Filho/Valor / Regis Filho/Valor
Empresa deve continuar 'startup' até o fim do ano que vem", diz Scalco
Lançada com toda pompa em abril de 2011, a bandeira nacional de cartões Elo, projeto que reuniu Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em sociedade, passou seu primeiro ano e meio quase despercebida pelo consumidor. Embora os três bancos já estejam emitindo o novo cartão, espalhando-o aos poucos dentro de suas bases de clientes, a bandeira tem pelo menos mais um ano pela frente antes de estar em pé de igualdade para enfrentar os concorrentes internacionais, a Visa e a Mastercard.
Todo o silêncio em torno do projeto não quer dizer que a Elo parou. Os três bancos sócios e o presidente da bandeira, Jair Scalco, asseguram que a Elo, aos poucos, vai superando os dois primeiros obstáculos da breve existência: o desenvolvimento da tecnologia e a aceitação entre os lojistas.
Só superada essa fase é que virá a briga mais ruidosa pela preferência do consumidor. "Ainda somos uma 'startup' e devemos continuar assim até o fim do ano que vem", diz Scalco. "Nossa prioridade é colocar na prateleira os produtos que já existem no mercado com outras bandeiras. Temos que nos igualar primeiro ao que já existe."
No cardápio, a intenção é colocar, por exemplo, a modalidade para financiamento do agronegócio e o cartão BNDES, para pessoa jurídica, ou o crediário, linha de crédito para pessoa física acionada na própria maquininha de captura de transações, o POS. A equipe da Elo também vai aumentar. De 20 funcionários, hoje, deve chegar a algo entre 45 e 50 no ano que vem.
O sucesso do portfólio de produtos, porém, vai depender da solidez do desenvolvimento tecnológico da bandeira. Aí é que está a grande frente em que a Elo vem trabalhando desde que foi fundada. Atualmente, boa parte dos sistemas de operação da bandeira (que envolvem, por exemplo, regras para realização das transações) estão terceirizados. Até mesmo o chip que vai nos cartões hoje é comprado da rival Visa. A Cielo, que tem BB e Bradesco como acionistas, presta os serviços de compensação. Scalco promete que até meados de 2013 toda a parte tecnológica, inclusive o chip, desenvolvido integralmente no Brasil, estarão prontos.
Hoje, cada um dos bancos parceiros trabalha com uma modalidade do cartão. A Caixa emite o de débito, o Bradesco, o de crédito e o BB, o múltiplo (que reúne débito e crédito em um só cartão). Em setembro, a Elo tinha nove milhões de cartões emitidos. Um ano antes, eram aproximadamente 500 mil. É uma parcela ínfima do total de unidades que circulam no mercado brasileiro, estimado em 736,8 milhões pela associação do setor de cartões (Abecs). A meta anunciada da Elo é conquistar uma fatia de 15% do mercado até 2016.
Do total de cartões da Elo, 30% são de crédito e 70% são débito. Só a Caixa, principal emissor por enquanto, tinha 5,7 milhões de cartões de débito emitidos até o meio do ano. O banco tem um total de 60 milhões de cartões de débito. Bradesco e BB não divulgaram seus números relativos a Elo.
Com o cartão de débito, a Caixa tem servido de "ponta de lança" para ganho de volume da bandeira. "O cartão de débito tem uma rentabilidade menor", admite Mário Ferreira Neto, diretor executivo de cartões e seguros do banco federal. "Mas construir uma base boa de cartões tem sido fundamental para fazer volume de aceitação entre os lojistas". Hoje, a bandeira é aceita em cerca de 1,2 milhão de estabelecimentos comerciais, a rede da Cielo.
A Caixa pretende lançar o cartão de crédito em dezembro e o múltiplo no segundo trimestre do ano que vem. "Para a segunda metade de 2013, estamos planejando produtos mais premium com a Elo", diz Ferreira Neto.
Para o Bradesco, não há barreiras tecnológicas impedindo o crescimento da Elo. "Até o início do ano que vem, a bandeira estará homologada em todas as plataformas de cartões do banco", afirma Marcos Bader, diretor-geral da Bradesco Cartões. Esse é um passo importante para o banco, na medida em que leva a Elo para base de cartões de loja, que inclui a operação do Banco Ibi. A instituição pretende lançar o cartão múltiplo da Elo nos próximos meses, além de outros produtos para pessoa jurídica.
O Bradesco também pretende sair na frente com os pré-pagos da Elo. Desde o seu surgimento, a bandeira brasileira trouxe uma forte proposta de atuação na baixa renda, em especial via cartões pré-pagos. Na semana passada, o banco da Cidade de Deus anunciou o lançamento de um cartão pré-pago com a operadora de telefonia Claro. Embora não tenha revelado qual a bandeira que acompanhará o cartão, o Valor apurou que há "fortes chances" de que seja a Elo.
No caso do BB, toda parte tecnológica está pronta para a bandeira Elo. Hoje, o banco é o único a emitir o múltiplo, cartão que reúne crédito e débito. Sua estratégia não prevê versões com só uma modalidade. "A Elo tem sido trabalhada de forma prioritária no Banco Postal", afirma Raul Moreira, diretor de cartões do Banco do Brasil.
Por enquanto, o banco é o único a trabalhar com o Agrocard, planeja cartão para micro e pequenas empresas, além de uma família de cartões pré-pagos para o ano que vem. "São produtos que já estão prontos e dependem apenas do cronograma comercial", afirma Moreira. Ontem, o BB lançou o crediário para cartões Elo.
Em relatório que publicou sobre a indústria de cartões, o Banco Central destacou a criação da bandeira nacional. "A possibilidade de outros emissores e, principalmente, de outros credenciadores participarem desse novo esquema [a Elo] de quatro partes é importante para aumentar a eficiência do mercado de cartões", escreveu o BC.
Esse, porém, é outro ponto que vai esperar mais um pouco. "Poderíamos trazer outro credenciador ou emissor para o projeto, mas essa não é a prioridade agora", afirma Scalco. Hoje, só a Cielo captura as compras com a bandeira.

Tesouro já banca 51% dos empréstimos do BNDES



Os empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES são a fonte de mais da metade dos desembolsos do banco para empresas e projetos de infraestrutura. Dos R$ 285 bilhões que o Tesouro foi autorizado a emprestar ao banco de fomento de janeiro de 2009 até setembro deste ano, R$ 250,2 bilhões já foram sacados. Somados aos retornos desses financiamentos, são R$ 276,6 bilhões em empréstimos. O valor corresponde a 51,4% dos desembolsos totais de R$ 538,2 bilhões feitos pelo banco estatal nesse período.
No documento em que presta contas do uso de recursos repassados pelo Tesouro - encaminhado trimestralmente ao Congresso Nacional -, o BNDES argumenta que os empréstimos totais de R$ 276,6 bilhões possibilitaram investimentos superiores a R$ 374 bilhões e foram responsáveis pela manutenção ou geração de 8,6 milhões de empregos. As transferências do Tesouro ao BNDES surgiram em 2009, no auge da crise internacional, como parte da política anticíclica adotada pelo governo para evitar impactos recessivos na economia brasileira.

Para Mansueto, os custos embutidos nessa política anticíclica deveriam ser mais claros para a sociedade e alguns empréstimos feitos pelo BNDES para grandes companhias poderiam ser substituídos por mecanismos privados de financiamento.Para o economista do Ipea, Mansueto de Almeida, os repasses também estão ajudando a elevar o endividamento público. Em 2007, R$ 8,2 bilhões da dívida pública tinham origem em empréstimos feitos ao BNDES e representavam 0,7% da dívida pública líquida (de R$ 1,1 trilhão) ou 0,48% da dívida pública bruta (R$ 1,7 trilhão). Até setembro, os repasses ao BNDES (incluindo os R$ 250 bilhões da política anticrise, outros repasses e os valores do Fundo da Marinha Mercante) passaram a representar 21,7% da dívida líquida (R$ 1,5 trilhão) e 13% da dívida bruta (R$ 2,5 trilhões).
O presidente da Associação Keynesiana Brasileira, Luiz Fernando De Paula, discorda das críticas de Mansueto. Para ele, qualquer limitação ao poder do governo de elevar o orçamento do banco por meio de recursos do Tesouro poderia inibir a agilidade da União de reaquecer a economia em momentos de turbulência.

novembro 29, 2012

Fortunas das famílias Marinho e Moraes superam a de Eike


Ao contrário de Eike, sete dos membros das famílias Marinho e Moraes nunca apareceram individualmente em rankings internacionais de riqueza

Alex Cuadros, da 

José Roberto Marinho, Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho, na festa em comemoração aos 40 anos da Rede Globo, no Claro Hall
José Roberto Marinho, Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho: ao todo, a família controla uma fortuna de US$ 20 bilhões
São Paulo - Por décadas, as famílias Marinho e Moraes formaram a cultura e a indústria do Brasil, acumulando fortunas que ultrapassam a de Eike Batista, o homem mais rico do País.
Os irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho controlam as Organizações Globo, maior grupo de mídia da América Latina. As novelas e o noticiário noturno da empresa de capital fechado os ajudam a dominar cerca de metade do mercado de televisão brasileiro. Ao todo, a família controla uma fortuna de US$ 20 bilhões, segundo o Índice de Bilionários Bloomberg.
O patriarca da família Moraes, Antônio Ermírio, dois irmãos e os herdeiros de seu falecido irmão são donos da Votorantim Participações SA, maior produtora de cimento do Brasil. Eles controlam um patrimônio conjunto de US$ 24,5 bilhões, segundo o índice. Ao contrário de Eike, cuja fortuna soma US$ 19,6 bilhões com suas seis startups de commodity negociadas em bolsa, sete dos membros das famílias Marinho e Moraes nunca apareceram individualmente em rankings internacionais de riqueza.
“Eles têm mais dinheiro que o Eike, mas com certeza não têm a mesma necessidade de fazer propaganda disso”, disse Samy Dana, professor da escola de economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo. “Eles são discretos.”
Tanto a Votorantim quanto a Globo, agora dirigidas pela terceira geração das famílias, prosperaram tanto sob a ditadura quanto na democracia, tanto em períodos de crescimento econômico quanto em tempos de recessão e hiperinflação. Em 2006, quando Eike vendeu ações da MMX, as famílias Marinho e Moraes já estavam entre as mais ricas do País. Com a economia brasileira agora entre as sete maiores do mundo, suas fortunas foram multiplicadas desde então.
Horário Nobre
A avaliação da Bloomberg pode “servir como referência, mas os cálculos são conservadores”, disse a Votorantim por e-mail em 1 de outubro. A família Marinho recusou-se a comentar sobre a estimativa de patrimônio feita pela Bloomberg.
O presidente da Globo, Roberto Irineu Marinho, 65, e seu irmão de 59 anos, João Roberto, diretor editorial, têm fortunas avaliadas em US$ 6,5 bilhões cada, baseado nas fatias de 32,3 por cento que detêm no império de mídia. Com 32 por cento, José Roberto, o herdeiro de 56 anos que lidera a filantropia da família, controla uma fortuna de US$ 6,4 bilhões. Sete de seus filhos detêm o restante da Globo.
A Globo Comunicação & Participações SA teve 53 por cento da audiência do horário nobre, segundo relatório divulgado em março pela empresa. O grupo, que também publica as edições brasileiras das revistas GQ e Vogue, teve no ano passado receita de US$ 4,4 bilhões, US$ 1,4 bilhão em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, US$ 1,1 bilhão de lucro e caixa líquido de US$ 2,6 bilhões, segundo seu balanço. A Globo detém ainda uma participação de 6 por cento na Net Serviços de Comunicação SA, fatia que é avaliada em US$ 270 milhões.
Imigrante português
Antônio Ermírio de Moraes, 84, deixou uma marca diferente no Brasil. Ele, o irmão Ermírio Pereira, 80, e a irmã Maria Helena Moraes Scripilliti, 82, têm um quarto do conglomerado industrial Votorantim cada um, de acordo com documentos entregues à CVM. Essas fatias valem US$ 6,1 bilhões cada, mostra o Índice de Bilionários Bloomberg. Os filhos de seu falecido irmão-- o atual presidente do conselho José Roberto Ermírio de Moraes, José Ermírio de Moraes Neto e Neide Helena de Moraes -- dividem os 25 por cento restantes. Cada um controla uma fortuna de US$ 2,1 bilhões.
As raízes do grupo Votorantim remontam a 1918, quando o imigrante português Antonio Pereira Ignácio comprou uma indústria têxtil na cidade de mesmo nome no interior de São Paulo. José Ermírio de Moraes, que viria a comandar o grupo, entrou na empresa em 1924 após se casar com Helena, filha de Pereira Ignácio. Em 1936, a Votorantim se expandiu para o setor de cimento, hoje seu maior negócio. O grupo também começou a atuar na siderurgia pouco depois, e entrou no setor de alumínio nos anos 50.
No ano passado, a divisão de cimento da Votorantim vendeu 23,6 milhões de toneladas. A empresa teve receita de US$ 4,5 bilhões, US$ 1,4 bilhão em Ebitda e US$ 3 bilhões em dívida líquida. A divisão de metais, gerou US$ 4,5 bilhões em vendas e US$ 950 milhões em Ebitda.
Queda na fortuna
Eike, o controlador de 56 anos do EBX Group Co., viu seu patrimônio perder 43,1 por cento em relação ao pico de US$ 34,5 bilhões no final de março. Em entrevista à Bloomberg no início daquele mês, o magnata -- que tem mais de 1 milhão de seguidores no Twitter -- disse que representa um novo “sonho brasileiro” de sucesso empreendedor.

Gol diz não ser possível reverter demissões na Webjet


A Webjet foi comprada pela Gol há um ano e, na última sexta-feira (23), foram anunciados o fim da marca e a demissão de 850 trabalhadores

Célia Froufe, do 

Paulo Kakinoff, da Gol, durante o CEO Summit 2012
Paulo Kakinoff: "Não há possibilidade de revertermos as demissões", disse o presidente da Gol ao sair de um encontro com o ministro da Secretaria de Aviação Civil
São Paulo - O presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff, disse nesta quarta-feira que a empresa não voltará atrás na decisão de desligar os 850 funcionários que trabalhavam para a Webjet. A Webjet foi comprada pela Gol há um ano e, na última sexta-feira (23), foram anunciados o fim da marca e a demissão desses trabalhadores.

"Não há possibilidade de revertermos as demissões", disse Kakinoff ao sair de um encontro com o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, e com o diretor presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.
Segundo Kakinoff, as demissões estão ligadas à decisão de não usar mais os aviões da companhia Webjet, que tinham idade média de 21 anos e que, por isso, representavam alto custo para a companhia. A idade média dos aviões da Gol, diz ele, é de seis anos.
O presidente salientou que a decisão foi absorver os profissionais da Webjet que atuam nos aeroportos até porque eles serão necessários para a incorporação dos voos daquela companhia, que agora passarão a ser feitos pela Gol.
Kakinoff relatou que a reunião com representantes do governo foi dividida em duas partes. A primeira para explicar o motivo do encerramento da marca Webjet. "O setor de aviação tem em 2012 o pior resultado de sua história", afirmou.
Segundo o presidente, apenas na Gol o prejuízo este ano será de R$ 1 bilhão. Kakinoff disse que as aeronaves da Webjet, por serem mais antigas, têm consumo 28% maior de combustível, e os combustíveis representam 45% do total dos custos de uma companhia aérea.
A segunda parte da reunião foi sobre a absorção da malha de voos e de passageiros da Webjet pela Gol. Kakinoff disse que tudo já está ocorrendo "sem transtornos". Ele garantiu que a situação seguirá normal, inclusive na alta temporada.
Desoneração da folha
A desoneração da folha de pagamentos para o setor aéreo, que terá início em 2013, não foi condicionada à manutenção do quadro de funcionários da companhia, segundo o presidente da companhia aérea. "Não foi condicionada nem poderia ser, pois o governo sabe do atual cenário do setor aéreo", considerou.
De acordo com o executivo, o impacto das desonerações sobre a Gol serão de R$ 90 milhões por ano. Ele salientou, porém, que o reajuste de tarifas, como de navegação e conexão, entre outras, deve somar R$ 140 milhões. Com isso, calculou, o impacto negativo sobre as contas da Gol seria de R$ 40 milhões a R$ 45 milhões em um ano.

Qual a taxa do PIB?



Com a divulgação do PIB americano do terceiro trimestre hoje, e o do Brasil amanhã, é preciso ter cuidado para se comparar banana com banana.
Conforme informado há pouco, os Estados Unidos cresceram 2,7% no terceiro trimestre (ante 2,0% do dado preliminar), o maior ritmo desde o quarto trimestre de 2009.
Já a estimativa de consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data é que o PIB do Brasil tenha avançado 1,2% no terceiro trimestre, ante o segundo.
É isso mesmo?
A prática nos EUA é de se divulgar a taxa anualizada de alta do PIB - que indica qual seria o crescimento anual se aquele mesmo ritmo de expansão perdurasse por quatro trimestres.
No Brasil, o IBGE divulga o crescimento efetivo registrado no trimestre. Se a taxa de 1,2% for anualizada, o ritmo de expansão chega a 4,9%.

Confiança com acordo fiscal nos EUA e indicadores animam mercados



Por Lucinda Pinto, Aline Cury Zampieri, José de Castro e Marcílio Souza | Valor
SÃO PAULO – Focado nas discussões em torno do “fiscal cliff” (abismo fiscal) americano, o mercado financeiro assume um tom mais otimista nesta quinta-feira, sob influência de declarações de autoridades do país na véspera. Para ajudar no bom humor, indicadores econômicos trazem sinais positivos sobre a atividade econômica dos Estados Unidos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse estar confiante de que uma solução sobre como evitar o abismo fiscal – uma combinação de cortes de gastos do orçamento e aumento de impostos no valor de US$ 600 bilhões que pode entrar automaticamente em vigor no início de 2013 e, assim, prejudicar a economia americana – será alcançada antes do Natal. O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, também demonstrou acreditar no avanço das negociações no congresso.
Essas declarações garantiram uma recuperação das bolsas ainda na quarta-feira e permite, hoje, a continuidade do bom humor nas bolsas europeias e nos índices de Wall Street.
Na agenda de indicadores, o Departamento do Comércio dos EUA revisou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre deste ano para 2,7%, em termos anualizados. O dado preliminar havia apontado uma expansão de 2,0%, e analistas consultados pela Dow Jones previam revisão para 2,8%. O avanço representa a maior alta trimestral do PIB desde a registrada no último trimestre de 2009.
Além disso, menos americanos pediram auxílio-desemprego. O número de pedidos de seguro-desemprego caiu em 23 mil na semana encerrada em 24 de novembro, para 393 mil, de acordo com dados ajustados sazonalmente divulgados pelo Departamento do Trabalho. Economistas ouvidos pela Dow Jones previam uma queda de 15 mil, para 395 mil.
Aqui, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanha o tom externo e avança, já se aproximando dos 57 mil pontos. Por volta de 12h25, o Ibovespa subia 0,54%, aos 56.847 pontos.
Entre as ações mais líquidas da bolsa brasileira, Vale PNA ganha 1,36%, para R$ 35,70; Petrobras PN sobe 1,34%, para R$ 18,90; OGX PN tem ganho de 0,68%, para R$ 4,45; Itaú PN tem desvalorização de 0,16%, para R$ 31,10; e Bradesco PN cai 0,21%, para R$ 33,79.
Dólar
O dólar, por sua vez, opera descolado do comportamento da moeda no exterior e registra valorização de 0,52%, para R$ 2,101 na venda. No mercado futuro, o contrato para dezembro de 2012 tinha variação positiva de 0,28%, a R$ 2,1005.
A alta do dólar comercial hoje também é sustentada por um movimento típico de fim de mês, quando as cotações à vista e futura se igualam, uma vez que o custo de carregamento para o contrato futuro – que explica o motivo pelo qual as taxas futuras geralmente são mais elevadas que as negociadas no mercado spot – se anula. Com o dólar para dezembro de 2012, que vence amanhã, a R$ 2,095, a cotação à vista precisa subir.
Juros futuros
Um ajuste técnico típico dos dias que sucedem as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central favorece a alta das taxas dos juros futuros nesta manhã.
Embora a manutenção da taxa Selic em 7,25% fosse amplamente esperada, alguns agentes montaram posições levando em conta cenários alternativos, nos quais poderia haver um corte inesperado da taxa. Isso ajudou a explicar uma queda mais forte nas taxas de longo prazo durante um período da sessão de ontem. Frustradas as expectativas, o mercado amanheceu hoje em um claro processo de ajuste.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 tem taxa de 7,33%, ante 7,29% ontem. DI janeiro/2017 projetava 8,76%, de 8,70%.
(Lucinda Pinto, Aline Cury Zampieri, José de Castro e Marcílio Souza | Valor)


novembro 27, 2012

Os imóveis ainda dão dinheiro


Aluguel de escritório rendeu 10% em média nos últimos 12 meses


Agenda do investidor para esta terça-feira


Hoje a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulga o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), índice que mede a variação de preços para o consumidor na cidade de São Paulo com base nos gastos de quem ganha de um a vinte salários mínimos. No mercado nacional a FGV divulga a Sondagem da Indústria que fornece indicações sobre o estado geral da economia nacional e suas tendências. No Brasil iniciam-se as reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que definem o rumo da taxa básica de juros da economia. Nos EUA a S&P divulga o Índice de Preços de Moradias S&P/Case-Shiller referente ao mercado imobiliário residencial norte-americano. Os Pedidos de Bens Duráveis serão divulgados pelo Departamento do Comércio, indicando o nível de atividade da indústria norte-americana.
Finalmente: Grécia vai receber ajuda
O Eurogrupo e o Fundo Monetário Internacional acordaram em liberar uma nova parcela de auxílio financeiro à Grécia, no valor de 43,7 bilhões de Euros. A Grécia afirmou que usará o aporte financeiro para pagar salários do serviço público e capitalizar bancos. Aguardando por esta decisão desde o início do segundo semestre deste ano, o governo grego precisará aplicar novas medidas de austeridade fiscal. As principais bolsas de valores mundiais abrem em alta hoje avaliando positivamente o desentrave financeiro da Grécia.

novembro 26, 2012

FATO RELEVANTE OGX ADQUIRE OS 40% DE PARTICIPAÇÃO DA PETROBRAS NO BLOCO BS-4

FATO RELEVANTE
OGX ADQUIRE OS 40% DE PARTICIPAÇÃO DA PETROBRAS
NO BLOCO BS-4
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2012 - A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. (“Companhia” ou “OGX”) (Bovespa: OGXP3; OTC:OGXPY.PK), empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil, comunica ao mercado que celebrou contrato com a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras (“Petrobras”)  tendo como objeto a aquisição de participação de 40% na concessão do Bloco BS-4, localizado na Bacia de Santos.
A compra e venda em questão está sujeita à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (“ANP”).

“Estamos muito satisfeitos com essa aquisição, que demonstra que a OGX está atenta às oportunidades de negócio, no Brasil, que possam contribuir para o crescimento do seu portfólio", comentou Luiz Carneiro, Diretor Presidente da OGX.
Os direitos de concessão do Bloco BS-4 pertencem ao consórcio formado ainda pela Queiroz Galvão Exploração e Produção SA, com 30% de participação e operadora, e a Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda., com os 30% restantes, participações essas que permanecem inalteradas.

O preço de aquisição da participação de 40% no Bloco BS-4 foi de US$270 milhões.

O Bloco BS-4 contém dois campos de óleo do pós-sal denominados Atlanta e Oliva. Os campos estão localizados a 185 km da costa brasileira em lâmina d’água de aproximadamente 1.500 metros, com óleo de 14º a 16º API. Os Planos de Desenvolvimento dos campos, recentemente revisados, estão em fase de análise pela ANP.

SOBRE A OGXFocada na exploração e produção de óleo e gás natural, a OGX Petróleo e Gás SA é responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil. A OGX possui um portfólio diversificado e de alto potencial, composto por 28 blocos exploratórios no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão e Parnaíba e 5 blocos exploratórios na Colômbia, nas Bacias de Cesar-Ranchería e Vale Inferior do Madalena. A área total de extensão dos blocos é de aproximadamente 5.700 km² em mar e cerca de 36.900 km² em terra, sendo 24.500 km² no Brasil e 12.400 km² na Colômbia. Além de contar com um quadro de profissionais altamente qualificados, a companhia possui sólida posição financeira, com cerca de US$ 2,5 bilhões (em setembro de 2012) para investimentos em exploração, produção e novos negócios. Em junho de 2008, a empresa captou recursos na ordem de R$ 6,7 bilhões em sua oferta pública de ações, no maior IPO primário da história da Bovespa até então. A OGX é parte do Grupo EBX, conglomerado industrial fundado e liderado pelo empresário brasileiro Eike Batista, que possui um comprovado histórico de sucesso no desenvolvimento de novos empreendimentos nos setores de recursos naturais e infraestrutura. Para mais informações visite o site: www.ogx.com.br/ri

Aviso LegalEste documento contém algumas afirmações e informações relacionadas à Companhia que refletem a atual visão e/ou expectativa da Companhia e de sua administração a respeito do seu plano de negócios. Estas afirmações incluem, entre outras, todas as afirmações que denotam previsão, projeção, indicam ou implicam resultados, performance ou realizações futuras, podendo conter palavras como “acreditar”, “prever”, “esperar”, “contemplar”, “provavelmente resultará” ou outras palavras ou expressões de acepção semelhante. Tais afirmações estão sujeitas a uma série de expressivos riscos, incertezas e premissas. Advertimos que diversos fatores importantes podem fazer com que os resultados reais divirjam de maneira relevante dos planos, objetivos, expectativas, estimativas e intenções expressas neste documento. Em nenhuma hipótese a Companhia ou seus conselheiros, diretores, representantes ou empregados serão responsáveis perante quaisquer terceiros (inclusive investidores) por decisões ou atos de investimento ou negócios tomados com base nas informações e afirmações constantes desta apresentação, e tampouco por danos indiretos, lucros cessantes ou afins. A Companhia não tem intenção de fornecer aos eventuais detentores de ações uma revisão das afirmações ou análise das diferenças entre as afirmações e os resultados reais. Cada investidor deve fazer sua própria avaliação, incluindo os riscos associados, pra tomada de decisão de investimento.

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Mídia:    Daniele Rivera, daniele.rivera@ogx.com.br
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CONTATO RI:


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FATO RELEVANTE HRT ASSINA FARM-OUT COM A COMPANHIA GALP ENERGIA PARA OS BLOCOS DA NAMÍBIA

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FATO RELEVANTE 
HRT ASSINA FARM-OUT COM A COMPANHIA GALP ENERGIA PARA OS BLOCOS DA NAMÍBIA
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2012 - A HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. (a "Companhia" ou "HRT") (BM&FBOVESPA: HRTP3, TSX-V: HRP) anuncia a celebração de Contrato de Farm-Out com a companhia Galp Energia com relação à cessão de 14% de participação sobre os direitos exploratórios em três (3) Licenças Exploratórias de Petróleo ("PEL") no offshore da Namíbia - denominadas PEL 23, na Bacia de Walvis e PELs 24 e 28 na Bacia do Orange. A HRT continuará como operadora dessas Licenças e dará início à campanha de perfuração no 1T13.

De acordo com os termos acordados, a Galp Energia irá carregar parte dos custos das operações da HRT, inerentes à perfuração de poços pioneiros, até um determinado limite. Está previsto no programa de exploração a perfuração de três poços exploratórios, em prospectos já identificados e definidos, com foco em dois prospectos na PEL 23 e um prospecto na PEL 24. Estes prospectos apresentam potencial de volumes relevantes tanto para óleo quanto para gás, com maior tendência para óleo.

As três PELs ocupam uma área de 37.744 km2 em lâmina d'água que varia entre 180 metros e 2.500 metros. Ambas as bacias de Walvis e Orange estão localizadas em uma nova fronteira exploratória, em uma província de hidrocarbonetos emergente, com potencial para descobertas significativas de óleo e gás natural, em vários prospectos já identificados.

Vale ressaltar que a HRT conduziu o maior programa de levantamento sísmico 3D na costa da Namíbia, o qual abrangeu as áreas onde os três poços serão perfurados. A qualidade desses dados sísmicos é um fator relevante na redução do risco exploratório.

Os objetivos principais desses prospectos combinados possuem recursos recuperáveis brutos estimados em aproximadamente 8 bilhões de bbl (estimativa média não riscada) com POS [Probabilidade de Sucesso] na faixa de 20% a 30%.

"Estamos honrados de ter a Galp Energia como parceira nesses ativos de excelente qualidade, o que possibilitará a HRT aliar à sua campanha exploratória a experiência de uma grande companhia que tem excelente performance na busca por hidrocarbonetos em projetos exploratórios em áreas de fronteira, tanto no pré-sal brasileiro quanto em águas profundas da costa oeste africana", comentou Marcio Rocha Mello, Diretor-Presidente da HRT.

A transação está sujeita a aprovações regulatórias obrigatórias, especificamente a do governo da Namíbia.

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Sobre a HRTO Grupo HRT é composto por uma das maiores empresas independentes de exploração e produção de óleo e gás natural do Brasil. A HRT Participações possui oito principais subsidiárias: a IPEX (Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda.), a HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda., a HRT Netherlands B.V., a HRT África Petróleo S.A., a HRT América Inc., a Air Amazônia Serviços Aéreos Ltda. e a HRT Canada Inc.. A Companhia detém 55% de participação em 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões. A HRT também é operadora de dez blocos exploratórios na costa da Namíbia: oito blocos na Sub-Bacia de Orange e dois blocos na Sub-Bacia de Walvis. A HRT possui uma equipe composta por doutores e mestres em geologia, geoquímica, geofísica, biologia e engenharia, sendo a maioria deles ex-funcionários da Petrobras e da ANP. A HRT está comprometida em minimizar os possíveis impactos ambientais nos locais onde atua. O compromisso com as comunidades locais passa pela redução dos impactos das operações nas condições de saúde, segurança e qualidade de vida. Para mais informações acesse o site: www.hrt.com.br/ri.

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