julho 31, 2012

Venezuela poderá exportar petróleo cru para o Brasil


Presidente Hugo Chávez afirmou que o seu país poderá exportar petróleo cru para o nosso país, para alimentar sua demanda interna

Hugo Bachega, da 
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Hugo Chávez falando com a imprensa antes de ir ao Brasil
Hugo Chávez falando com a imprensa venezuelana antes de ir ao Brasil
Brasília - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na terça-feira que o seu país poderá exportar petróleo cru para o Brasil, que precisa importar o produto para suprir a demanda interna.
A Venezuela é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
"Nós, por exemplo, propomos e a presidente (Dilma Rousseff) se mostrou muito, muito interessada e já demos as primeiras instruções para que a Venezuela exporte petróleo cru ao Brasil", disse Chávez a jornalistas após participar de jantar oferecido por Dilma no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente.
"O Brasil está importando petróleo ainda e nós estamos incrementando a produção. Este ano a Venezuela vai chegar de 3 milhões de barris diários de cru a 3,5 milhões", disse ele.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, também participaram do jantar, que terminou por volta de meia noite.
A Petrobras e a venezuelana PDVSA são sócias na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, mas a estatal brasileira ainda aguarda as garantias financeiras necessárias da parte da PDVSA, que precisa de aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiador da obra.
A parceria entre as duas petrolíferas na refinaria foi celebrada em 2005, antes da descoberta do pré-sal brasileiro, em 2006. Na época, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Chávez fecharam o acordo prevendo a utilização de petróleo venezuelano, mais pesado que o brasileiro.
Chávez confirmou que o assunto foi discutido no jantar, mas não deu detalhes.
O presidente socialista, de 58 anos, também comemorou a adesão da Venezuela ao Mercosul, que será oficializada durante reunião de cúpula entre os presidentes de Argentina, Brasil e Uruguai.
O Paraguai, que também é membro pleno do bloco, está suspenso politicamente desde o processo que levou ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo.
"A entrada da Venezuela no Mercosul do ponto de vista venezuelano é um fator que completa uma equação", disse ele, comemorando o fato do bloco chegar ao Caribe.
Na terça-feira, Chávez assinará a compra de 20 aviões da Embraer para a empresa aérea estatal venezuelana. O acordo foi anunciado em dezembro, mas os valores não foram divulgados. Ele disse que a primeira aeronave deverá ser entregue em setembro.
A visita de Chávez a Brasília é uma hoje rara viagem internacional do mandatário, em meio a dúvidas sobre seu estado de saúde após ter retirado dois tumores malignos. Ele se disse totalmente curado do câncer nas últimas semanas.

Eike Batista reforça aval à LLX com oferta pelas ações


Bilionário pagará até R$ 618,7 milhões para fechar o capital da LLX, segundo comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Juan Pablo Spinetto, da 
 

Eike Batista
Eike: o preço por ação, de R$ 3,13 na oferta, representa um prêmio de 9,8% sobre o fechamento da véspera
Rio de Janeiro - O bilionário Eike Batista quer reconquistar a confiança dos investidores no seu império de empresas de energia e commodities com a oferta pública por todas as ações em circulação da LLX Logística SA.
Eike pagará até R$ 618,7 milhões para fechar o capital da LLX, segundo comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários. A oferta ocorre depois que as ações bateram a menor cotação em três anos no mês passado. O preço por ação, de R$ 3,13 na oferta, representa um prêmio de 9,8 por cento sobre o fechamento da véspera.
A jogada marca uma inversão de mão na estratégia de Eike Batista, que se tornou o homem mais rico do Brasil ao abrir capital de seis empresas de energia, commodities e logístca em faze pré-operacional desde 2006. Eike, que disse em março que planejava emitir ações de mais duas empresas, viu o valor de sua fortuna pessoal derreter R$ 1,2 bilhão este ano, depois que a OGX Petróleo e Gás Participações SA cortou suas estimativas de produção e reservas.
“É hora de o Eike colocar o dinheiro na mesa, já que a credibilidade despencou”, disse Laurence Balter, que administra US$ 100 milhões na Oracle Investment Research, incluindo ações da OGX. “O mercado está muito irracional, e esse é um bom preço para um porto de muito valor e importante para o Brasil”, disse ele por e-mail.

COMUNICADO AO MERCADO


HRT_Header_27072012_VF

 HRT lança Relatório de Atividades 2011
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2012 - A HRT Participações em Petróleo S.A. (a "Companhia" ou "HRT") (BM&FBOVESPA: HRTP3, TSX-V: HRP) comunica aos Srs. Acionistas e ao mercado que acaba de publicar a primeira edição de seu Relatório de Atividades 2011.
Alinhado com os indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial e as premissas do Pacto Global, o documento apresenta as atividades desenvolvidas pela companhia, elencando alguns indicadores que refletem seu compromisso com o futuro - principalmente no que diz respeito aos aspectos operacionais, econômicos, ambientais e sociais.
O objetivo é apresentar informações precisas sobre a atuação da HRT para os públicos com os quais se relaciona, demonstrando os principais fatos relevantes para o entendimento sobre o desenvolvimento do negócio, possibilitando aos steakholders uma visão transversal da organização. Para as demonstrações econômico-financeiras foram observadas as regras do novo mercado da BM&FBOVESPA, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). O alinhamento conceitual com esses indicadores visa facilitar o entendimento e a análise das atividades, assegurando a relevância e a confiabilidade das informações, expressando o compromisso da HRT com a transparência, a objetividade de suas ações e com o futuro.
Para acessar o Relatório de Atividades 2011 clique aqui.
Para informações adicionais, entre em contato com a Área de Relações com Investidores da HRT.
Sobre a HRT
O Grupo HRT é composto por uma das maiores empresas independentes de exploração e produção de óleo e gás natural do Brasil. A HRT Participações possui oito principais subsidiárias: a IPEX (Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda.), a HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda., a HRT Netherlands B.V., a HRT África Petróleo S.A., a HRT América Inc., a Air Amazônia Serviços Aéreos Ltda. e a HRT Canada Inc.. A Companhia detém 55% de participação em 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões. A HRT também é operadora de dez blocos exploratórios na costa da Namíbia: oito blocos na Sub-Bacia de Orange e dois blocos na Sub-Bacia de Walvis. A HRT possui uma equipe composta por doutores e mestres em geologia, geoquímica, geofísica, biologia e engenharia, sendo a maioria deles ex-funcionários da Petrobras e da ANP. A HRT está comprometida em minimizar os possíveis impactos ambientais nos locais onde atua. O compromisso com as comunidades locais passa pela redução dos impactos das operações nas condições de saúde, segurança e qualidade de vida. Para mais informações acesse o site: www.hrt.com.br/ri.

Bancos públicos lideram captação de fundos no semestre



Ana Paula Paiva/Valor / Ana Paula Paiva/Valor
Boa parte das aplicações de investidores do varejo foi destinada a fundos de previdência, diz Joaquim Levy, da Bram
Apesar do cenário de volatilidade nos mercados e da tendência de queda da taxa básica de juros, o mercado de fundos de investimento registrou aumento de 46,3% da captação líquida no primeiro semestre, que somou R$ 74,434 bilhões. Os investidores privilegiaram as aplicações de maior liquidez e menor risco, como os fundos de renda fixa e de previdência.
As gestoras dos grandes conglomerados lideraram os aportes de recursos, com destaque para as instituições ligadas a bancos públicos como Caixa e a BB DTVM. Nessas casas, a captação foi impulsionada pelas alocações de investidores institucionais e do poder público, enquanto o Banco J.Safra liderou as saídas de recursos com resgates de R$ 14,373 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Na BB DTVM, que teve a maior captação líquida, com ingressos de R$ 10,495 bilhões, as aplicações se concentraram nas categorias previdência e curto prazo.
As alocações nos fundos de curto prazo, que somaram R$ 4,628 bilhões, foram lideradas pelos investidores institucionais e do poder público, que representam 63% do total sob gestão da BB DTVM, de R$ 447 bilhões.
Já os fundos de previdência captaram R$ 6,417 bilhões. "O aumento das aplicações nas carteiras de previdência compensou a saída que tivemos nos fundos DI em maio", afirma Carlos Massaru Takahashi, presidente da BB DTVM.
Com a perspectiva de queda da taxa básica de juros, hoje em 8%, os investidores do segmento varejo migraram parte das aplicações nos fundos DI para a caderneta de poupança e previdência. A categoria somou aporte líquido de R$ 15,4 bilhões no primeiro semestre.
Essa tendência também foi verificada no Bradesco. "Boa parte das aplicações do varejo foi destinada a planos de previdência, principalmente os VGBLs (Vida Gerador de Benefícios Livres)", diz Joaquim Levy, diretor-superintendente da Bradesco Asset Management (Bram).
O que tem atraído os investidores para essas carteiras de VGBL é o fato de a tributação sobre os rendimentos incidir apenas no momento do resgate, sem o desconto semestral dos fundos de investimento, o chamado come-cotas.
O maior fluxo de recursos na Bram, no entanto, foi registrado na categoria DI, liderado pelo segmento corporate, que envolve a gestão de recursos de grandes empresas. A categoria teve captação líquida de R$ 24,322 bilhões. Descontando, no entanto, o fluxo destinado à carteira Bradesco DI Performance, que aloca recursos do próprio grupo, a entrada líquida foi de R$ 3,322 bilhões.
Com isso, a Bram teve uma captação líquida de R$ 7,796 bilhões. "As companhias estão com muito caixa e aumentaram a parcela aplicada em fundos", explica Levy.
Diante do cenário de juros mais baixos, os investidores também aumentaram a alocação em fundos de renda fixa índices - que aplicam em títulos públicos prefixados e atrelados à inflação -, que acumulam ganho de 13,51% no ano.
O crescimento dos aportes nas carteiras de renda fixa ajudou a Caixa a registrar a segunda maior captação líquida da indústria, que somou R$ 8,02 bilhões, liderada pelos investidores institucionais e empresas.
No Itaú Unibanco, a categoria renda fixa também contribuiu para impulsionar a captação líquida na instituição, que somou R$ 7,045 bilhões, revertendo o resultado negativo registrado no mesmo período do ano passado.
A busca por taxas de retorno superiores ao CDI ainda favoreceu o aumento das aplicações nos multimercados com maior risco no BTG Pactual, como o High Yield Plus, que acumula ganho de 11,15% no ano, até 25 de julho. A categoria liderou os aportes líquidos na gestora do banco, que registrou crescimento de 6,5% no semestre, somando R$ 5,508 bilhões. "Esses fundos têm apresentado bom desempenho com as alocações no mercado de juros futuros e em títulos públicos atrelados à inflação", afirma João Scandiuzzi, estrategista-chefe da área de gestão de recursos do BTG Pactual.
Na casa, a alocação nesses portfólios foi sustentada pelos investidores do "private banking" e de distribuidores de carteiras.
Para outros bancos de investimento como o Banco J. Safra e o J.P. Morgan, no entanto, o primeiro semestre não foi bom. Ambos figuram entre as gestoras que registraram maior saída de recursos.
Na gestora do Safra, os resgates foram concentrados na categoria multimercados. Já no J.P. Morgan, os saques foram liderados pelos fundos de renda fixa, que registraram saída líquida de R$ 1,3 bilhão.
Os resgates nos fundos de renda fixa também impactaram os resultados da Votorantim Asset Management (VAM), que fechou o semestre com saídas líquidas de R$ 1,715 bilhão, concentradas no segmento voltado para grandes empresas. "Essa saída já era prevista, com algumas empresas sacando os recursos para realizar pagamentos, mas esperamos um retorno de parte desse dinheiro", afirma Lin Shiow, responsável pela área comercial da VAM.
Já na Vitória Asset Management, que tem como acionistas os controladores do Banco BVA, o resgate de R$ 1,325 bilhão é explicado pela transferência da gestão do fundo de participação FIP Florestal para a Plural Capital. A carteira, criada para investir na Eldorado Celulose e Papel, que tem como principal acionista a controladora do JBS, somava R$ 1,339 bilhão de patrimônio.
Com o cenário de juros mais baixos, os gestores afirmam que deve crescer a procura por fundos de crédito privado e de ações com foco em dividendos. "Captamos R$ 1,2 bilhão no fundo de crédito privado com carência de 90 dias que lançamos neste ano", afirma Levy, da Bram.
Na gestora do BTG Pactual, o fundo de ações com foco em dividendos também teve um aumento expressivo de captação, com o patrimônio líquido passando de R$ 50 milhões em 2009 para os R$ 550 milhões atuais. "Percebemos maior interesse por esse tipo de produto principalmente por parte dos investidores institucionais", afirma Scandiuzzi.
A responsável pela área comercial da gestora do Banco Votorantim também destaca o maior interesse por produtos estruturados como os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), fundos de private equity e imobiliários.

UIT quer rever quem paga a conta da internet




Denis Balibouse/Reuters / Denis Balibouse/Reuters
Hamadoun Touré, secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações: corrida armamentista no ciberespaço e excesso de impostos no Brasil
Uma nova repartição de renda entre operadoras de telecomunicações e grandes utilizadores da infraestrutura de rede é essencial para garantir investimentos de US$ 800 bilhões nos próximos cinco anos, porque, do contrário, "vamos direto contra o muro".
É o que diz o secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré, em entrevista ao Valor, na qual aborda a importância da revisão do tratado global de telecomunicações, prevista para a Conferência Mundial sobre Telecomunicações Internacionais, que ocorrerá em dezembro, em Dubai.
Touré insiste que as Nações Unidas não querem controlar a internet, como acusam grupos americanos. Ao mesmo tempo, alerta para o risco de uma "ciberguerra", com o número crescente de vírus que atacam países e companhias, com consequências desastrosas para a segurança e a economia globais.
Touré comenta também a recente decisão das autoridades brasileiras de suspender a venda de novos serviços por companhias de telefonia celular. Diz que o Brasil cobra imposto demais das teles, e não esconde a inquietação com o ritmo de investimentos do país nessa área tendo em vista a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
Na conferência de Dubai, o que estará em jogo é crucial para a futuro da segurança e da economia mundiais. As grandes potências do planeta consideram a governança da internet uma questão estratégica prioritária. "Se um país emergente como o Brasil não tiver condições de colocar esse problema no centro de sua ação diplomática e de sua política de desenvolvimento, estará condenado a aceitar decisões tomadas sem ele. É jogo de cachorro grande. Quem não entrar, vai ficar só chupando os ossinhos", diz Alfredo Valladão, diretor da Associação EUBrasil, que organizará uma reunião a portas fechadas em Brasília, no dia 16 de agosto, para o intercâmbio de informações entre autoridades e representantes do setor privado, tando do Brasil como da Europa.
O atual tratado global de telecom é de 1988, antes da popularização da web. A revisão é exigida pela evolução do setor, com a chegada da internet nas redes de celulares e de novos e poderosos atores e fornecedores de serviços como Google, Facebook, YouTube e eBay, entre outros, que são grandes utilizadores da infraestrutura e não pagam pelo intenso tráfego que geram nas redes.
Os principais tópicos para exame incluem regulações controversas, como uma tarifa de telecomunicação internacional entre os países, a necessidade de novas regras de pagamento, segurança na rede, vulnerabilidade e neutralidade da web.
A preparação da conferência tem se concentrado no que algumas entidades e congressistas dos EUA veem como uma tentativa de a ONU tomar o controle da internet. Para certos especialistas, na verdade as questões financeiras superam largamente os interesses. Está em jogo o faturamento colossal da Internet. Alguns parlamentares americanos acham que as propostas na mesa de negociações autorizarão as teles a cobrar taxas sobre os enormes lucros do Google e outras companhias, o que consideram "devastador para a economia".
Uma proposta em estudo é a da Etno, a Associação das Empresas de Telecomunicações da Europa, dirigida por Luigi Gambardella. A ideia é de um novo modelo para internet baseado em um acordo comercial entre empresas, que endossa o conceito de "qualidade baseada na entrega" e, portanto, no "valor" do tráfego e não apenas no "volume". Uma "compensação justa" seria cobrada de Google e outros gigantes que utilizam a rede.
Hamadoun Touré examina todas essas questões na entrevista. O secretário-geral da UIT é originário do Mali, com doutorado na Rússia e experiência no setor privado:
Valor: A ONU quer centralizar o controle da internet, a partir da conferência internacional de telecomunicações, em dezembro?
Hamadoun Touré: Não, não falamos de governança da internet. Há muito foco em torno desse tema, como se fôssemos debatê-lo. Mas não. A Conferência Mundial sobre Telecomunicações Internacionais vai examinar a revisão do tratado de 1988, que foi estabelecido para facilitar as negociações entre as operadoras. Na época, o único elemento era a telefonia, a voz, enquanto hoje falamos da convergência de voz, vídeo e transmissão de dados. Na época, o custo da telefonia era medido pelo tempo, distância, zona geográfica. Hoje, tudo isso não tem importância, o que importa são os bits. O tratado de 1988 foi a base para a sociedade da informação que temos hoje. O tratado de 2012 vai nos levar para a sociedade do conhecimento.
Valor: Mas a governança da internet parece uma discussão inevitável na conferência.
Touré: Isso será uma parte pequena nos debates. Comparo sempre com os transportes. Não é porque você tem a estrada que vai ser o proprietário dos carros que circulam nela. Mas os dois mundos devem trabalhar juntos. É preciso saber sobre os carros que circulam, a altura e o peso dos caminhões, e juntos definir a sinalização a ser colocada na circulação. E tudo isso é o que há entre o mundo da internet, do vídeo e da transmissão de dados, de um lado, e de outro o mundo das operadoras que detêm as redes. Só temos 2,4 bilhões de usuários de internet, enquanto 6 bilhões de pessoas utilizam o telefone celular. E 80% dos usuários da internet são por celular. Quem vai comandar quem, então? O que devemos é cooperar.
Valor: A propósito, quem manda na internet hoje?
Touré: Não sei, não ouso me aventurar lá, porque vão dizer que sou eu, ou que os capacetes azuis (soldados das Nações Unidas) estão vindo para tomar o poder na web.
Valor: O que mudará no tratado global de telecomunicações?
Touré Vamos tentar fazer um tratado que permita investimento suficiente na infraestrutura, que está hoje transportando conteúdo que cresce a uma rapidez exponencial. O investimento no conteúdo é gigantesco, enquanto o investimento nas redes, que transportam esse conteúdo, cresce, mas não na mesma velocidade. Haverá um momento em que teremos tráfego demais para os investidores que estão previstos. Queremos que os dois sigam na mesma velocidade, para não haver gargalo, engarrafamento na rede. Ou seja, como fazer repartição de faturamento de maneira a poder garantir investimentos na infraestrutura e que o conteúdo continue a evoluir. É preciso repartição de renda entre operadoras e utilizadores da rede. Isso é importante para garantir o retorno aos investimentos, senão cada um será obrigado a ter uma rede própria. Esse pode ser um modelo. Mas são extremos e esperamos que sobretudo não se coloque ideologia nesse debate. Já há críticas de que vamos propor cobrança "por clique" na internet. É ridículo. É uma maneira teatral de causar medo nas pessoas.
Valor: Quanto é necessário em investimentos?
Touré: São US$$ 800 bilhões nos próximos cinco anos na infra estrutura da tecnologia da informação e da comunicação para não haver gargalo e não irmos direto contra o muro.
Valor: De onde virá o dinheiro?
Touré É investimento do setor privado. O papel dos governos é adotar políticas de regulação suficientemente dinâmicas para atrair os investimentos.
Valor: É inevitável que empresas e serviços como Google, YouTube, Facebook e outros participem do financiamento da infraestrutura?
Touré: Mas isso é normal. O Google está investindo em sua própria infraestrutura em algumas cidades nos Estados Unidos. Mas eles percebem que criar sua rede em uma cidade não é suficiente, porque ela não vai existir isolada do resto do mundo.
Valor: A solução seria a operadora de telecomunicações receber uma taxa sobre o faturamento de Google, YouTube etc?
Touré: Como secretário-geral da UIT não posso fazer proposta, pela simples razão que ela estará morta de antemão. O que sabemos é que estamos indo direto contra o muro, e pedimos propostas concretas dos Estados-membros, com participação do setor privado. Temos 700 companhias que fazem parte da UIT. A diferença é que só os países-membros votam. Mas votação aqui só ocorre para eleger o secretário-geral e membros do conselho de administração. Dizemos aos serviços "over the top" (Google, YouTube, eBay etc), provedores de serviços, operadoras, que venham todos discutir e encontrar uma solução.
Valor: A proposta da Associação de Empresas de Telecom da Europa (Etno), de criar um novo modelo de acordo comercial entre empresas na rede, pode ser consensual?
Touré: Essa é uma proposta bem-vinda, que estimula o debate; espero que os países discutam os prós e os contras. Para a UIT, o certo é que há um problema real de completo "gap" entre a infraestrutura e o conteúdo. Não se pode dizer que tudo vai bem. Sabemos que o crescimento atual nos dois sentidos não é um modelo sustentável.
Valor: O futuro será uma internet a várias velocidades?
Touré: Não, não gostaríamos que o acesso à internet venha a ser em várias velocidades. É preciso, categoricamente, insistir nisso: que o acesso seja igual para todo mundo. O acesso a informação é um dever universal.
Valor: Como o Sr. vê a proposta do Brasil, da Índia e da África do Sul para criação de um organismo mundial para governança democrática e participativa da internet?
Touré: É a proposta de alguns membros, que, como todas as outras, deve ser discutida. O certo é que jamais vamos tomar uma decisão por voto na UIT.
Valor: Congressistas americanos veem aí o risco de um orgão intergovernamental no qual cada país disporia de um voto.
Touré: Nos EUA, há problema de política interna. Passada a eleição presidencial americana, você verá outra situação. Um que fez críticas (sobre os temas da conferência) foi Robert McDowell, da Federal Communications Commission (FCC), um republicano que ataca a administração atual. Não vamos, na UIT, colocar os EUA em uma situação de minoria fazendo voto, porque não votamos jamais aqui, buscamos sempre o consenso.
Valor: Com voto, os EUA provavelmente perderiam sempre.
Touré: Mas não é questão de perdedor ou ganhador, isso não é bom especialmente aqui. Para a criação de normas, gestão de espectro ou gestão de satélites, que são nosso trabalho, todo mundo precisa ganhar, senão todos perdem também. Se alguém utiliza mal uma frequência, isso terá consequência ruim sobre todo mundo, vai criar interferência em todo lugar.
Valor: Sem consenso na conferência de Dubai, pode haver uma "guerra de redes"?
Touré: Não alimento cenário catastrófico. A UIT passou por duas guerras mundiais, pela guerra fria e sempre conseguiu acordo entre os países, entre a [então] União Soviética e os EUA. E se tivemos momentos tensos, sempre encontramos solução.
Valor: Os riscos de uma corrida armamentista no ciberespaço estão aumentando?
Touré: Constatamos nos últimos tempos a produção de um grande número de novos vírus que podem ser muito perigosos. O mais recente vírus de que se fala é o Flame, que é cem vezes mais complexo e sofisticado que o Stuxnet [os dois vírus teriam atacado o programa nuclear iraniano]. Alertamos que se não tivermos cuidado a polarização da cibersegurança traz o risco de ciberguerra. Pode-se fabricar um vírus contra um país, que pode ficar incontrolável se retornar contra a fonte de origem e infectar todo mundo.
Valor: O Flame veio de onde?
Touré: Nunca se disse de onde veio e a quem era destinado. Mas me fizeram essa pergunta e minha resposta é categórica: não vem dos americanos. Isso posso lhe dizer. Mas não vou me aventurar a dizer de onde veio e para que serve.
Valor: O risco de uma guerra cibernética é real?
Touré: Corremos o risco, sim. Quando se começa a fabricar armamentos é para utilizá-los um dia. Acontece facilmente de vírus ficarem fora de controle no ciberespaço. Hoje alguém pode se passar por um país [no mundo virtual], e provocar um contra-ataque contra o país errado. Houve o ciberataque contra a Estônia em 2007, estive lá para ver pessoalmente. Houve ataque contra o Google, supostamente partindo da China, mas sabemos que não veio de lá, foi um clone [quando uma pessoa manipula sistemas de maneira a se passar por outra na internet]. Mas tudo isso pode criar uma guerra, porque a China pode ser contra-atacada inutilmente.
Valor: O "The Wall Street Journal" diz se acreditar que militares de Israel estariam atrás dos vírus Stuxnet e Flame. Ao mesmo tempo, Israel sofreria mil ataques por minuto. Isso é normal?
Touré: De fato há muitos países que são atacados bastante, como Israel, EUA, China, Rússia. Na verdade, os atacados são também os que fazem mais ataques. Por isso, propomos uma cooperação global para evitar a ciberguerra.
Valor: Como essa cooperação funcionaria?
Touré: Quando começamos o debate, criei o "Global Cybersecurity Agenda" e vi que o tema era muito politizado. Criei um grupo de 110 "experts" do mundo inteiro, incluindo especialistas de segurança de empresas como Cisco, Intel, Microsoft, para nos aconselhar. Achei que os engenheiros iam se entender, mas me enganei e houve também luta ideológica sobre a questão. Isso me levou a focar a segurança das crianças e criei a iniciativa "Child Online Protection", com a sigla COP, que quer dizer "policial" em inglês. As pessoas começaram a dizer que precisamos proteger as crianças, os mais vulneráveis. Duas em três crianças são capazes de dar informações sobre suas famílias no ciberespaço a pessoas que nunca viram. Se definirmos uma boa política para proteger as crianças, essa política poderá servir para outras coisas, incluindo a ciberguerra.
Valor: O que sairá da conferência de Dubai nesse aspecto?
Touré Cada país se engajará a garantir o acesso à informação, a cooperar entre si, a se engajar a não atacar o outro, por exemplo.
Valor: Mas como deter os hackers ativistas, apurar responsabilidades no ciberespaço, e casar segurança e liberdade na web?
Touré: Não é fácil, porque o crime não é considerado o mesmo em todo lugar. Alguém perpetra o crime em vários países ao mesmo tempo, sem estar jamais no local. Precisamos harmonizar as leis para diminuir os riscos de crime. Por isso, os especialistas sugeriram harmonização das leis, criação no nível nacional de uma coordenação contra o cibercrime, formação ética porque pode-se buscar atividades criminosas e ter acesso a informações privadas não criminosas.
Valor: Seu foco é nos investimentos em infraestrutura. Como o Sr. avalia a recente decisão do governo brasileiro de suspender planos de empresas de celulares?
Touré: Não conheço suficientemente a situação, mas procuramos assegurar que haja estímulos ao investimento. A Anatel [a agência brasileira que regula o setor de telecomunicações] sempre foi um bom modelo para nós; fizemos inclusive um estudo para mostrar aos outros países. Mas o Brasil enfrenta certos problemas, como a taxação, que é elevada. Em nossos levantamentos, o Brasil está no pelotão de liderança na taxação sobre as chamadas telefônicas. Imposto demais mata o imposto.
Valor: O custo das telecomunicações no Brasil é caro por causa dos impostos?
Touré: Sim, isso é muito claro. Não é a taxa federal que é elevada, as taxas estaduais é que são elevadas.
Valor: Como resolver o problema da qualidade de serviços?
Touré: Isso tem a ver com a questão da neutralidade da rede. Se todas as companhias aplicassem as normas da UIT, esse problema seria menor. Acontece com frequência que companhias não tratam da mesma maneira o sinal que vem de seus concorrentes e dão um serviço de má qualidade. Isso não é normal. Houve um problema levantado nos Estados Unidos, por exemplo. A questão tarifária é tema de reguladores, mas a UIT pensa que a qualidade de serviços é uma questão técnica e pode ser resolvida pela aplicação estrita das normas da UIT, elaboradas com o acordo de todo mundo.
Valor: Na Olimpíada de Londres, o tráfego de telecomunicações aumentou 60% e muita gente reclama da dificuldade em telefonar. O Sr. teme o mesmo no Brasil em 2014?
Touré: Sim, é por isso que alertamos que é preciso estimular o crescimento da infraestrutura.
Valor: O Sr. vê risco de uma presença maior do Estado nas telecomunicações no país?
Touré: Não. O Estado tem um papel na regulação. O árbitro deve estar presente no jogo. Ele deve adotar regras que não sejam muito complicadas. Mas não deve aceitar que seu filho participe do jogo e nem ser muito visível no jogo. Se o árbitro interfere muito, atrapalha o jogo.
Valor: Que papel o Brasil pode ter na conferência de Dubai?
Touré: O Brasil tem uma indústria que está produzindo softwares, equipamentos e também exporta tecnologia da informação. E tem interesse no crescimento do setor, em investimentos tanto na infraestrutura como no conteúdo. O Brasil tem também todos os desafios do desenvolvimento. Pode assim ter um papel de mediador entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Em Dubai, quero evitar que a conferência se transforme em uma luta Norte-Sul.
Valor: Qual o impacto da crise econômica global sobre o setor de telecomunicações neste ano?
Touré: A indústria de telecom tem sido a mais resiliente até agora. O setor financeiro teve crise por falta de regulação. No setor de telecomunicações há uma regulação, leve, mas que existe em todo caso. Para haver recuperação nos outros setores, a industria de telecom vai continuar a crescer. Também ajuda nas respostas a grandes questões globais como saúde, ambiente e desenvolvimento sustentável.

Escritórios reajustam honorários



Divulgação / Divulgação
Mário Nogueira: equipe da área concorrencial passa a participar da elaboração do contrato de compra e venda
Lei nova, honorários mais caros. Com a entrada em vigor da nova Lei de Defesa da Concorrência (nº 12.529), os escritórios de advocacia decidiram aplicar reajustes significativos aos valores cobrados por processos de fusão ou aquisição. Para casos simples, podia-se contratar o serviço por R$ 15 mil. Hoje, não se gasta menos de R$ 50 mil. "Os processos estão muito mais trabalhosos", diz o advogado Rafael Adler, sócio do Azevedo Sette Advogados. "Agora, a equipe de direito econômico tem que atuar desde o início da operação."
Com a aplicação da nova lei, a partir de 29 de maio, os negócios passaram a ter que ser submetidos previamente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que está exigindo um número muito maior de informações das empresas e dos mercados em que atuam. Nem todos os casos, porém, deverão ser levados ao órgão. A previsão é que o volume de trabalho caia pela metade - de 700 para 350 casos por ano -, reduzindo a arrecadação com a taxa processual cobrada pelo Cade, que é de R$ 45 mil para cada fusão, aquisição ou associação analisada. Até então, o órgão arrecadava cerca de R$ 30 milhões por ano.
Para que o negócio tenha que passar pelo Cade, sempre foi levado em consideração o faturamento das partes. Mas, após a edição da nova lei, o órgão passou a analisar apenas os casos em que a compradora fature pelo menos R$ 750 milhões por ano. A adquirida deve ter uma receita mínima de R$ 75 milhões por ano. Antes, qualquer empresa que faturava mais de R$ 400 milhões era obrigada a notificar o órgão.
"Só as grandes operações serão levadas ao Cade. Mudou a forma de trabalho", afirma o advogado Mário Nogueira, sócio responsável pela área concorrencial do escritório Demarest & Almeida Advogados. Agora, os profissionais especializados nessa área, de acordo com o sócio, passam a participar da elaboração do contrato de compra e venda, que deverá conter cláusulas prevendo decisão favorável ou desfavorável do Cade. "Será preciso negociar o risco."
Com maior volume de informação a ser apresentado, o escritório decidiu elevar os honorários. Para casos simples, cobra-se um valor fixo. Para os mais complexos - que envolvem elevadas participações de mercado -, a fatura trará a quantidade de horas trabalhadas. "Uma operação complexa envolve uma série de discussões em Brasília com conselheiros do Cade", diz.
Antes de ir ao Cade, porém, os profissionais terão que analisar se o caso é simples ou complexo. Para os casos mais complicados (procedimento não sumário), a Resolução nº 2, de 29 de maio, que regulamenta a Lei nº 12.529, traz 11 páginas com perguntas que deverão ser respondidas pelas partes. "Em casos complexos, o trabalho tende a ser mais volumoso do que era na lei antiga, o que justifica honorários mais elevados", afirma Amadeu Ribeiro, sócio da área concorrencial do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. "Em casos simples, que não tenham nenhuma preocupação concorrencial, não há porque cobrar mais."
A informação sobre o aumento dos honorários foi levada ao Cade por representantes de fundos de investimento. O órgão antitruste está discutindo a adoção de regras para deixar claras as hipóteses em que fundos devem notificar aquisições no mercado. Integrantes dos fundos questionaram os conselheiros se o Cade não estaria ficando complexo demais, pois os escritórios passaram a cobrar mais caro por fusões e aquisições. Eles também criticaram a taxa de R$ 45 mil a ser paga ao Cade.
Por ora, mesmo com processos mais trabalhosos, os escritórios não pretendem mexer em suas equipes. No Pinheiro Neto Advogados, há um time com seis sócios e 20 associados, que passou a dedicar mais horas de trabalho. "A intensidade do trabalho é muito maior. O tempo não era um fator tão essencial", diz a advogada Cristianne Saccab Zarzur, sócia da área de direito da concorrência.

Mensalão leva STF a adiar definições na área tributária



O julgamento do mensalão vai emperrar a pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) no segundo semestre e a Corte deverá deixar de julgar as questões tributárias mais importantes do país, em que estão em jogo dezenas de bilhões de reais para empresas e governo.
Ao todo, o STF reservou 18 sessões para o mensalão, em agosto, e não marcou data para o fim do julgamento. Para piorar a situação das empresas que aguardam por respostas do tribunal em questões de grande impacto para os seus cofres, o STF vai ter duas baixas nesse semestre. O ministro Cezar Peluso se aposenta até 3 de setembro, quando completará 70 anos, e o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, deixa o tribunal até 18 de novembro pelo mesmo motivo.

Uma das causas que devem se arrastar para 2013 é a ação que questiona a incidência de Imposto de Renda e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de empresas controladas e coligadas a outras no exterior. A causa envolve R$ 56 bilhões para os cofres de empresas e começou a ser analisada em 2003.Com a composição incompleta, os ministros do STF devem deixar de julgar casos tributários, pois temem tomar uma decisão num dia, dando orientação para milhares de empresas, e, depois, esse entendimento ser modificado num futuro julgamento, sob nova composição.
A agenda do mensalão também vai deixar de lado o debate sobre a incidência ou não do ICMS na base de cálculo da Cofins. Se o governo perder essa causa, fica sem R$ 15 bilhões anuais na arrecadação. Outro caso importante para as empresas que deve ser postergado é o da cobrança de PIS e Cofins em operações de importação. Idêntico destino terá o julgamento da cobrança de ICMS sobre água encanada, que está sendo aguardado pelos Estados que querem saber se podem atribuir alíquotas sobre água ou se o serviço será isento.
Na área financeira, deve ser adiado o processo mais aguardado pelos bancos - a correção monetária das cadernetas de poupança durante os planos econômicos editados entre 1985 e 1991. A decisão pode implicar perdas de R$ 105 bilhões aos bancos públicos e privados. Quando presidiu o STF, Peluso tentou pautar o julgamento para antes do mensalão, mas o Banco Central pediu o adiamento.

Agenda do investidor para esta terça-feira



O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPP (Índice de Preços ao Produtor) que mede a evolução dos preços de produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria brasileira de transformação. Nos EUA, começam as séries de reuniões do FOMC (Federal Open Market Committee) do FED (banco central norte-americano) que definem o rumo da taxa de juros básica do país. O Departamento do Comércio divulga a Renda e Gastos Pessoais. A S&P divulga o Índice de Preços de Moradias S&P/Case-Shiller referente ao mercado imobiliário residencial norte-americano. A Conference Board divulga o Índice dos Principais Indicadores, que busca traçar o rumo da economia norte-americana para os próximos seis meses.
Usiminas: Prejuízo trimestral
A Usiminas (USIM3) apresentou ontem à noite, após o fechamento dos mercados, o relatório sobre as operações do segundo trimestre de 2012 (2T12). A companhia reverteu os lucros obtidos no mesmo período do ano passado e registrou prejuízo de R$ 87 milhões. Nos primeiros seis meses do ano, os prejuízos se acumulam em R$ 123 milhões. No entanto, a companhia fez questão de destacar que a posição de caixa ficou em R$ 4,8 bilhões, estável comparado ao trimestre anterior. As vendas de produtos siderúrgicos foram 25% superiores no trimestre, atingindo 1,9 milhão ?de toneladas, mas custos mais altos dos produtos vendidos, em 13% no ano, prejudicaram o resultado fin

julho 30, 2012

Comunicado ao Mercado


HRT_Header_27072012_VF

 A HRT comunica a descoberta de hidrocarbonetos no poço 1-HRT-8-AM, Bloco SOL-T-169, na Bacia do Solimões
Rio de Janeiro, 30 de julho de 2012 - A HRT Participações em Petróleo S.A. (a "Companhia" ou "HRT") (BM&FBOVESPA: HRTP3, TSX-V: HRP) anuncia que sua subsidiária HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. ("HRT O&G") encaminhou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, Notificação de Descoberta de gás no poço 1-HRT-8-AM.
Com base em dados de perfilagem, indícios de amostra de calha, detectores de gás e testes de formação a cabo foram constatados reservatórios com dois intervalos portadores de gás na Formação Juruá, entre 3.045 e 3.130 metros de profundidade.
Iniciada em 17 de março de 2012, a perfuração alcançou a profundidade final de 3.345 metros, atingindo rochas sedimentares Devonianas. O poço será revestido para a realização de testes de formação, visando avaliar o potencial de produção dos reservatórios.
Para acessar o documento completo clique aqui.
Para informações adicionais, entre em contato com a Área de Relações com Investidores da HRT..
Sobre a HRTO Grupo HRT é composto por uma das maiores empresas independentes de exploração e produção de óleo e gás natural do Brasil. A HRT Participações possui oito principais subsidiárias: a IPEX (Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda.), a HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda., a HRT Netherlands B.V., a HRT África Petróleo S.A., a HRT América Inc., a Air Amazônia Serviços Aéreos Ltda. e a HRT Canada Inc.. A Companhia detém 55% de participação em 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões. A HRT também é operadora de dez blocos exploratórios na costa da Namíbia: oito blocos na Sub-Bacia de Orange e dois blocos na Sub-Bacia de Walvis. A HRT possui uma equipe composta por doutores e mestres em geologia, geoquímica, geofísica, biologia e engenharia, sendo a maioria deles ex-funcionários da Petrobras e da ANP. A HRT está comprometida em minimizar os possíveis impactos ambientais nos locais onde atua. O compromisso com as comunidades locais passa pela redução dos impactos das operações nas condições de saúde, segurança e qualidade de vida. Para mais informações acesse o site: www.hrt.com.br/ri.

HRT Relações com Investidores
Tel: +55 21 2105-9700 | Fax: +55 21 2105-9713
Av. Atlântica 1130 | 10º andar | Copacabana | Rio de Janeiro | RJ | CEP 22021-000
email: ri@hrt.com.br | website: www.hrt.com.br/ri
Contatos RI
Fábio Bueno
+55 21 2105-9745
fabio.bueno@hrt.com.br

Luis Otavio Lima Pinto
+55 21 2105-9799
lpinto@hrt.com.br


LLX fará oferta pública de aquisição de ações para fechar capital


 Valor

SÃO PAULO - A LLX Logística anunciou hoje que o acionista controlador da empresa, Eike Batista, tem a intenção de realizar a oferta pública de aquisição de ações da empresa, visando o cancelamento do registro da companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No ano, os papéis acumulam uma queda de 15,43%.
Por meio de fato relevante enviado à CVM, a companhia informou que o preço máximo por ação na oferta pública de aquisição de ações (OPA) será de R$ 3,13. Segundo o documento, o preço inclui prêmio de 25% sobre o preço médio de R$ 2,50 dos últimos 20 pregões.
A empresa convocará uma assembleia geral extraordinária de acionistas na qual os investidores irão aprovar o cancelamento do registro da empresa, a aprovação do registro da OPA junto à CVM e escolherão a instituição que irá preparar o laudo de avaliação da LLX. A data da reunião ainda não foi definida pela companhia.
O conselho de administração da empresa aprovou, em reunião realizada hoje, a indicação do BTG Pactual, do Bank Of America Merrill Lynch e do Santander como instituições que poderão elaborar o laudo de avaliação da companhia.
O segundo maior acionista da LLX, depois do Eike Batista, Ontario Teachers Pension Plan, firmou compromisso de aumentar sua participação societária na empresa por meio da operação, segundo o fato relevante da LLX. Atualmente, este acionista possui 17,89% do capital da companhia.



LLX fará OPA para cancelar registro de companhia aberta


Empresa de Eike Batista quer sair do segmento especial Novo Mercado da BM&FBovespa e o preço da ação será de R$ 3,13, a ser pago em dinheiro


O empresário Eike Batista
Eike: o conselho de administração convocará assembleia geral extraordinária, na qual os acionistas da LLX deverão deliberar sobre o cancelamento do registro de companhia aberta
São Paulo - A LLX Logística informou nesta segunda-feira, por meio de fato relevante, que recebeu correspondência de seu acionista controlador, Eike Batista, na qual ele informa sua intenção de, diretamente ou por meio de afiliadas, adquirir até 100% das ações da companhia em circulação no mercado. Essa aquisição será por meio de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fins de cancelamento do registro de companhia aberta da LLX junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, consequentemente, saída da empresa do segmento especial Novo Mercado da BM&FBovespa.
O preço máximo por ação na OPA será de R$ 3,13, a ser pago em dinheiro. Ainda conforme o fato relevante, assinado por Otávio de Garcia Lazcano, diretor presidente e de Relações com Investidores da companhia, esse preço por ação inclui um prêmio de aproximadamente 25% sobre o preço médio ponderado pelo volume de R$ 2,50 das ações da LLX na BM&FBovespa nos últimos 20 pregões anteriores à data desta segunda-feira.
O conselho de administração convocará assembleia geral extraordinária (AGE), na qual os acionistas da LLX deverão deliberar sobre o cancelamento do registro de companhia aberta da LLX e, consequentemente, a saída da LLX do Novo Mercado; e a aprovação do arquivamento do pedido de registro da OPA junto à CVM. Na mesma assembleia, os detentores das ações em circulação da LLX, conforme definido no Regulamento de Listagem do Novo Mercado, deverão deliberar sobre a escolha da instituição ou companhia especializada a ser contratada para preparar o laudo de avaliação das ações da LLX, dentre as instituições pré-selecionadas e apresentadas pelo Conselho de Administração em lista tríplice. Estas instituições são Banco BTG Pactual, Bank of America Merrill Lynch Banco Múltiplo e Banco Santander (Brasil).
Além disso, a Ontario Teachers Pension Plan, o segundo maior acionista da LLX, com aproximadamente 117 bilhões de dólares canadenses m ativos em 31 de dezembro de 2011, firmou compromisso de aumentar sua participação societária minoritária na LLX através da OPA.