setembro 30, 2011

Chineses dão garantia, mas não têm peças para consertar

Motoristas expressam descontentamento com a falta de peças para reposição no site Reclame Aqui - e também nas ruas


Carro da Chery flagrado em Fortaleza
Carro da Chery trafegando em Fortaleza: motorista colou adesivo para expressar descontentamento com a falta de peças
São Paulo – O simples tráfego de um carro chinês danificado não seria o suficiente para provocar acaloradas discussões, certo? Errado se o veículo em questão tiver recebido um adesivo colado pelo próprio dono com os dizeres "Não tem peças, nem previsão de chegar. Pense num arrependimento!". Fotografado por uma motorista de Fortaleza, no Ceará, o flagra fez barulho nas redes sociais e colocou, mais uma vez, o custo benefício dos automóveis chineses na linha de fogo. 

Se depender da visão dos internautas que registram queixas no site Reclame Aqui, a rede de distribuição ainda tem o que melhorar. De setembro de 2010 até o último dia de agosto deste ano, a Chery recebeu 158 reclamações. Embora todas tenham sido respondidas pela marca, apenas 32% dos usuários afirmaram que voltariam a fazer negócio com a empresa, o maior percentual entre todas as montadoras chinesas instaladas no país.Montadora do automóvel, a Chery se defendeu por meio de sua assessoria de imprensa, afirmando que "o prazo máximo para a entrega de itens disponíveis é de 48 horas". Para os indisponíveis, não há razão que explique a demora de certas peças, pois "trata-se apenas da demanda e da programação de pedidos, que ocorre semanalmente". Em nota, a empresa diz ter quadriplicado o volume de itens nos últimos meses, chegando a um índice de atendimento superior a 80%. Só em setembro, 21 contêineres de peças chegaram ao Brasil.
O número de queixas corresponde a quase 1% dos veículos vendidos pela Chery no mesmo período. Segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) foram 17.176 unidades emplacadas na época. A título de comparação, esta relação é dez vezes maior que a apresentada pela Fiat, que encabeça o ranking de vendas com 780.413 unidades comercializadas.

Peso das queixas no Reclame Aqui em relação ao número de veículos vendidos (setembro de 2010 a agosto de 2011):
As maiores do Brasil
VendasQueixas%
Fiat780.4138760,1%
Volkswagen723.3631.0410,1%
As chinesas instaladas no país
VendasQueixas%
Chery17.1761580,9%
JAC14.483600,4%

Embora muitas reclamações em relação à Chery chamem a atenção para a diferença de preço entre os veículos anunciados nas propagandas e encontrados nas concessionárias, a referência à falta de peças invariavelmente aparece entre os comentários. Neste mês, um motorista contou ter furado o pneu do seu QQ depois de ter passado por um buraco. Ele ligou para a Chery para saber onde poderia comprar outro, mas foi informado que a montadora não contava com nenhuma peça disponível.
Outro consumidor relatou ter tido problemas com um Chery Face em agosto. Depois de um defeito impedi-lo de abrir o carro com o botão do alarme, ele foi orientado por telefone a desativar o dispositivo e levar o automóvel para a concessionária. O diagnóstico exigia a troca de um módulo inexistente no estoque. A promessa foi que a peça chegaria em no máximo duas semanas. Por ora, o proprietário permanece rodando sem poder acionar o vidro elétrico ou o alarme. E a previsão de chegada do módulo foi revisada para a segunda semana de outubro - dois meses depois do infortúnio.
Para um internauta de Brasília o problema foi com o Chery Cielo, comprado em junho de 2010 e vendido antes mesmo de completar um ano. Segundo o motorista, o break light caiu na primeira semana, o farol direito permitia a entrada de água e a tampa do porta-malas estava desalinhada. Por estes e outros problemas, o Cielo foi deixado nove vezes na concessionária em exatos nove meses de uso. No total, o veículo ficou parado por 31 dias e seu dono reclama não ter tido acesso ao carro reserva prometido pela montadora em nenhuma ocasião.
Apesar da Chery oferecer três anos de garantia para todos os seus automóveis, a realidade pode ser bem diferente para os proprietários que precisam fazer reparos. É o que acredita José Roberto Ferro, consultor automotivo do Lean Institute. "Algumas empresas entraram de maneira muito agressiva no mercado brasileiro, sem ter um conhecimento claro de qual seria o comportamento dos seus produtos por aqui considerando o nosso tipo de estrada, calçamento e motorista", afirma.
Sem prever com mais precisão o número de peças que seria necessário para suprir a demanda em condições diferentes, emenda Ferro, foram os clientes que saíram prejudicados. "A JAC e a Chery chegaram com volumes grandes para quem está começando, ofertando vários modelos. Mas a China é longe, as peças têm que vir de navio. Então a capacidade de resposta destas empresas muitas vezes é baixa diante do tamanho da demanda conquistada."
Para ele, as montadoras chinesas também têm uma estratégia de entrar com um preço baixo na venda do veículo, esperando recuperar a margem perdida na venda das peças de reposição. Estendendo a garantia dos seus carros até seis anos, a JAC preferiu não se pronunciar. Procurada pela reportagem, a marca alegou não ter constatado queixas sobre a reposição de peças no site Reclame Aqui.
De setembro do ano passado ao fim de agosto deste ano, foram computadas 60 reclamações contra a montadora, a segunda chinesa em número de vendas no país. Entre os principais protestos, figuram a falta de veículos para a pronta entrega e a existência de peças defeituosas.

Profissionais liberais lideram inadimplência, aponta BC

Nível de calote entre brasileiros que trabalham por conta própria em atividades como arquitetura, contabilidade, direito e odontologia é o mais elevado entre categorias analisadas em estudo


Stock.xchng
Empreender sem dinheiro
Brasília - Profissionais liberais têm as maiores taxas de inadimplência do Brasil. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central mostra que o nível de calote entre os brasileiros que trabalham por conta própria em atividades como a arquitetura, contabilidade, direito e odontologia é a mais elevada entre todas as categorias de clientes identificados pelo BC.
Segundo o levantamento apresentado nesta quinta-feira, em todas as regiões do Brasil clientes com a ocupação "profissional liberal" ocupam o desconfortável primeiro lugar na lista de inadimplentes. Na região Centro-Oeste, é onde há o pior indicador: 5,2% dos profissionais liberais estão com pagamentos de dívidas com atraso superior a 90 dias. Em seguida, estão as regiões Sudeste (5,1%), Sul (4,6%), Nordeste (4,5%) e, por último, os Estados do Norte (4,4%).
A segunda categoria com mais calotes é a dos empresários, cujas taxas de inadimplência oscilam entre a máxima de 4,3% no Centro-Oeste e a mínima de 3,7% no Sudeste. No restante do Brasil, a taxa de atrasos entre os empresários é de 4% no Nordeste e Norte e de 3,8% no Sul do Brasil.
Trabalhador privado é mais caloteiro do que o do setor público
Segundo a pesquisa, os empregados do setor privado são, proporcionalmente, mais caloteiros do que funcionários públicos. Em quatro das cinco regiões brasileiras, clientes que trabalham na iniciativa privada têm taxas de inadimplência maiores que os colegas que estão no setor público. A única exceção é o Sul do Brasil, onde o quadro se inverte.
Na região Sudeste, enquanto a taxa de calote entre os devedores que trabalham nas empresas é de 3,3%, o porcentual entre os servidores públicos é de 2,1%. No Nordeste, estão os servidores públicos que melhor pagam as dívidas no Brasil, com inadimplência de apenas 0,6%. Nessa mesma região, o indicador dos empregados privados está em 2,1%.
Nas outras regiões, o empregado privado sempre é mais inadimplente que o servidor: Centro-Oeste (2,4% dos privados contra 2,1% do funcionalismo) e Norte (2,5% ante 1,1%).
A única exceção está nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na região Sul, a inadimplência dos servidores públicos, de 3,3%, é maior entre a categoria em todo o País e supera, inclusive, a taxa registrada entre os empregados do setor privado na região, de 3,1%.
Aposentados
Entre os brasileiros que deixaram de trabalhar, os nordestinos são os melhores pagadores, com taxa de inadimplência de 0,8%. Em seguida, estão os clientes do Norte, com calote de 0,9%. Com indicadores bem piores, aparecem os aposentados do Centro-Oeste, com taxa de 1,9%, e do Sudeste e Sul, ambos com índice de inadimplência de 2,3%.
A pesquisa do BC divulgada no Relatório Trimestral de Inflação foi feita com a análise das características dos tomadores de empréstimos de quatro grandes bancos que, juntos, detinham 74% do mercado em julho de 2011. Entre as informações analisadas nos dados cadastrais, estão o sexo, idade, estado de residência e tipo de ocupação.

setembro 29, 2011

Constantino Júnior, da Gol, ficou R$ 600 milhões mais pobre

Ele e os irmãos perderam, cada um, cerca de 600 milhões de reais com a desvalorização de 54% das ações da Gol neste ano. É o pior momento da empresa na bolsa

setembro 28, 2011

As regras do jogo protegem quem investe em bolsa?


Queixas de acionistas minoritários em operações da Oi, do UOL e da Petrobras mostram que os controladores ainda têm poderes demais no mercado brasileiro

Marcelo Correa/EXAME
Loja da Oi em um shopping
Oi: acionistas minoritários da Brasil Telecom reclamam da reestruturação societária
São Paulo – Imagine um investidor que, ao final do ano passado, fez a leitura correta do mercado e entendeu que os países europeus teriam profundas dificuldades para pagar suas dívidas e que era a hora de comprar apenas ações defensivas, como de empresas de energia e telecomunicações. Agora imagine que o mesmo investidor fez a análise fundamentalista dos papéis em circulação no mercado e chegou à conclusão de que a maioria já estava cara, mas descobriu que havia empresas como a Oi e a Brasil Telecom que ainda eram negociadas a preços bastante atrativos.
Por ter feito seu trabalho direitinho, ter antecipado a crise no mercado e ter garimpado papéis baratos, esse investidor deveria ganhar um belo dinheiro neste ano, correto? Errado. A crise na Europa veio, a maioria das ações da BM&FBovespa caiu, muitos papéis de energia e telecomunicações geraram um retorno bem maior que a renda fixa, mas a Oi e da Brasil Telecom não foram muito além do péssimo retorno do Ibovespa. E o problema não foi setorial, uma vez que a TIM e a Vivo andaram muito bem na bolsa (veja os retornos obtidos por cada ação na tabela abaixo):
Empresa de telecomDesempenho das ações na Bovespa neste ano (até o dia 26/09)
TIM28%
Telesp25,90%
Brasil Telecom PN-4,40%
Telemar N L PNA-15,80%
Telemar PN-20,50%
Telemar ON-32,20%
Por que então a Oi e a Brasil Telecom não se beneficiaram da corrida dos investidores por empresas seguras que geram muito caixa e pagam bons dividendos? Para especialistas, a principal resposta a esta pergunta está na falta de governança da companhia. Procurada, a Oi não quis se manifestar.
A Oi anunciou em maio que faria uma operação para simplificar sua estrutura societária. O grupo possui hoje quatro empresas com sete classes de ações negociadas na BM&FBovespa. Após a operação, só restariam dois papéis: Brasil Telecom ON e PN. A mudança aumentaria a liquidez dos papéis da “supertele nacional” e daria mais transparência aos investidores. Na teoria, portanto, o negócio tinha tudo para ser outra fonte de alegria para quem investe. Mas não foi nada disso que aconteceu.
O problema da operação está no laudo de avaliação que estabeleceu a relação de troca dos papéis de todas as empresas do grupo por ações da Brasil Telecom. Da mesma forma que desagradaram os investidores minoritários o valor estabelecido pelo governo para os barris de petróleo do pré-sal na capitalização da Petrobras e o preço fixado pela Folhapar para a recompra das ações do UOL com vistas ao fechamento de capital, a Oi também sugeriu uma relação de troca que é muito mais favorável para os controladores do que para quem compra e vende ações em bolsa.
“Laudos de avaliação são hoje o principal problema do mercado de capitais brasileiro”, diz Edison Garcia, o presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). Ainda que cada uma das três operações acima tenha suas especificidades, em todas os controladores foram bem generosos com eles mesmo ao definir os termos dos negócios. “Vejo um grande problema quando quem corta o bolo também tem o direito de pegar o primeiro o pedaço”, diz Claudio Andrade, sócio da Polo Capital, uma gestora de recursos que está entre os principais acionistas minoritários da Brasil Telecom.
A operação da Oi é bastante controversa porque, em tese, os principais pontos das legislação brasileira foram cumpridos. Propostas de incorporação entre empresas do mesmo grupo devem seguir o parecer 35, editado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2008. A legislação estabelece que os termos de troca das ações das companhias devem ser os mesmos para controladores e minoritários e que um comitê independente deve ser nomeado para avaliar a forma mais justa de concluir o negócio.
No caso da Oi, o comitê independente praticamente referendou a proposta da companhia e decidiu que a relação de troca das ações seria baseada nas cotações das ações de todas as empresas do grupo em bolsa nos 30 dias anteriores ao anúncio da proposta de reestruturação. Os membros indicados pelos minoritários no conselho fiscal e no conselho de administração da Brasil Telecom apresentaram queixas formas contra a decisão. Eles reclamam que os três membros do comitê independente foram indicados pelos administradores e controladores da Oi, o que comprometeu a lisura de todo o processo.
Os minoritários dizem que as ações da Brasil Telecom que circulam no mercado estavam depreciadas no momento em que a troca foi proposta. A empresa distribuía menos dividendos que a Oi e também emprestava recursos para a coligada abater suas dívidas. “É como se alguém colocasse para vender uma casa por 500.000 reais e o vizinho espalhasse lixo pelas ruas e contratasse uma banda de pagode para tocar permanentemente ali”, diz Claudio Andrade, da Polo Capital. “Depois de várias tentativas frustradas de encontrar um comprador entre quem visitou a residência, a pessoa acaba vendendo o imóvel para o próprio vizinho por 300.000 reais porque precisa do dinheiro.”
Para os minoritários, a fórmula mais justa de avaliar o preço de cada empresa teria sido o tradicional fluxo de caixa descontado. O comitê independente chegou a cogitar essa possibilidade e contou com o subsídio de laudos apresentados por bancos contratados pela própria Oi, o Itaú BBA e o Bradesco. Ao final, o comitê concluiu que não haveria grande diferença entre utilizar o fluxo de caixa descontado ou o valor de mercado dos papéis. O problema, segundo os minoritários, foram as premissas utilizadas para chegar a essa conclusão.
O laudo de avaliação do Itaú considerou que a receita por usuário da Oi seria igual à da Brasil Telecom apesar de a renda no centro-sul (onde atua a segunda) ser bem maior que nas regiões Norte e Nordeste (região da primeira). Outra premissa adotada nos cálculos é que o Ebitda da Brasil Telecom vai cair nos próximos três anos, o que, para os minoritários, não faz nenhum sentido. Um terceiro ponto questionado foi que o laudo não levou em consideração na hora de avaliar o valor da Brasil Telecom alguns ativos importantes, como o portal iG, a Globenet e a área de call center. A queixa dos minoritários é que tudo isso foi feito para que se chegasse a uma conclusão sob medida aos objetivos da Oi.
Para garantir a lisura desse tipo de negócio, a Amec promete reencaminhar à CVM uma proposta para que sempre haja ao menos um membro indicado pelos acionistas minoritários no comitê independente formado para avaliar as relações de troca em incorporação de empresas do mesmo grupo. A associação também pedirá que o conselho fiscal da empresa seja sempre convidado a participar das discussões e que os votos de cada membro do comitê especial sejam públicos. “Sem esses procedimentos, o controlador deveria ser impedido de votar na assembleia de acionistas que analisará os termos de troca da incorporação devido ao conflito de interesses”, diz Garcia, da Amec.
Procurado, Otavio Yazbek, diretor da CVM, afirmou que o parecer 35 trouxe diversos avanços e que muitas operações semelhantes realizadas após sua edição foram muito bem-avaliadas no mercado. Segundo especialistas, um caso exemplar foi a incorporação da Vivo pela Telesp, em que o comitê independente analisou durante 148 dias a relação de troca mais justa e chegou a uma resultado equitativo entre controlador (no caso, a Telefônica) e minoritários – apenas para comparação, o comitê da Oi trabalhou durante só 32 dias.
Yazbek afirmou que não comentaria o caso específico da Oi, mas admitiu que o parecer 35, assim como qualquer legislação, não é perfeito e depende da boa-fé das partes envolvidas para funcionar a contento. “Sempre que o mercado apresentar questionamentos, estaremos abertos a avaliar a aprimoramento de nossas normas, incluindo o parecer 35”, disse o diretor da CVM.
No caso da Oi, a Polo Capital promete ingressar com um pedido formal na CVM para que os controladores sejam impedidos de votar na assembleia de acionistas que deverá ratificar a relação de troca das ações do grupo Oi. Outros fundos minoritários que acompanham o caso de perto são a ARX BNY Mellon, a GMO, a Quest, a JGP, a Opus, a BBM e a Pollux. Os controladores da Oi e a maior parte do mercado, entretanto, acreditam que a reestruturação societária será aprovada em todas as instâncias até o final do ano.

As 4 perguntas que importam para o mercado agora


Dan Greenhaus, estrategista-chefe global da BTIG, traz as respostas

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Bolsa de Nova York (Wall Street)
"Virtualmente nenhum fundamento importa neste momento", explica Greenhaus
São Paulo – O mercado está mais uma vez em um momento crucial. Os investidores aguardam com grande expectativa uma solução para o problema da dívida da Grécia e de outros países da região. Os Parlamentos dos membros da zona do euro votam nesta e na próxima semana a ampliação do Fundo de Estabilidade Financeira Europeu (EFSF, na sigla em inglês) de 250 bilhões de euros para 440 bilhões de euros.

1 - Qual é o assunto mais importante agora para os participantes do mercado? A decisão da Alemanha amanhã sobre a expansão do fundo de ajuda à Grécia ou a reunião de política monetária do Banco Central Europeu?
Além disso, o EFSF terá novos poderes para fornecer fundos para recapitalização de bancos, comprar bônus no mercado secundário e disponibilizar linhas de crédito. Hoje a Finlândia aprovou a proposta e amanhã é a vez da Alemanha. Dan Greenhaus, estrategista-chefe global da corretora e consultoria BTIG respondeu à EXAME.com nesta manhã 4 perguntas que têm preocupado os investidores no curto prazo. Confira:
Dan Greenhaus - Até agora, com a Finlândia tendo aprovado a sua parte do EFSF, a Alemanha provavelmente deve fazer o mesmo. O foco dos participantes do mercado repousa diretamente sobre a próxima reunião do Banco Central Europeu e sobre qualquer alavancagem do EFSF para facilitar um “resgate” mais robusto das economias periféricas.
2 - Qual seria a melhor e a pior notícia para os mercados nesses dois eventos?
Greenhaus - Se alguma coisa fosse mudar sobre o voto da Alemanha, isso seria particularmente danoso para os mercados. Além disso, os investidores estão cada vez mais olhando para o corte de juro no Banco Central Europeu em sua próxima reunião. Se isso não acontecer, os investidores devem provavelmente reagir negativamente.
3 -  O sr. está otimista ou pessimista sobre uma solução para o problema da dívida na Grécia?
Greenhaus - Estou otimista de que haverá uma solução, mas isso não diz muito. Virtualmente toda solução exige ser pessimista.
4 -  Os mercados financeiros estão reféns das decisões políticas?
Greenhaus - Virtualmente nenhum fundamento importa neste momento. Os desenvolvimentos políticos são a principal força que dirige os mercados agora.